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DINO - 30 jul, 2018) - Holambra é o exemplo de que uma região rural não precisa abranger uma grande extensão de terra para ser líder de mercado. Fundada em uma fazenda na região metropolitana de Campinas, no interior de São Paulo, o município é o maior produtor de flores do país, com uma população de apenas 14 mil habitantes.Essa liderança é fruto de um extenso projeto e de investimentos em tecnologia que transformaram a cidade na capital nacional das flores. As associações e cooperativas de produtores locais criaram um plano de negócios e de marketing para estimular o mercado. Ele é impulsionado com o fornecimento de flores para a região sudeste, turismo de curta duração e feiras agropecuárias, tudo ancorado na cultura típica e na arquitetura da Holanda, país europeu que inspirou o nome da cidade brasileira.Não há empecilhos, entretanto, para que esse turista que visita Holambra também procure outros pontos turísticos ou conheça as demais cidades da região. Foi pensando nisso que o engenheiro agrônomo Paulo Broek ingressou no Programa de Turismo Rural, organizado pelo Senar AR/SP, com o Sindicato Rural de Mogi Mirim (SP). A partir do curso, Broek também passou a oferecer café da manhã, em seu empório rural, nos finais de semana. "Começamos a desenvolver a estrutura para receber os turistas que frequentam a cidade por causa das flores, com a intenção de agregar valor à estrutura existente e de verticalizar nossos serviços", explica o produtor. Ele herdou da família o interesse pela floricultura e tem ampla experiência no cultivo de plantas e no manejo de animais. Hoje, Broek está à frente do Caipira Holandês, empreendimento que comercializa hortaliças do próprio local, flores e plantas para jardinagem, aves de corte, iguarias holandesas e queijo produzido artesanalmente. Broek também pretende expandir o projeto para a construção de uma pousada e para o cultivo de alimentos orgânicos. O Programa de Turismo Rural contribuiu com ferramentas para o plano de viabilidade turística, análise do apelo rural, conhecimento de planilhas orçamentárias, entre outros fundamentos para a gestão de um negócio voltado ao turismo. O Sindicato de Mogi Mirim realiza o programa desde 2006 e mais de 200 produtores já participaram das aulas. Os cursos podem ocorrer em um dos 13 municípios que compõem a região turística "Trilhos e Trilhas da Baixomogiana", entre os quais, estão Artur Nogueira, Araras, Conchal, Cordeirópolis, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Estiva Gerbi, Itapira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Paulínia, Santa Gertrudes e Santo Antônio de Posse. Essas cidades foram agrupadas a partir de uma ação do Governo Federal e Estadual que pretende impulsionar o turismo em áreas onde o potencial não era explorado. A iniciativa do poder público complementa o trabalho iniciado pelo sindicato. "O Programa de Turismo Rural capacita o produtor para diversificar sua geração de renda e fortalece o projeto de regionalização do turismo", comenta Cristina Borgheti, funcionária do Sindicato Rural de Mogi Mirim. O conteúdo do curso abrange conceitos de história e identidade cultural, construção de um plano de negócios, ecoturismo, técnicas agrícolas, festival gastronômico, noções de hospedaria e gestão de um ponto de venda. O programa completo possui 10 módulos, divididos em 10 meses.O instrutor das aulas, Carlos Eduardo Bettin, é formado em Turismo e explica que a maior dificuldade dos produtores rurais é dar os primeiros passos em direção ao turismo. "Várias pequenas propriedades acabam completando a oferta de serviços na região. Desenvolvemos nos participantes a visão de negócios e compartilhamos informações e ferramentas de gestão", explica o instrutor.Para saber em qual das 13 cidades a próxima edição do curso será realizada, o produtor da região deve entrar em contato do o Sindicato Rural de Mogi Mirim ou dos demais municípios. As inscrições devem ser realizadas junto ao Sindicato Rural mais próximo.Sobre a FAESP (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo)Com sede e foro na cidade de São Paulo, a FAESP ocupa atualmente 99% de seu edifício sede, na Rua Barão de Itapetininga, e conta com três centros técnicos, em São Roque, Mirante do Paranapanema e Ribeirão Preto. A FAESP mantém sua malha sindical em 86% do Estado, por intermédio de seus sindicatos rurais e respectivas extensões de base, presentes em 557 dos 645 municípios paulistas, atuando e contribuindo diretamente no desenvolvimento dos cursos e atividades do SENAR AR/SP. Além de amparar e defender os interesses gerais da categoria econômica, a FAESP tem como missão representá-la perante os poderes públicos federais, estaduais e municipais, colaborando com estes no estudo e solução de todos os assuntos que, direta ou indiretamente, possam fomentar-lhe a coesão, o fortalecimento, bem como a expansão da economia nacional.Sobre o SENAR-AR/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Estado de São Paulo)No Estado de São Paulo, o SENAR foi criado em 21 de maio de 1993, no seio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, sob a administração do Presidente Fábio Meirelles, sendo administrado por um Conselho Administrativo, cujo presidente nato é o próprio Presidente da FAESP, e tem entre seus conselheiros o Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo - FETAESP. Tem a missão de desenvolver ações de Formação Profissional Rural e atividades da Promoção Social voltadas ao homem do campo, contribuindo para sua profissionalização, integração na sociedade, melhoria da sua qualidade de vida e exercício da cidadania.Mais detalhes no site:
http://www.faespsenar.com.br