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DINO - 12 abr, 2016) - As "desastrosas" obras olímpicas estão calando os críticos. Faltando quatro meses para o começo dos Jogos do Rio de Janeiro, 95% das construções estão completas ou em fase de acabamento. A maior preocupação da organização é o Velódromo, mas o local receberá um evento-teste em junho e colocará à prova a qualidade das obras feitas de forma apressada.
Outro fator que desperta apreensão é o custo olímpico: os Jogos estavam orçados em R$ 28 bilhões, mas alcançaram a marca de R$ 40 bilhões ? um aumento de 42%. A título de comparação, a Olimpíada de Londres em 2012 teve um orçamento inicial de R$ 36 bilhões, mas gastou-se menos que o previsto, e a conta foi fechada R$ 4 bilhões mais barata.
As edificações olímpicas sofreram um duro baque com a quantidade de construtoras envolvidas na Lava Jato. O prefeito Eduardo Paes reconheceu que as investigações tiveram impacto nas obras, mas garantiu que não prejudicaram os trabalhos. As várias empresas delatadas foram obrigadas a respeitar os contratos e evitar qualquer ilegalidade para não caírem nas mãos da Polícia Federal.
Porém, os problemas não acabam apenas nas esferas estrutural e financeira. O surto do vírus Zika está preocupando os atletas de todo o mundo e colocando os profissionais de medicina para trabalharem em dobro e, assim, evitar um problema maior durante os Jogos. Outro ponto que faz a organização "perder o sono" é a baixa venda de ingressos ? somente 50% das entradas foram negociadas, o que não impediu a formação de um mercado paralelo. A Polícia do Rio de Janeiro prendeu 10 cambistas com 700 bilhetes para as competições.
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