Releases 18/11/2015 - 15:26

Perspectivas globais do mercado de TIC pela 1ª vez na América do Sul


(DINO - 18 nov, 2015) - WCIT Brasil 2016 pode reposicionar o país, trazer oportunidades de negócios e atrair investimentos para a TIC nacional

Até o final de 2015, o mercado nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) deverá crescer 5% em relação ao ano anterior, segundo dados da International Data Corporation ? IDC.

De acordo com o estudo, o setor deverá movimentar cerca de R$ 430 bilhões até dezembro.

Contudo, com a alta do dólar, os resultados crescentes podem ser abalados e a expectativa é que a representatividade brasileira nos investimentos em TIC influencie toda a América Latina.

O terceiro setor tem se unido para fortalecer o discurso em torno da necessidade de oferecer novas oportunidades de expansão da TIC nacional.

A Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação ? ASSESPRO ? lidera um movimento de articulação política por decisões que impactarão no incremento do comércio e das relações exteriores.

Em 2012, a ASSESPRO captou para o país o Congresso Mundial de Tecnologia da Informação ? WCIT, que ocorrerá em Brasília, nos dias 3, 4 e 5 de outubro de 2016.

Realizado há 37 anos pela Aliança Mundial de Tecnologia da Informação e Serviços-WITSA, trata-se de um evento singular por discutir em perspectiva global as questões de TIC e por sua capacidade de atrair empresas globais, usuários, fornecedores, mídia, lideranças de governos e academia dos quatro cantos do mundo, para discutir por exemplo mercados emergentes, questões jurídicas e políticas, tendências políticas e econômicas, novas tecnologias e oportunidades de negócios no mercado global.

Sob o tema "Promessas da Era Digital: Desafios e oportunidades", a ASSESPRO enxerga o evento como estratégico para atrair novos negócios e oportunidades multilaterais, posicionar o Brasil no eixo dos investimentos internacionais em ciência, tecnologia e inovação, estimular à instalação de centros de P&D no país, reposicionar o Brasil no comércio exterior, priorizar a agenda digital e trazer para sociedade a cobrança dos compromissos do governo com esta agenda, dentre outros benefícios para a cidadania, comércio e educação por exemplo.

"Para o Brasil será a chance de discutir questões que ainda representam gargalos nas relações internacionais. A indústria nacional perde competitividade pela imagem de país burocrático, cuja legislação e tributação desfavorecem a exportação de produtos, serviços e inovação de forma geral, o que atrasa nosso crescimento interno tanto no que diz respeito à economia quanto ao desenvolvimento do nosso potencial tecnológico", diz o presidente da ASSESPRO Nacional, Jeovani Salomão.

Cidades como Montreal, Washington, Paris, Barcelona, Taipei, Tóquio, Amsterdam, Toronto, Grécia, Adelaide, Guadalajara e outras já sediaram o evento. Somadas, as últimas 10 edições movimentaram mais de US$ 1,5 bilhão em negócios.

Historicamente, o Congresso reúne mais de dois mil participantes de 82 países. A programação é composta por plenárias com mais de 60 grandes nomes (edições anteriores tiveram Margarete Thatcher, Bill Clinton e Bill Gates), 400 rodadas de negócios, eventos de networking, exposição paralela e premiação das melhores iniciativas no setor de TIC mundial.

Empresas globais como Google, Microsoft, Intel, Cisco, Avaya, Accenture, Tata, Oracle e outras, são patrocinadoras regulares do WCIT.

Empresas de outros segmentos e governo também são parceiros, como a BMW, companhias de aviação, seguradoras, bancos, mídia e entidades do terceiro setor.

"É a chance que as empresas de pequeno e médio porte terão de sentar com as grandes do mercado para trocar experiências e ter um modelo a seguir. Terão oportunidade de entrar no mercado internacional, fechar negócios e exportar produtos e serviços. É como um espelho do mercado mundial que reunirá todos os componentes de peso, cada um com seu potencial de contribuição", explica o secretário-geral da WITSA, James Poisant.

Esta será a primeira vez que o evento é sediado na América do Sul. A realização no Brasil é estratégica, uma vez que o país é líder em investimentos em TIC na América Latina, com 46% desse mercado que, em 2014, somou US$ 128 bilhões.

Para este ano, no entanto, IDC projeta que o mercado latino-americano terá melhor desempenho em comparação ao Brasil. De acordo com as projeções da consultoria, a previsão aponta para crescimento de 5,7% nos negócios envolvendo TI e 6% em Telecom na região. Globalmente, a previsão é que a indústria movimente US$ 3,8 trilhões em 2015.

No ranking mundial, o mercado brasileiro representa 3% da indústria de TIC e ocupa a sétima posição em investimentos, a frente da índia, Coreia do Sul e Rússia.