São Paulo--(
DINO - 14 mar, 2016) - O movimento de fechamento de capital na BM&FBovespa tem se intensificado. Somente em 2014, cinco empresas fizeram ofertas públicas de aquisições (OPAs) para recomprar suas ações no mercado, enquanto que apenas uma (Ourofino) realizou uma oferta inicial de ações (IPO). Já no ano passado, 25 companhias deixaram de ser listadas na CVM pelo motivo de "Cancelamento Voluntário", e mais três saíram nos primeiros meses de 2016.
Em 1989, o número de empresas listas atingiu o seu maior nível: 592 companhias abertas com negociação de ações. Em 2007, ano anterior ao da grande crise financeira mundial, ocorreu um aumento de 54 novas empresas listadas em relação a 2006 (404 companhias). A tendência agora é inversa. Existem 358 empresas listadas que correspondem a uma redução de 234 empresas (ou 65% das atuais) na comparação com 1989. Os dados são do estudo da pesquisa da Sabe Consultoria, publicada com exclusividade na edição de março da Revista RI.
Ao que tudo indica, esse movimento continuará. Juntamente com a crise econômica e a saída de capital estrangeiros da bolsa, a atual estrutura do mercado desestimula o investimento de longo prazo e encoraja a especulação de curto prazo, o que leva as equipes de Relações com Investidores a responder perguntas inusitadas como: a Polícia Federal já foi a seu escritório hoje? A insegurança quanto a investir no Brasil envolve tanto o mercado de dívida quanto o de ações, o que resulta numa redução significativa no volume de recursos disponíveis para o País. A percepção geral é de que crise será prolongada.
A edição impressa da Revista RI chega às bancas na próxima terça-feira (15/03), mas já pode ser conferida em sua versão eletrônica no site:
www.revistari.com.br. A Revista RI celebra este mês 18 anos de edições mensais ininterruptas, consolidando-se como a principal e mais longeva publicação da história do Mercado de Capitais brasileiro.
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