São Paulo/SP--(
DINO - 17 jun, 2019) - A abertura econômica do Brasil é tema frequente em debates sobre o desenvolvimento financeiro do país desde a redemocratização na década de 1980. Para o empresário e vice-presidente do LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), Roberto Giannetti da Fonseca, a competitividade é fundamental para o e desenvolvimento econômico de uma nação ou sistema financeiro. Através do progresso financeiro é possível atingir o desenvolvimento social e a criação de empregos, além do aumento da renda das famílias brasileiras.
Entre as mudanças necessárias no Brasil está a incrementação da competitividade nacional. É necessário ordenar ações de ordem micro e macroeconômicas, dispersas e difusas, garantindo assim que os recursos e os esforços conversem em perfeita harmonia. É necessário maior eficácia para que seja possível desenvolver a economia brasileira de forma plena.
O grande risco da não ordenação das ações econômicas está na limitação do desenvolvimento. Ao não atacar as deficiências competitivas brasileiras estamos perpetuando um crescimento econômico aquém do necessário para cumprir as aspirações nacionais.
Roberto Giannetti listou dez itens que devem ser revistos para que o Brasil se torne uma nação economicamente competitiva:
1) Mão de obra pouco qualificada, por deficiências dos setores de educação básica e ensino profissional, além de deficiente sistema público de saúde.
2) Tecnologia industrial defasada, com idade média de 15 anos de máquinas e equipamentos em uso na maioria dos setores da indústria brasileira.
3) Custo elevado do capital de investimento e do capital de giro, tornando mais oneroso o custo final dos produtos.
4) Custo tributário elevado - especialmente de impostos cumulativos na cadeia produtiva, com incidência no faturamento - e de complexa e onerosa gestão.
5) Custos logísticos elevados devidos a uma matriz de transportes predominantemente rodoviária, de baixa qualidade e sofrível manutenção.
6) Elevado nível de proteção comercial, com tarifas de importação bem superiores à média internacional, o que, consequentemente, resulta em baixo nível de integração competitiva às cadeias globais de valor.
7) Necessidade de atualização da pauta exportadora brasileira, de forma a nela incluir os chamados produtos dinâmicos, cuja demanda mundial vem crescendo a taxas exponencialmente superiores às relativas aos produtos tradicionais.
8) Custo burocrático elevado, principalmente por excesso de regulações e intervenções de órgãos e autarquias estatais na atividade econômica privada, desde o registro das empresas até normas trabalhistas, ambientais, regulatórias e contábeis.
9) Baixo valor agregado da produção exportável ao longo da cadeia produtiva em cada setor. O ideal seria exportar cada vez maior volume de produtos acabados, ao invés de produtos primários ou intermediários, especialmente no agronegócio.
10) Câmbio flutuante, com taxa cambial mais estável e mais competitiva, evitando tanto quanto possível situações especulativas de sub ou sobrevalorização, que distorcem os preços relativos da economia e produzem súbitos efeitos nocivos nas contas empresariais.
Abordar de forma severa e resolver um ou dois itens do decálogo para o desenvolvimento é saudável, mas não será suficiente. É necessário um esforço nacional para resolver os 10 itens que há décadas atuam como um freio de mão para o desenvolvimento do Brasil.
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