Releases 29/11/2017 - 13:37

Segundo dados, e-commerce faturou R$ 21 bilhões no primeiro semestre de 2017


São Paulo - SP--(DINO - 29 nov, 2017) - O faturamento do e-commerce nos seis primeiros meses de 2017 teve um crescimento nominal de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando ao total de R$ 21 bilhões, ao passo que o primeiro semestre de 2016 teve um acumulado de R$ 19,6 bilhões.O número de pedidos aumentou 3,9%, passando de 48,5 milhões para 50,3 milhões, enquanto o tíquete médio pulou de R$ 403 para R$ 418, com aumento de 3,5%. Os dados são do Webshoppers 36, relatório divulgado pela Ebit, empresa especializada no monitoramento de compras online de todo o Brasil.Motivos que levaram a esse aumentoDe acordo com a opinião de Pedro Guasti, CEO da Ebit, a economia do Brasil começou a se recuperar nos seis primeiros meses de 2017, o que consequentemente beneficiou o setor de e-commerce.Ele ainda diz que o primeiro semestre de 2016, época em que a crise econômica e política estava em seu patamar mais alto, o número de pedidos do e-commerce diminuiu 1,8%, algo que se viu pela primeira vez na história.Além da recuperação neste primeiro semestre de 2017, o e-commerce brasileiro, pela primeira vez na história, ultrapassou a barreira dos 50 milhões de pedidos.Conforme mostra o relatório Webshoppers, um fator que contribuiu bastante para o aumento do número de pedidos foi a queda dos preços dos produtos vendidos na internet.De acordo com o índice FIPE Buscapé, que monitora os preços dos produtos, de julho de 2016 a junho de 2017, a queda vista nos preços foi de 5,38%. Pedro diz que essa deflação é normal quando o mercado está se comportando positivamente.Os consumidores ativos, que são aqueles que fizeram ao menos uma compra durante os seis primeiros meses de 2017, aumentaram 10,3% em relação ao mesmo período de 2016: foram de 23,12 milhões para 25,5 milhões.Categorias com maior número de pedidos e receitaDurante o primeiro semestre de 2017, as principais categorias em número de pedidos foram moda e acessórios (14,8% do total), saúde, cosméticos e perfumaria (12,2%), casa e decoração (10,6%), eletrodomésticos (10,3%) e telefonia / celulares (9,5%).Quando se trata da receita gerada, porém, a ordem fica diferente: a lista é encabeçada pela categoria de telefonia / celulares, seguida pela de eletrodomésticos, eletrônicos, informática e casa e decoração.Aumento do M-commerce e redução da gratuidade do freteDá-se o nome de M-commerce às compras de e-commerce feitas através de dispositivos móveis, como celulares e tablets. Como o uso desses dispositivos cresce a cada dia, a tendência é de que as vendas também cresçam.O aumento registrado no relatório Webshoppers em relação às aquisições através de dispositivos móveis foi de 35,9%, o que representou um share de 24,6% de todas as vendas, ou seja, quase 1 a cada 4 compras foram feitas em dispositivos mobile.André Dias, COO da Ebit, diz que o mais impressionante foi o aumento de volume financeiro dessas aquisições: 56,2%. O aumento do tíquete médio foi de 14,9% no primeiro semestre de 2017 em comparação ao mercado como um todo, o que é um excelente indicativo para os dispositivos móveis.O frete grátis é uma prática que não está mais sendo algo tão comum assim, de acordo com o relatório. Ao comparar o segundo trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016, a oferta de frete grátis diminuiu de 42% para 38%.A opinião de André Dias sobre esse assunto é que as lojas estão selecionando produtos específicos para frete grátis, geralmente aqueles que as pessoas podem esperar mais tempo para receber. A possibilidade de retirar os produtos em uma loja física também ajudou nessa diminuição.Expectativas positivas para o segundo semestreAs datas mais fortes para o comércio no segundo semestre são o Natal, o Dia das Crianças e a Black Friday, que devem movimentar uma receita bastante grande. A Ebit acredita que o crescimento das vendas fique entre 12% e 15%.Já a expectativa para o crescimento no acumulado do ano deve alcançar a marca de 10%, bastante positiva para o e-commerce.Movimentação do digital commerceO digital commerce é um conceito que abrange a venda de produtos novos e usados das empresas para os consumidores (B2C) e também entre os consumidores (C2C), bem como serviços como turismo e ingressos. Tal mercado movimentou o montante de R$ 93,5 bilhões em 2016.O crescimento nominal do digital commerce, de 2012 a 2016, foi de 88%, ou seja, quase dobrou. O crescimento médio anual ficou na taxa de 17% ao ano. O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no mesmo período diminuiu 3,9%, mas não conseguiu conter esse crescimento do digital commerce. De acordo com Pedro Guasti, isso demonstra o quão poderoso e dinâmico é o comércio eletrônico nacional.O setor de casa e decoração foi um dos que mais cresceu no e-commerce no primeiro semestre de 2017. Uma das representantes do setor é a Wallpaper Land, que oferece cortina sob medida, persiana e papel de parede de tipos variados, para agradar a todos os gostos e proporcionar uma decoração ainda mais linda em vários ambientes.