Releases 17/04/2018 - 14:06

Complexo Hospitalar de Niterói inaugura setor de transplantes


Niterói, RJ--(DINO - 17 abr, 2018) - Há 20 anos o CHN (Complexo Hospitalar de Niterói) foi o primeiro hospital transplantador da Região Norte-Leste Fluminense. Em duas décadas, o complexo se consolidou como referência na área, responsável, atualmente, por 60% dos transplantes de medula óssea feitos no estado do Rio de Janeiro, líder do ranking como a unidade que mais realiza esse tipo de procedimento, número que promete ser ainda maior com a ampliação da Unidade de Transplantes, que será aberta ao público na primeira quinzena de abril. Com a ampliação, o CHN Transplantes, localizado no sexto andar das Unidades IV e V (Rua Eusébio de Queiroz, 333) dará um salto de oito leitos para 26 quartos privativos, sendo 11 suítes VIPs.Outra novidade do setor é o Centro de Terapia Infusional, com 16 leitos individuais, que são dedicados à administração de medicamentos, e dois consultórios para atendimento de pacientes no pré e pós-transplante. Com isso o hospital vai oferecer atendimento integral aos transplantados e colocará à disposição médicos plantonistas 24 horas por dia para suporte a médicos transplantadores e intercorrências.A nova ala terá diferenciais de infraestrutura para tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor. As suítes VIPs terão varandas herméticas - revestidas de vidro para evitar contato com a atmosfera externa e, consequentemente, prevenir contaminação -, cujo objetivo é diminuir a sensação de claustrofobia dos pacientes, além de permitir a comunicação e a interação com familiares e visitantes, que terão um local especial no novo Espaço da Família, uma área ampla e aconchegante com cafeteria, solarium - espaço externo de convivência -, televisores e computadores com sinal Wi-Fi, espaço para leitura e sala de reuniões para conversa com a equipe multidisciplinar. Além disso, os corredores dos setores terão as chamadas "janelas virtuais", telões que simulam janelas com paisagens aleatórias que levam os pacientes à memória da vida fora do ambiente hospitalar, o que ameniza a rotina dos longos períodos de internação.Outro diferencial do setor de transplante será a sala de reabilitação, com um consultório para fisioterapia motora, respiratória e cardíaca composta por equipamentos como bola de pilates, pesos e bicicleta ergométrica, entre outras ferramentas que auxiliam na prevenção e reabilitação dos pacientes antes e depois do transplante.Tecnologia e segurançaO CHN investe em tecnologia quando o quesito é segurança assistencial. A nova ala de transplante conta com grandes sistemas tecnológicos que auxiliam os profissionais de saúde no monitoramento dos pacientes, bem como oferecem mais qualidade no tratamento dos pacientes onco-hematológicos.Pra começar, o hospital equipou todos os quartos com um moderno sistema de filtros de ar com pressão positiva (HEPA) e um sistema importado de deionização de água - processo em que toda a água é purificada imediatamente antes do consumo, inclusive a utilizada para higiene -, o que minimiza as chances de contaminação por microrganismos. "Como os pacientes estarão com a imunidade comprometida, precisamos de um ambiente altamente purificado, de forma que os riscos de infecção sejam reduzidos. O ar e a água de toda a unidade são filtrados", afirma Márcia Rejane, coordenadora do CHN Transplantes.Os leitos ainda contam com o sistema de monitoramento on-line para controle da temperatura e umidade do ar e medidor de pressão positiva, que poderão ser checados por meio de displays touch screen localizados na porta dos quartos. "Com essas medidas, o ajuste e a verificação da qualidade do ar e da temperatura serão feitos sem a necessidade de entrar no leito do paciente, o que reduz as janelas de contaminação", reforça a especialista. Além disso, metade dos leitos será monitorada por uma central para acompanhar os pacientes com casos mais graves.A interatividade e a integração também são prioridades e fazem parte dos recursos de humanização do novo espaço, que terá um telão que transmitirá imagens de diferentes lugares do mundo, em tempo real, tecnologia conhecida como videowall, que estará interligada a sensores de movimento (kinects) que permitem aos pacientes e familiares interagirem com jogos virtuais. A comunicação do paciente também foi facilitada com a tecnologia. Os quartos privativos possuem um sistema de voz disponível na cabeceira da cama que assegura o reconhecimento da voz do paciente, facilitando a comunicação entre ele e a equipe de enfermagem. A chamada é transferida para um dispositivo móvel que fica com os enfermeiros, acionados em qualquer ponta do hospital. Essa tecnologia é conhecida como Voicera no meio da área de Tecnologia da Informação (TI)."Projetamos um espaço seguro, com tecnologia de ponta para oferecer o melhor tratamento para nossos pacientes. Esses recursos tecnológicos colocam o CHN como a unidade transplantadora mais estruturada e bem equipada do estado do Rio, expandindo nossa capacidade na área de terapia celular em onco-hematologia", finaliza a diretora-geral do CHN, Ilza Boeira Fellows.Saiba mais sobre o CHN TransplantesO CHN destaca-se na região e no estado como referência em transplantes, sendo o único hospital privado quaternário do Norte-Leste Fluminense e o maior transplantador de medula óssea do estado do Rio de Janeiro, com mais de 600 procedimentos realizados desde 2007. Credenciado também pelo Sistema Nacional de Transplante (SNT) para a realização de transplantes renais e musculoesqueléticos, recebe pacientes de diversas regiões do estado e do país.Alguns númerosEm 2017, o CHN realizou 127 transplantes de medula óssea (TMO), sendo: 99 autólogos (quando se utilizam células do próprio paciente); 57 alogênicos aparentados (doação de células feita por irmãos);16 alogênicos não aparentados (quando o doador não é da família);12 haploidênticos (quando os doadores são os pais).A taxa de sobrevida de pacientes que realizaram o TMO alogênico aparentado é de 68% na principal patologia, que é a leucemia mieloide aguda, em conformidade com a referência mundial, segundo dados do Center for International Blood and Marrow Transplant Research CIBMTR.