Releases 03/04/2017 - 18:53

Projeto Realiza Doação de 2075 Livros no Grande ABC e São Paulo


São Paulo - SP--(DINO - 03 abr, 2017) - O Brasil possui dois problemas crônicos: um deles, o mais grave, é que chegamos a 2017 com incríveis 27% da população que não sabe ler ou escrever, em um país com população de 207 milhões de pessoas (IBGE). Estamos falando de aproximadamente 55 milhões de pessoas que possuem problemas relacionados ao entendimento de palavras. Segundo a ONU ? Organização das Nações Unidas ? o Brasil ocupa a oitava posição no ranking mundial de analfabetismo, com cerca de 8 milhões de pessoas com mais de 15 anos que não sabem ler e escrever. Um dado interessante foi divulgado em um levantamento feito pelo Instituto Paulo Montenegro em parceira com o Ibope, que declarou que crianças que estudam até os 8 anos não possuem compreensão correta de palavras, ainda que saibam ler minimamente. Ou seja: não basta saber ler algumas palavras e assinar o nome para, efetivamente, não pertencer ao terrível universo do analfabetismo.O segundo problema é derivado direto do primeiro, que resulta em um cenário caótico para educação nacional: o brasileiro não lê. A pesquisa Retratos da Leitura de 2016 (do Ibope, e pedido do Instituto Pró-Livro, entidade mantida pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), apontou que 44% da população brasileira não lê absolutamente nenhum livrinho, e 30% não desembolsa nenhum realzinho por qualquer exemplar. Mais: a média de leitura do brasileiro é de quase cinco livros por ano, mas esse dado despenca quando você retira pessoas que estão estudando e são "obrigadas" a ler alguns títulos ? a média deste grupo é de 7,2 por ano, sendo 5 materiais didáticos. Por escolha própria, o brasileiro lê (1) um livro por ano. No país de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Cecília Meireles e Clarice Lispector o livro não possui relevância. Na Suécia e na Dinamarca a média é alta, chegando a 15 títulos por ano; no Estados Unidos o índice médio de 10 títulos e na Argentina chega a quase 6. O cenário é preocupante e precisa mudar. O ano de 2017 já está sendo emblemático neste sentido. Lançado em 2016 pelo Governo Federal, o debate acerca da Reforma do Ensino Médio está a pleno vapor. A nova Base Nacional Comum Curricular (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio) passará por mudanças e definirá o conteúdo mínimo e as disciplinas obrigatórias no ensino médio, entre outras muitas coisas importantes. Fato é: o aprendizado da leitura é imprescindível para qualquer pessoa e o estímulo à leitura é tão fundamental quanto o aprendizado, o que deve ser trabalhado desde o ensino fundamental, passando pelo médio e seguindo vida afora.A Literatura infantil e infantojuvenil abre muito mais portas do que apenas a do aprendizado da língua. Há milhares de estudos espalhados pelo mundo que apontam os ganhos emocionais, cognitivos, sociais e criativos em crianças que adquirem o hábito de ler desde pequenos. Os mesmos estudos apontam que a função de ensinar os pequenos a ler geralmente fica a cargo da escola. Por outro lado, a estimulo à leitura como atividade corriqueira e não obrigatória apenas para estudos específicos é efetiva quando os pais são os incentivadores. Fica claro, portanto, que uma criança interessar-se-á por livros quando pais ou responsáveis participarem da rotina dela, apresentando livros, histórias em quadrinhos e derivados, além de as auxiliarem em deveres de casa. Vale ressaltar que as novas tecnologias possuem um papel importante na sociedade atual e compõe o rol de formas de consumos de conteúdos para aprendizado e entretenimento e são indissociáveis na formação das presentes e futuras gerações.O projeto Mais Coisas Sobre Outras Coisas de A a Z, cuja realização é da Carbono 60 e Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultural de São Paulo, com patrocínio da Unipar Indupa, tem como proposta incentivar à leitura de crianças de forma lúdica e divertida, instigando a curiosidade e a criatividade delas. Foram impressas 2575 unidades do livro Mais Coisas Sobre Outras Coisas de A a Z, de Jailson de Almeida, sendo que deste total 2075 livros serão doados para escolas públicas, bibliotecas e associações do terceiro setor do Grande ABC ? Santo André, Paranapiacaba, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Mauá ? e associações e escolas de São Paulo em regiões carentes, como Paraisópolis e Heliópolis. Mais Coisas Sobre Outras Coisas de A a Z, continuidade de Coisas Sobre Coisas de A a Z, é um livro que apresenta objetos do cotidiano através de poemas no formato o que é, o que é?, um para cada letra do alfabeto. O autor brinca com as características dos diversos objetos e a criança, durante a leitura, vai sendo desafiada a adivinhar sobre o que o texto fala. O livro é todo ilustrado ? trabalho de Elisa Sassi ?, fato que faz aumentar o interesse das crianças em lê-lo e os pais podem, também, brincar junto aos filhos tentando descobrir os 26 objetos contidos no livro.Esse é um projeto que busca democratizar o acesso aos bens culturais, priorizando crianças de família pobres e em situação de vulnerabilidade social. Inclusive Rio Grande da Serra e Mauá são regiões de baixo IDH, com carências em diversos setores, necessitando de projetos culturais que ofereçam gratuidade de acesso para inclusão sociocultural. A doação dos livros ocorrerá até o final de abril, sendo que cerca 1000 unidades já foram doadas. Além disso, serão realizadas 6 oficinas de produção literária para professores ? que são multiplicadores ? e crianças ? foco do projeto ? sobre a construção dos poemas do livro. O lançamento do livro será em abril. São duas datas em São Paulo: dia 08/04/17, no Hub Foodservice, em Perdizes e no dia 09/04/17, no Clube Esportivo Helvetia, no Planalto Paulista.Ficha técnicaAutor: Jailson de AlmeidaIlustrações: Elisa SassiRealização: Carbono 60 e Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultural de São Paulo.Patrocínio: Unipar IndupaApoio de Mídia: Cult Cultura