Releases 27/05/2019 - 14:41

O 25º ERA- Encontro de Reumatologia Avançada- apresentou inovações na especialidade e premiou pesquisas inéditas de universidades


São Paulo--(DINO - 27 mai, 2019) - Objetivando o incentivo à pesquisa e à inovação, o grande diferencial do 25º Encontro de Reumatologia Avançada foi a ampliação da premiação de pesquisas. "No aniversário de 25 anos do ERA, mantendo a consistência no fomento à produção científica, optamos por contemplar um maior número de trabalhos com o Prêmio Prof. Dr. Wiliam Habib Chahade através da divisão das apresentações orais em duas áreas de conhecimento: área básica e área clínica", revela Karina Bonfiglioli, diretora científica da SPR- Sociedade Paulista de Reumatologia, entidade organizadora do evento. Este ano, o encontro teve presença recorde de 880 reumatologistas de todo país.

Foram três prêmios na área clínica mais a menção honrosa e três prêmios na área básica mais a menção honrosa, que receberam também prêmio em dinheiro.

Segundo Rubens Bonfiglioli, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia, a especialidade- embora relativamente nova no Brasil - avançou muito nos últimos 30 anos graças às pesquisas. "Há 30 anos, os pacientes carregavam graves sequelas das doenças reumatológicas e que muitas vezes levavam à morte. Hoje com a tecnologia e novas terapias podemos garantir sobrevida e, mais que isso, garantir a qualidade de vida dos pacientes", destaca o presidente.

No entanto, apesar dos avanços, Bonfiglioli alerta para a dificuldade no acesso ao tratamento, especialmente o acesso a medicamentos de alto custo, pelos pacientes do SUS.

Prêmios

Foi premiada com a primeira colocação, na área clínica, a pesquisa intitulada,"Avaliação prospectiva da recomendação das baixas doses de hidroxicloroquina pela recomendação da Academia Americana de Oftalmologia na nefrite lúpica estável com alto risco de retinopatia: perfil lipídico e taxa deflare", de Emily Yuki, da Faculdade de Medicina da USP. Na área básica, o melhor trabalho foi "Comparação da eficiência da condrogênese de células- tronco do líquido amniótico humano em "micromass" e em cultura celular magnética em 3D", de Carolina Zuliani, da Faculdade de Medicina da Unicamp.

Febre amarela: pesquisa conclui que a vacina é segura

Pesquisa da disciplina de reumatologia da Faculdade de Medicina da USP concluiu - por exames laboratoriais e avaliação clínica- que a vacina pode ser ministrada a pacientes reumatológicos imunodeprimidos com a doença inativa. Não houve nenhum evento adverso grave proveniente da vacina. O estudo recebeu a 2ª colocação na área clínica.

A pesquisa foi realizada entre os anos de 2016 e 2018, quando o estado de São Paulo foi considerado área de risco, com 35% de mortes entre os casos confirmados da doença, e recomendada a vacina para todos os residentes e pessoas em trânsito pela região.

De acordo com a reumatologista Nádia Aikawa, que compareceu ao evento representando a disciplina de reumatologia da Faculdade de Medicina da USP/HC, a vacina da febre amarela em dose fracionada foi aplicada em 159 pacientes reumatológicos (especialmente com lúpus e artropatias inflamatórias) e mais 159 pessoas saudáveis (foram aplicadas vacinas em funcionários do HC). Realizadas quatro avaliações, sendo no próprio dia da aplicação, 5 dias após, 10 e 30 dias.

Ao final, avaliação clínica e exames laboratoriais, anotações e observações propiciaram a conclusão de que nenhum evento adverso grave aconteceu em decorrência da vacina. "A dose fracionada da vacina da febre amarela foi considerada segura ", afirma a reumatologista. Esta a conclusão final da pesquisa.

Website: https://www.reumatologiasp.com.br/