Releases 12/05/2017 - 16:50

Brasil investe R$ 2,1 bilhões e lança seu primeiro satélite geoestacionário


São Paulo - SP--(DINO - 12 mai, 2017) - O governo do Brasil lançou, no último dia 4, por volta das 18h50, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O satélite será usado para as comunicações, principalmente para oferta de banda larga em áreas remotas, e será controlado somente pelo Brasil.O lançamento ocorreu na Guiana Francesa, na base de Kourou e foi enviado através do foguete Ariane 5, que também lançou ao espaço o KOREASAT-7, da operadora sul-coreana Ktsat. Desenvolvido pela empresa francesa Thales Alenia Space, que assinou um contrato com a companhia Visiona (Joint Venture formada pela Embraer e pela estatal Telebras), o SGDC envolve os ministérios da Defesa (MD) e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). Com esse novo projeto, o Brasil deixará de alugar satélites de empresas privadas. O lançamento estava inicialmente previsto para o dia 21 de março, mas foi adiado por causa da greve geral na Guiana Francesa.O satélite, adquirido pela Telebras, terá uma banda KA, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), e uma banda X, que corresponde a 30% do equipamento de uso exclusivo das Forças Armadas. O Ministério da Defesa investiu cerca de R$ 500 milhões para utilização da banda X pelos próximos 18 anos, tempo de vida estimado do produto.O uso do satélite será civil e militar. De um lado, a banda KA, possibilitará acesso à conexão em banda larga a todos os locais do país, sem exceção. De outro, a partir da banda X, será possível tramitar informações que envolvem a área de defesa e governamental. Responsável pelo desenvolvimento da área espacial do Brasil, a Força Aérea Brasileira (FAB) cuidará da operação e monitoramento do satélite.Com o lançamento do Satélite Geoestacionário o Brasil passa a fazer parte do seleto grupo de países que contam com seu próprio Satélite Geoestacionário de comunicações, sem a necessidade de alugar equipamentos de empresas privadas, gerando uma economia significativa aos cofres públicos e maior segurança em suas comunicações.O satélite também representa um avanço na qualidade da internet brasileira, que atualmente não está entre as melhores. De acordo com um estudo feito pela OpenSignal, o Brasil ocupa a 53ª posição no mundo em velocidade geral da internet móvel. O relatório da OpenSignal leva em conta dados coletados por um aplicativo que usuários instalam voluntariamente em seus celulares. O ranking divulgado considerou a velocidade média geral, sem levar em conta se o usuário está conectado a uma rede 3G ou 4G. Foram analisados dados de 1.095.667 usuários para chegar à conclusão. A posição do Brasil reflete a baixa penetração do 4G no país. A média da conexão móvel do brasileiro é de 8,82 Mbps, enquanto a líder, Coreia do Sul, possui uma velocidade média de internet móvel de 37,54 Mbps, devido a uma rede 4G muito mais robusta.Sites como o Minha Conexão são utilizados para fazer testes de velocidade da internet em tempo real. No Brasil, a Anatel, órgão regulador do setor, exige que as operadoras entreguem pelo menos 80% da taxa de transmissão média, e 40% da taxa de transmissão instantânea vendidas aos usuários. No site Minha Conexão o usuário pode verificar a velocidade da internet e salvar o resultado do teste de velocidade em um histórico. Posteriormente, é possível fazer comparativos da qualidade da internet e verificar se a mesma está de acordo com o plano contratado.