Cetose é segura e benéfica, diz estudo europeu
São Paulo - SP--(DINO - 25 jun, 2018) -
Segundo dados da pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, divulgados na semana passada, a obesidade já atinge 18,9% dos brasileiros. Os dados são alarmantes, não só para a qualidade de vida, mas também para o bolso. É o que mostra o relatório da World Obesity Federation, que estima que o tratamento de doenças relacionadas à condição - como problemas cardiovasculares e diabetes - devam custar à população mundial cerca de US$ 1,2 trilhão ao ano, a partir de 2025. Até lá, especialistas de diferentes lugares do mundo se dedicam a frear o aumento do problema com pesquisas científicas. Foi o caso de um estudo europeu, realizado na Unidade de Obesidade do Hospital da Universidade de Santiago de Compostela, publicado recentemente na revista médica internacional Endocrine, que mostrou, pela primeira vez, a cetose - estado metabólico, fisiológico e natural, em que qualquer pessoa pode entrar após um período de jejum - seguro e benéfico para pacientes com sobrepeso e obesidade. De acordo com os resultados da pesquisa, uma das evidências da segurança foi em relação ao pH do sangue. Os pacientes submetidos a um tratamento de perda de peso à base de uma dieta proteinada com proteínas de alto valor biológico (Método PronoKal), que numa etapa inicial, induz à cetose controlada, apresentaram uma média de pH sanguíneo de 7,37. Ou seja, entre 7,35 e 7,45, o que é considerado dentro dos valores normais. A pesquisa comprovou também a produção moderada de corpos cetônicos durante a dieta cetogênica de muito baixas calorias (Very Low Calorie Ketogenic Diet - VLCKD), através de 460 amostras de cetonemias capilares obtidas ao longo do processo. Destas, 97,5% estavam abaixo de 3 mmol / l, o que é considerado dentro da normalidade, uma vez que devem ser inferiores a 5,4 mmol. Outro parâmetro de segurança mostrado foi o nível de glicose no sangue. O grupo estudado apresentou uma média de 78,7 mg / dl, dentro também dos valores considerados adequados, compreendidos entre 70 e 100 mg / dl, em jejum. Além da segurança da cetose, o artigo científico mostrou ainda os benefícios da sua aplicação no tratamento de perda de peso, realizado sob controle médico e com apoio multidisciplinar. Um deles foi a sua especificidade em eliminar gordura, uma vez que a utiliza como fonte de energia, promovendo, assim, um emagrecimento de qualidade. Através da avaliação da composição corporal dos pacientes, utilizando três metologias distintas, foi demonstrado ainda que, após quatro meses de tratamento com a dieta cetogênica, 20 Kg perdidos, em média, 18,2 foram predominantemente gordura. Ou seja, mais de 90%. Valor que, com a abordagem hipocalórica (convencional) foi estimado em torno de 75%. Concluiu-se, assim, que a cetose induzida, através de uma dieta cetogênica pobre em gorduras, mas que mantém um aporte correto de proteína de alto valor biológico e de qualidade, contribui para a manutenção da massa muscular. Por fim, em favor da cetose, os pesquisadores destacaram ainda a melhora na sensibilidade à insulina e nos parâmetros de controle glicêmico, devido aos efeitos que tem sobre o metabolismo de carboidratos e lipídios no sangue. Sobre o estudo: Trata-se de um ensaio clínico de intervenção nutricional realizado durante 4 meses, aberto, não controlado e unicêntrico, cujo objetivo foi comparar o estado de saúde de pessoas em cetose induzida por uma dieta cetogênica (Método PronoKal) e de pessoas em situação de cetoacidose diabética. A amostra foi composta por 71 pacientes, dos quais 20 seguiram o Método PronoKal – um tratamento médico baseado em uma dieta cetogênica, voltado para a perda de peso às custas de gordura – e por outro lado, 51 eram pacientes em estado de cetoacidose. Para esta amostra, a pedido dos pesquisadores, foram obtidas 460 exames de cetonemia capilar, ao longo do processo. Link da publicação do artigo: Diego Gomez-Arbelaez, Ana B. Crujeiras, Ana I. Castro, Albert Goday, Antonio Mas-Lorenzo, Ana Bellon, Cristina Tejera, Diego Bellido, Cristobal Galban, Ignacio Sajoux, Patricio Lopez-Jaramillo, Felipe F. Casanueva. Acid–base safety during the course of a very low-calorie-ketogenic. Endocrine. 2017 Sep 15. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5608861/
Website: http://www.pronokal.com/bra
Segundo dados da pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, divulgados na semana passada, a obesidade já atinge 18,9% dos brasileiros. Os dados são alarmantes, não só para a qualidade de vida, mas também para o bolso. É o que mostra o relatório da World Obesity Federation, que estima que o tratamento de doenças relacionadas à condição - como problemas cardiovasculares e diabetes - devam custar à população mundial cerca de US$ 1,2 trilhão ao ano, a partir de 2025. Até lá, especialistas de diferentes lugares do mundo se dedicam a frear o aumento do problema com pesquisas científicas. Foi o caso de um estudo europeu, realizado na Unidade de Obesidade do Hospital da Universidade de Santiago de Compostela, publicado recentemente na revista médica internacional Endocrine, que mostrou, pela primeira vez, a cetose - estado metabólico, fisiológico e natural, em que qualquer pessoa pode entrar após um período de jejum - seguro e benéfico para pacientes com sobrepeso e obesidade. De acordo com os resultados da pesquisa, uma das evidências da segurança foi em relação ao pH do sangue. Os pacientes submetidos a um tratamento de perda de peso à base de uma dieta proteinada com proteínas de alto valor biológico (Método PronoKal), que numa etapa inicial, induz à cetose controlada, apresentaram uma média de pH sanguíneo de 7,37. Ou seja, entre 7,35 e 7,45, o que é considerado dentro dos valores normais. A pesquisa comprovou também a produção moderada de corpos cetônicos durante a dieta cetogênica de muito baixas calorias (Very Low Calorie Ketogenic Diet - VLCKD), através de 460 amostras de cetonemias capilares obtidas ao longo do processo. Destas, 97,5% estavam abaixo de 3 mmol / l, o que é considerado dentro da normalidade, uma vez que devem ser inferiores a 5,4 mmol. Outro parâmetro de segurança mostrado foi o nível de glicose no sangue. O grupo estudado apresentou uma média de 78,7 mg / dl, dentro também dos valores considerados adequados, compreendidos entre 70 e 100 mg / dl, em jejum. Além da segurança da cetose, o artigo científico mostrou ainda os benefícios da sua aplicação no tratamento de perda de peso, realizado sob controle médico e com apoio multidisciplinar. Um deles foi a sua especificidade em eliminar gordura, uma vez que a utiliza como fonte de energia, promovendo, assim, um emagrecimento de qualidade. Através da avaliação da composição corporal dos pacientes, utilizando três metologias distintas, foi demonstrado ainda que, após quatro meses de tratamento com a dieta cetogênica, 20 Kg perdidos, em média, 18,2 foram predominantemente gordura. Ou seja, mais de 90%. Valor que, com a abordagem hipocalórica (convencional) foi estimado em torno de 75%. Concluiu-se, assim, que a cetose induzida, através de uma dieta cetogênica pobre em gorduras, mas que mantém um aporte correto de proteína de alto valor biológico e de qualidade, contribui para a manutenção da massa muscular. Por fim, em favor da cetose, os pesquisadores destacaram ainda a melhora na sensibilidade à insulina e nos parâmetros de controle glicêmico, devido aos efeitos que tem sobre o metabolismo de carboidratos e lipídios no sangue. Sobre o estudo: Trata-se de um ensaio clínico de intervenção nutricional realizado durante 4 meses, aberto, não controlado e unicêntrico, cujo objetivo foi comparar o estado de saúde de pessoas em cetose induzida por uma dieta cetogênica (Método PronoKal) e de pessoas em situação de cetoacidose diabética. A amostra foi composta por 71 pacientes, dos quais 20 seguiram o Método PronoKal – um tratamento médico baseado em uma dieta cetogênica, voltado para a perda de peso às custas de gordura – e por outro lado, 51 eram pacientes em estado de cetoacidose. Para esta amostra, a pedido dos pesquisadores, foram obtidas 460 exames de cetonemia capilar, ao longo do processo. Link da publicação do artigo: Diego Gomez-Arbelaez, Ana B. Crujeiras, Ana I. Castro, Albert Goday, Antonio Mas-Lorenzo, Ana Bellon, Cristina Tejera, Diego Bellido, Cristobal Galban, Ignacio Sajoux, Patricio Lopez-Jaramillo, Felipe F. Casanueva. Acid–base safety during the course of a very low-calorie-ketogenic. Endocrine. 2017 Sep 15. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5608861/
Website: http://www.pronokal.com/bra