São Paulo - SP--(
DINO - 28 mar, 2017) - Em um mercado cada vez mais acirrado, em que se compete com muitos lançamentos, devido às plataformas digitais de sucesso como Amazon e Wattpad, a realização do sonho do escritor nacional em ter o seu livro exposto nas grandes livrarias através de uma boa editora é um processo cada vez mais árduo. A época em que o autor ficava horas criando o seu trabalho e depois só mandava para as editoras já não existe mais. Atualmente, ele deve se dividir entre criar suas obras e manter-se bem divulgado também no mundo virtual, devido à essa aproximação com leitor pela internet.
Como uma forma de otimizar esse processo existem as agências literárias. Cabe a elas o papel de descobrir esses talentos e intermediar as negociações entre o escritor e editora, até mesmo direcionando o autor para uma casa que seja mais adequada para o seu público-alvo.
A seguir, entenda 4 dos principais motivos para contratar um agente literário:
1 - Análise de obra
O agente fará uma leitura crítica. Indicará ao autor problemas de origem ortográfica, gramatical e estilística no texto, falhas de coesão e coerência na narrativa, problemas no encadeamento de ideias do enredo, problemas de estrutura, e fará sugestões de melhorias para adequação da obra ao mercado, promovendo a preparação final do texto.
2 ? Venda da obra
Buscará as editoras em cujo catálogo a obra em referência tenha possibilidade de ser colocada, ou seja, encontrará a editora que tenha uma linha editorial na qual a obra em questão possa se perfilar. O agente literário é o profissional estruturado para obter, facilmente, informações no mercado editorial e cultural, seja em seu país de origem, seja no exterior. Ele circula amigavelmente entre autores, editoras e editores, estando sempre atento às leis de direitos autorais e aos interesses dos livreiros.
3 ? Facilitar processos burocráticos
Também é função do agente cuidar do contrato que o autor celebrará com a editora e de todos os processos burocráticos compreendidos por essa negociação. Incluindo fiscalizar a divulgação, a distribuição e a comercialização da obra pela editora e, até mesmo em pontos de vendas, no sentido de possibilitar ao autor as informações sobre esses processos.
4 ? Administrar carreira
Quando o autor já possui certo nível de popularidade, recebendo convites para feiras, palestras, eventos e adaptações, ou seja, quando o escritor já ocupa um espaço importante no universo literário, o agente se transforma no administrador da carreira, mantendo a vida editorial em ordem, cuidando da imagem do escritor e o aconselhando em decisões do dia a dia.
"As plataformas digitais, como a Amazon, possibilitam que as editoras olhem para os escritores brasileiros com outros olhos", diz Danilo Barbosa, responsável pela agência DB Assessoria Literária. "Assim como os livros que vêm de fora do país, muitos dos autores já têm números consideráveis de vendas e um público definido, que fica bem mais fácil de trabalhar. Além disso, em tempos de crise econômica, o livro nacional é mais barato, já que não tem os custos de tradução e outros custos do livro internacional, além de ter o autor ali, presente, disposto a estreitar laços com os leitores", ele conclui. Depois de trabalhar em grandes editoras até o ano passado, Danilo pensou em oferecer aos autores independentes uma série de serviços profissionais com a qualidade vista nas grandes casas editoriais. Passar a agenciá-los foi um pulo. Hoje trabalha com 11 autores e a meta é dobrar esse número até o final do semestre.
Autoras já conhecidas do público e publicadas por grandes editoras, como S. Miller, Juliana Mendes e Josy Stoque estão entre o portfólio de autores da DB Assessoria. Danilo, que também é escritor, sabe que o autor brasileiro tem muita criatividade para mostrar ao seu público, com situações e locais que os leitores conhecem e se identificam. S. Miller, por exemplo, acaba de escrever um drama romântico chamado "Um lugar no coração", que aborda a busca da mulher por si mesma, e pincela sobre um tema pouco trabalhado em nossos livros: a Síndrome de Down, com o enredo permeado na analogia que faz com a obra de Lewis Carroll, "Alice no país das Maravilhas". Já a Juliana Mendes vem com "Nosso Quarto", um romance improvável e cheio de surpresas, cheio de referências de "A Bela e A Fera". Josy Stoque, por sua vez, resolveu mostrar que sabe inventar histórias sensuais com um toque histórico. E por aí vai. "Temos de ficção científica a antologias, para chamar a atenção dos nossos leitores. É literatura de qualidade", diz ele, acreditando no potencial da chamada nova literatura nacional.
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