Rio de Janeiro, RJ--(
DINO - 03 mai, 2017) - Desde que comecei a trabalhar com comunicação através da mídia social presencio candidatos terem certeza da vitória por seus milhares de seguidores e, depois, na abertura das urnas, se decepcionarem. Aqueles números grandiosos não se transformaram em votos. O público, cada vez mais conectado, quer descobrir quem "vale a pena", quem merece seu voto. Os políticos, sem o assessoramento correto, acreditando que a abundância nas redes representa fielmente sua quantidade de fãs, vão transformando seus canais em cansativos palanques eletrônicos, sem sequer se dar conta da existência dos interesses desses seguidores.Muitas vezes o seguidor acompanha vários políticos buscando conhecer suas personalidades, a fim de ganhar o embasamento necessário para escolher um ou outro. Existem ainda os que conhecem e realmente são admiradores do trabalho, mas que não necessariamente podem votar no candidato devido ao domicílio eleitoral. Por isso, as redes não devem ser trabalhadas para distribuição de panfleto virtual. O problema é que por não entenderem como funciona acabam deixando a mídia de lado sem entenderem o porquê, com tantos "admiradores", não houve retorno nas urnas, ou pior, continuam postando qualquer coisa, de qualquer jeito, sem conseguir mostrar de fato seus valores.Sim, a internet e suas possibilidades são excelentes para conseguir fãs, no sentido literal da palavra, que no momento oportuno devem se transformar em votos, mas é necessário ter método, conhecer e entender o seu público, através da leitura correta dos dados coletados, e identificar o que está além da quantidade de seguidores, "joinhas" e compartilhamentos. Mas, para isso, a orientação profissional é fundamental na criação da estratégia de atuação, utilização dos melhores canais, engajamento e mobilização.Pablo Rossken é jornalista, publicitário e marketólogo. (
pablo.rossken@gmail.com)