Releases 14/04/2017 - 20:38

Estudante de apenas 18 anos cria dispositivo para comunicação de pacientes em coma ou estado vegetativo


Campo Grande,MS--(DINO - 11 abr, 2017) - O jovem Luiz Fernando da Silva Borges, de apenas 18 anos, teve uma ideia pra lá de ousada, lançando um projeto inovador para a medicina. O estudante do curso técnico em informática no Instituto de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, Luiz Fernando, criou um dispositivo portátil que realiza a conversão das ondas cerebrais (pensamentos) em respostas. É uma nova configuração para identificação de consciência em pessoas inicialmente classificadas no estado vegetativo de coma, que lhes dá a possibilidade de comunicação com a família."O meu projeto veio inovar o que hoje é utilizado na medicina. Atualmente, para a classificação de consciência é a chamada escala de coma de Glasgow já muito criticada na literatura porque ela não pode avaliar alguns aspectos motores quando as pessoas não são capazes de movimentar os seus membros de maneira voluntária, ou seja, a escala só contempla uma série de instruções que você diz para o paciente e, se ele conseguir movimentar os membros, poder abrir e fechar os olhos, você classifica entre coma leve, coma profundo, estado vegetativo", explica Luiz Fernando.Tendo como investidor-anjo o empresário, Ricardo Ferreira Nantes, o projeto vem como uma inovação fantástica para a medicina. Atualmente, indivíduos que sofrem de algum trauma encefálico tem seu nível de consciência aferido pela Escala de Coma de Glasgow, técnica que atribui uma pontuação para cada resposta motora voluntária do indivíduo. Alguns estudos publicados em literatura científica especializada apontam que indivíduos inicialmente classificados em estado vegetativo ou em coma pela escala citada estavam conscientes de seu ambiente durante parte do período de internação.Ricardo Nantes tem muito orgulho deste projeto. "Entrei neste trabalho como investidor-anjo, o qual me encantou, pois não há nada similar no mercado. Tenho orgulho deste cara e não vejo a hora de colocarmos isso em produção. É o Mato Grosso do Sul mais uma vez inovando com os talentos da terra", ressalta o empresário.O estado sul-mato-grossense foi destaque na 15ª edição da FEBRACE ? Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, a maior feira do segmento do Brasil que aconteceu em São Paulo. O Projeto Hermes Braindeck, do aquidauanense de 18 anos, levou o primeiro lugar em engenharia. Por outro lado, ter um empreendedor apostando e acreditando no seu sonho não tem coisa melhor. O jovem está pra lá de satisfeito com o resultado. Ele levará o Projeto Hermes para representar o Brasil na maior feira de ciências do mundo, em Los Angeles, em maio deste ano.A bagagem de Luiz Fernando BorgesEstudante do curso técnico integrado em informática no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - Campus de Aquidauana. Membro do Núcleo de Atividades em Altas Habilidades/Superdotação de Campo Grande - MS e da Sociedade Brasileira de Computação. Nos últimos 3 anos vem desenvolvendo pesquisas e tecnologias na área de Engenharia Biomédica com: modelagem estatística de processos termodinâmicos para amplificação de DNA; próteses robóticas de membro superior com feedback tátil; dispositivos de monitoramento do sono para a regulação do ciclo circadiano e interfaces cérebro-máquina de loop fechado embarcadas em sistemas de processamento distribuído para a comunicação com pessoas inicialmente classificadas em estado vegetativo ou coma. Laureado com mais de 40 prêmios como resultado de suas participações em feiras de ciências e engenharia nacionais e internacionais, sendo o primeiro e único brasileiro a receber os prêmios de primeiro lugar e melhor da categoria, em Engenharia Biomédica, na maior feira de ciências e engenharia do mundo: a Intel International Science and Engineering Fair (Intel ISEF). Além disso, recebeu também o prêmio concedido pelo MIT Lincoln Laboratory, por meio do programa Ceres Connection, tendo seu nome submetido para a International Astronomical Union (IAU), para a oportunidade de ter um asteroide próximo do Planeta Terra batizado com seu nome.