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DINO - 09 mar, 2018) - O especialista Raul Colcher, membro sênior do IEEE e CEO da Questera (consultoria de gestão e estratégia tecnológica), indica que as áreas de saúde e finanças, ao lado de defesa e outras atividades governamentais, serão as maiores beneficiadas com avanços da cibersegurança. Em curto prazo, espera-se melhoria também na implementação de segurança em grandes networks industriais que usam a interconexão de equipamentos e processos de softwares - as chamadas "aplicações industriais 4.0". Por conta da intensificação de ameaças aos sistemas digitais, porém, tanto em volume como sofisticação, a cibersegurança encara novas dificuldades. O especialista aponta que os principais desafios para a segurança digital em 2018 são:? Desenvolver sistemas e medidas que sejam eficientes, preventivos e automatizados, sendo assim capazes de aumentar os custos e as dificuldades dos ciberataques, além de identificar e punir os criminosos que usam esta tecnologia. ? Ações conjuntas de governos para desencorajar e punir essas atividades criminosas que se tornam cada vez mais globalizadas. É um grande desafio para governos que já estão incorporando ferramentas tecnológicas em seus sistemas de defesa militar.Para vencer estes desafios, Colcher aponta três inovações:? Ferramentas para analisar dados científicos/analíticos ganham grande importância, justamente pela necessidade de adotar medidas que antecipem a segurança antes da ocorrência de ataques. ? Adotar técnicas específicas para implementar a capacidade de segurança de sensores e atuadores, na comunicação maquina a maquina, sem participação humana, ou da IoT, também será uma tendência importante.? A proteção de dados será uma área de inovação vital, ao desenvolver tecnologias que identifiquem e desenvolvam processos mais eficientes, rápidos e inteligentes de criptografia/descriptografia. Colcher prevê, ainda, que o blockchain terá grande impacto na segurança de todos os sistemas de aplicativos distribuídos, sobretudo nas áreas de finanças e saúde. Impacto semelhante terão as criptomoedas, que tornaram possível o blockchain e vem se tornando comuns em todos os tipos de transações financeiras. Sua massificação contribuirá para implementar novos padrões e regulações, que ajudarão na melhoria das técnicas de segurança, além de melhoras as práticas financeiras.O especialista membro do IEEE destaca também que, mesmo que as novas tecnologias de segurança cibernética sejam introduzidas, em curto prazo a segurança cibernética pessoal e corporativa dependerão de aspectos comportamentais e boas práticas, para as quais informações e educação adequadas continuam a ser fundamentais. IEEE é a maior organização mundial técnico-profissional dedicada a avanços tecnológicos para benefício da humanidade. Por meio das suas publicações altamente citadas, conferências, padrões de tecnologia e atividades profissionais e educacionais, IEEE é a voz de confiança numa ampla variedade de áreas da engenharia, desde sistemas aeroespaciais, computadores e telecomunicações até engenharia biomédica, energia elétrica e eletroeletrônica de consumo. Saiba mais em
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