São Paulo--(
DINO - 21 set, 2016) - Segundo o Indicador de Falências e Recuperações da Serasa Experian, houve um grande aumento no número de pedidos de recuperação judicial feitos nos primeiros oito meses de 2016 quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Apenas entre janeiro e agosto deste ano foram requeridas 1.235 recuperações, sendo que esse número tinha sido de apenas 766 no mesmo intervalo de tempo de 2015. Isso significa que a elevação foi de 61,2%.
O empresário
Flavio Maluf reporta que esse resultado estabelece um novo recorde histórico, além de ser o índice mais alto no acumulado dos primeiros oito meses do ano desde 2006, quando entrou em vigor a Nova Lei de Falências. O aumento foi tão grande, que apenas entre janeiro e agosto de 2016, o total de pedidos de recuperação foi quase igual ao ocorrido em todo o ano de 2015, que teve 1.287 requerimentos.
Em relação à distribuição desses pedidos de acordo com o tamanho das instituições, a liderança fica com as micro e pequenas
empresas, com um total de 741 pedidos. Em seguida aparecem as médias empresas, com 317 requerimentos, e as grandes, com 177 solicitações de recuperação judicial. Quando são levados em consideração apenas os resultados de agosto de 2016, a distribuição segue a mesma ordem, com 84 pedidos de recuperação feitos pelas MPEs, 35 pelas médias empresas, e apenas 18 pelas grandes.
Já no que diz respeito à comparação entre os meses, o executivo Flavio Maluf
noticia que, de acordo com os dados da Serasa, agosto, com 137 pedidos, teve uma diminuição de 21,7% em relação a julho, quando foram feitos 175 requerimentos de recuperação. Já quando se compara os dados apresentados apenas no oitavo mês de 2016 com o mesmo período do ano anterior, o recuo foi de 1,4%, com 137 e 139 requerimentos, respectivamente.
Flavio Maluf destaca que, de acordo com as análises dos economistas da Serasa Experian, esse elevado índice de requerimentos de recuperações judiciais feitos em 2016 é reflexo das altas taxas de juros e da baixa
movimentação econômica, fatores que contribuem de forma determinante para que muitas empresas acabem passando por momentos de dificuldades em suas finanças e tenham que solicitar a recuperação ou a falência.
Nesse sentido, o
empresário Flavio Maluf reporta que os pedidos de falência feitos entre janeiro e agosto de 2016 (1.219) aumentaram 5,4% em relação aos primeiros oito meses de 2015 (1.156). Apenas em agosto deste ano foram feitos 161 pedidos, sendo que isso representou um recuo de 14,8% em relação a julho, quando aconteceram 189 solicitações. Também houve queda em relação a agosto de 2015 (13%), quando 185 falências foram requeridas.
A liderança dessa estatística fica com as MPEs, já que apenas em agosto deste ano elas fizeram 91 pedidos de falência. Na sequência aparecem as grandes, com 37 solicitações, e as médias empresas, que foram responsáveis por 33 requerimentos de falência.
Já em relação aos pedidos de falência feitos nos oito primeiros meses de 2016, Flavio Maluf comenta que as micro e pequenas empresas também foram as maiores responsáveis, com 650 requerimentos, sendo que no mesmo período de 2015, esse número tinha sido de 598.
Na sequência aparecem as grandes empresas, com 288 solicitações de falência entre janeiro e agosto de 2016 ante 291 no mesmo intervalo de tempo do ano anterior. Enquanto isso, as médias empresas foram responsáveis por 281 requerimentos nos primeiros oito meses de 2016 contra 267 entre janeiro e agosto de 2015.