(DINO - 24 mar, 2015) - O setor atacadista no Brasil vive uma forte relação com os pequenos e médios empresários. Isto porque os comércios de bairros dependem muito do mercado atacadista para a compra de produtos, insumos e materiais.
Para se ter uma ideia do que isto representa, pesquisa da Serasa Experian mostrou que 85% do varejo alimentar brasileiro está nas mãos dos pequenos empresários. E esta realidade se aplica aos demais setores, como de eletrônicos e de itens para o lar, por exemplo.
A pesquisa, divulgada em 2013, é o primeiro "raio-x" do varejo desta área e mostra que os microempreendedores individuais estão cada vez mais presentes, em todos os setores. São profissionais que antes trabalhavam na informalidade e faturam em média até R$ 60 mil por ano.
E a perspectiva é de crescimento. Com a expansão das pequenas e médias cidades, o pequeno varejo cresce e, com ele, o setor atacadista.
Relação com classes C e D
O setor atacadista, como é o caso da empresa Gazin, tem crescido no mínimo cinco vezes acima do Produto Interno Bruto (PIB) nacional há anos, com grande participação do Nordeste neste resultado. Entretanto, segundo a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), o ano de 2014 terminou com um crescimento menor, 7% - normalmente, este valor fica em torno dos 15%.
O motivo estaria relacionado com a Copa do Mundo e período eleitoral, que atrapalharam as vendas dos setores. Mas a avaliação para 2015 é de pés nos chão diante das expectativas de mudanças na política econômica do segundo governo Dilma.
Ainda de acordo com a Abad, um dos motivos da grande guinada econômica vivida pelo setor atacadista refere-se ao crescimento do consumo das classes C e D, que favorece as vendas e também a criação de novos produtos.
"Por isso, para 2015, queremos fortalecer nossa relação com os pequenos varejos e mercearias, que são efetivamente os nossos clientes", ressaltou o presidente da Abad, José do Egito Frota Filho, por meio de assessoria.
De uma forma mais ampla, 46% do comércio no Brasil é feito pelo pequeno varejista de bairro. E um dos desafios para os próximos anos, segundo a Abad, é interiorizar ainda mais o consumo, apoiando os pequenos varejos.
Ascensão da classe média brasileira
Para entender melhor o que se passa com o setor atacadista e este interesse em investir mais nas classes C e D, vale a pena um breve relato do que estes segmentos da sociedade vêm vivendo nos últimos anos.
A classe média brasileira está crescendo de maneira significativa. Atualmente, a população classificada como "classe C" já representa mais da metade dos brasileiros, segundo o IBGE. Esta mudança é reflexo de uma série de modificações socioeconômicas, como o aumento do acesso ao crédito, da taxa de desemprego e da distribuição de renda.
Estudos especializados indicam que, em 2015, a classe C representará um percentual equivalente às classes A e B somadas, e que em 2020, este segmento será responsável por cerca de 40% do PIB brasileiro. Esta ascensão, que remonta ao tempo do Plano Real, começa agora a ser percebida de forma mais clara.
Foi por meio de um conjunto de medidas econômicas e políticas que uma parcela significativa da população adotou um novo padrão de qualidade de vida e de consumo, conseguindo a oportunidade de ter acesso a bens e serviços até então inacessíveis, como carro próprio, eletrodomésticos, computador, celular, e até mesmo grandes viagens.
Logicamente, encontra-se aí o interesse dos setores atacadistas. A classe C, assim como a D, está sendo vista, cada vez mais, como um mercado em potencial, tornando-se público-alvo de iniciativas de várias empresas.
Sobre o Grupo Gazin
A
área atacadista do Grupo Gazin está, ano após ano, superando todos seus objetivos, crescendo e estimulado sua participação no mercado brasileiro. Atualmente, a empresa já é reconhecida como uma das maiores redes atacadistas da América Latina.
Com isso, constantes investimentos estão sendo realizados pelo grupo, sempre visando a melhoria na logística de atendimento em todo o país.
Por meio de televendas, os mais de 250 consultores que prestam
atendimento à revendas de todo território nacional dos segmentos de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, portáteis, informática, hotelaria, licitações públicas, telefonia celular e venda especialista de ar condicionado.