Pequim--(
BUSINESS WIRE-
DINO - 03 mai, 2017) -
Hoje, o ISAAA (sigla em inglês de Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia) divulgou seu relatório anual multiplicando 110 vezes o nível de adoção global de culturas biotecnológicas em apenas 21 anos de comercialização ? ao crescer de 1,7 milhão de hectares em 1996 para 185,1 milhões de hectares em 2016. O relatório do ISAAA, "Situação Global das Culturas GM/Biotecnológicas Comercializadas: 2016", continua a comprovar os benefícios de longo prazo das culturas biotecnológicas para os agricultores nos países industrializados e em desenvolvimento, além dos benefícios para os consumidores, decorrentes das variedades recentemente aprovadas e comercializadas.
"As culturas biotecnológicas se tornaram um recurso agrícola essencial para agricultores ao redor do mundo devido aos imensos benefícios para a melhoria da rentabilidade e produtividade, e também para as iniciativas de conservação", declarou o presidente do conselho do ISAAA, Paul S. Teng. "Com as aprovações na comercialização e plantações de novas variedades de maçãs e batatas biotecnológicas, os consumidores começaram a desfrutar dos benefícios diretos da biotecnologia com produtos agrícolas provavelmente não sujeitos a estragar ou sofrer danos, algo que, por sua vez, poderá reduzir substancialmente os desperdícios de alimentos e os custos de gêneros alimentícios para os consumidores".
Examinando outros benefícios da biotecnologia, o ISAAA relata que a adoção de culturas biotecnológicas gerou uma redução de emissões de CO
2 equivalente a cerca de 12 milhões de carros nas ruas, anualmente nestes últimos anos; preservou a biodiversidade ao remover 19,4 milhões de hectares de terras da agricultura em 2015; e reduziu o impacto ambiental ao diminuir em 19% o consumo de herbicidas e inseticidas.
1 Além disso, nos países em desenvolvimento, a plantação de culturas biotecnológicas ajudou a aliviar a fome ao aumentar a renda de 18 milhões de pequenos agricultores e suas famílias, trazendo maior estabilidade financeira para mais de 65 milhões de pessoas.
"A biotecnologia é uma das ferramentas necessárias para ajudar os agricultores a produzir mais alimentos usando menos terras", explicou Randy Hautea, coordenador global do ISAAA. "No entanto, as promessas de culturas biotecnológicas só serão materializadas se os agricultores forem capazes de comprar e plantar estas culturas, seguindo uma abordagem científica quanto às aprovações e análises regulamentares".
Com cada vez mais variedades de culturas biotecnológicas aprovadas e comercializadas para uso pelos agricultores, o ISAAA espera que os níveis de adoção continuem a crescer e beneficiar os agricultores nos países em desenvolvimento. Por exemplo, está havendo um progresso mesmo entre as nações africanas, onde os processos de regulamentação tradicionalmente criam barreiras aos níveis de adoção de culturas biotecnológicas. A África do Sul e o Sudão aumentaram a plantação de milho, soja e algodão biotecnológicos de 2,29 milhões de hectares em 2015 para 2,66 milhões de hectares em 2016. No resto do continente, surge uma nova onda de aceitação, enquanto o Quênia, Malauí, Nigéria, Etiópia, Gana, Nigéria, Suazilândia e Uganda apresentam progressos na revisão dos regulamentos e nas aprovações de comercialização para uma variedade de culturas biotecnológicas.
"Mesmo com uma longa tradição de barreiras na regulamentação, os agricultores africanos continuam a adotar culturas biotecnológicas devido ao valor que conseguem agregar com base na estabilidade e produtividade das variedades biotecnológicas", segundo Hautea. "À medida que mais países avançam nas revisões da regulamentação para culturas como as de bananas, ervilhas-de-vaca e sorgo, achamos que a plantação de culturas biotecnológicas continuará a crescer na África e em outros lugares".
Também em 2016, o Brasil aumentou expressivamente a área de milho, soja, algodão e canola biotecnológicos em 11% ? mantendo sua classificação como o segundo maior produtor de culturas biotecnológicas após os Estados Unidos. No Brasil, a soja biotecnológica corresponde a 32,7 milhões de hectares dos 91,4 milhões de hectares de seu cultivo no mundo.
Para 2016, o ISAAA relata ainda que houve melhorias na comercialização e plantação de frutas e legumes/verduras biotecnológicos com benefícios diretos para os consumidores. Isso incluiu as aprovações de comercialização das batatas Innate? Russet Burbank Gen 2 que foram aprovadas para venda pelo FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) para venda nos EUA e das batatas da marca Simplot Gen 1 White Russet? que foram aprovadas pelo Health Canada para venda em mercados de produtos frescos ("fresh market") no Canadá. Estas variedades de batatas biotecnológicas têm níveis menores de asparagina, o que reduz a geração de acrilamida durante o cozimento em alta temperatura. Além disso, as primeiras quantidades comercialmente vendáveis das maçãs Arctic® foram colhidas em 2016, armazenadas durante o inverno e sua venda nos mercados dos EUA está prevista para 2017.
Outros destaques do relatório do ISAAA de 2016 incluem:
- A área global voltou a crescer em 2016 com 185,1 milhões de hectares de culturas biotecnológicas versus 179,7 milhões de hectares em 2015, quando a área global para todas s culturas tinha caído, após atingir 181,5 milhões de hectares em 2014.
- Em 2016, 26 países ao todo, inclusive 7 industrializados e 19 em desenvolvimento, cresceram culturas biotecnológicas. Os países em desenvolvimento cresceram 54% das culturas biotecnológicas, em comparação com os restantes 46% para as nações industrializadas.
- Oito países da Ásia e do Pacífico, incluindo a China e a Índia, cresceram 18,6 milhões de hectares de culturas biotecnológicas em 2016.
- Dez países na América Latina, incluindo o Paraguai e o Uruguai, cresceram em conjunto 80 milhões de hectares de culturas biotecnológicas em 2016.
- Em 2016, os principais países entre os que crescem culturas biotecnológicas continuaram a ser os Estados Unidos, Brasil, Argentina, Canadá e Índia. Em conjunto, estes cinco países plantaram 91% da área global de culturas biotecnológicas.
- Quatro países na Europa -- Espanha, Portugal, República Checa e Eslováquia -- cresceram mais de 136.000 hectares de milho biotecnológico em 2016, um aumento de 17% em relação a 2015, refletindo a necessidade da UE de milho resistente a insetos.
- Culturas biotecnológicas com piramidação gênica corresponderam a 41% da área global, em segundo lugar apenas para os 47% relativos às culturas com tolerância a herbicidas.
- As variedades de soja biotecnológicas representaram 50% da área global de culturas biotecnológicas. Com base na área global para cada cultura, 78% da soja, 64% do algodão, 26% do milho e 24% da canola plantados no mundo eram variedades biotecnológicas.
- Os países com mais 90% de adoção de soja biotecnológica são: EUA, Brasil, Argentina, Canadá, África do Sul e Uruguai; os com perto ou mais de 90% de adoção de milho tecnológico são: EUA, Brasil, Argentina, Canadá, África do Sul e Uruguai; os com mais de 90% de algodão biotecnológico são: EUA, Argentina, Índia, China, Paquistão, África do Sul, México, Austrália e Mianmar; e os com 90% ou mais de canola biotecnológica são: EUA e Canadá.
Para mais informações ou um resumo executivo do relatório, consulte o site:
www.isaaa.org.
Sobre o ISAAA:
O ISAAA (sigla em inglês de Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia) é uma organização sem fins lucrativos com uma rede internacional de centros concebidos para contribuir para a redução da fome e da pobreza através do compartilhamento de conhecimentos e aplicações de biotecnologia ao cultivo agrícola. Clive James, presidente emérito e fundador do ISAAA, viveu e/ou trabalhou nos últimos 30 anos em países em desenvolvimento na Ásia, América Latina e África, dedicando seus esforços a questões de pesquisa e desenvolvimento agrícolas com foco em biotecnologia agrícola e na segurança alimentícia global.
1Brookes and Barfoot, 2017, Forthcoming

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Fonte: BUSINESS WIRE