São Paulo -SP--(
DINO - 22 dez, 2016) - Os eventos políticos e econômicos de 2016 ficarão marcados na história. O impeachment de Dilma Rousseff e a ruptura do Reino Unido com a União Europeia são alguns bons exemplos do que ocorreu este ano no Brasil e no mundo. Com isso, mantém-se a expectativa de que os desdobramentos desses acontecimentos possam reverberar por um bom tempo.
O ano de 2016, no entanto, não foi totalmente negativo. O Mercado Financeiro apresentou intensa volatilidade, mas os bons investidores souberam tirar proveito das oportunidades que surgiram. Prova disso é que a Bolsa de Valores foi considerada o melhor investimento do primeiro semestre de 2016, com rentabilidade nominal de 22,27%.
Outra modalidade de investimento que conquistou sucesso este ano foi o
Tesouro Direto . O programa criado em 2002, pelo Tesouro Nacional e a BM&F Bovespa, disponibiliza a aquisição de títulos públicos pela internet. A facilidade de acesso, o baixo custo e a boa rentabilidade foram alguns dos fatores que colaboraram para o aumento de popularidade.
Em 2016, o programa superou as expectativas. Foi registrado em março recorde de inscritos em um mesmo mês. Foram cerca de 33 mil novos investidores, apresentando crescimento de aproximadamente 43% de um ano para o outro.
Sete meses depois, em outubro de 2016, o Tesouro Direto registrou outro recorde: ultrapassou a marca de 1 milhão de investidores cadastrados. Desta vez, o avanço foi ainda maior, já que de outubro de 2015 a outubro do ano seguinte foram quase 75% de aumento.
Novembro, por sua vez, também foi um mês positivo para o programa. Foram aproximadamente 181,5 mil operações registradas no mês, configurando o maior número já aferido. Segundo justificativa do Tesouro Nacional, parte deste aumento se deve ao pagamento do décimo terceiro salário. Isso pode denotar, portanto, que muitos brasileiros aproveitaram a renda extra para investir seu dinheiro.
Melhoria contínua
Para continuar sendo considerado um dos
melhores investimentos de 2017 , várias melhorias estão sendo feitas no Tesouro Direto. Uma das primeiras facilidades foi a disponibilização de uma calculadora no site do programa para ajudar os usuários a simular investimentos de acordo com o capital a ser investido, o prazo contratado e o tipo de título.
Em 2016, as mudanças mais significativas ocorreram no fim do ano, quando o horário de compra e de venda dos títulos passou a acontecer no mesmo intervalo. Com isso, as duas operações são realizadas das 9h30 da manhã às 18h do horário de Brasília. Outra novidade é o aplicativo oficial do programa, lançado recentemente. A partir dele o investidor pode, entre outras possibilidades, acessar seus extratos, realizar transações e solicitar resgates.
Desde a mudança de nomenclatura para facilitar a compreensão até o lançamento de um aplicativo que permite acesso através do smartphone, o programa tem evoluído de acordo com o aumento da demanda.
O propósito destas novidades é de melhorar cada vez mais a experiência dos investidores. Além disso, melhorar a navegação dos investidores pela plataforma, conhecer todas suas funcionalidades e simplificar as negociações fazem parte da proposta de democratizar a modalidade.
Expectativas para 2017
Para o próximo ano, permanecem as perspectivas de que o Tesouro Direto mantenha o bom momento. A economia ainda em recuperação pode impulsionar os investimentos em títulos públicos, já que a poupança não oferece boa rentabilidade. Por outro lado, o programa do Tesouro Nacional disponibiliza excelentes retornos e aceita aplicações iniciais bastante acessíveis.
Outra vantagem do Tesouro Direto é que pode ser utilizado como margem de garantia para
investir na Bolsa de Valores . Deste modo, o investidor consegue ter rentabilidade em dois lugares ao mesmo tempo.
Em 2017, a estimativa é de que se mantenha o destaque dos títulos públicos, em especial os prefixados. Com rentabilidade nominal de 9,38% no primeiro semestre de 2016, os prefixados podem continuar atraindo milhares de investidores no próximo ano.
Isso pode acontecer se houver reaquecimento da economia brasileira, que deve auxiliar a normalização dos indicadores econômicos. Assim sendo, a provável queda dos juros em 2017 poderá diminuir a atratividade dos títulos pós-fixados que frequentemente são indexados à Selic. Esse movimento pode contribuir para que os títulos prefixados permaneçam no foco das atenções dos brasileiros em 2017.