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Junho: mês Mundial da Conscientização da Infertilidade


(DINO - 21 jun, 2019) - O aumento na procura dos tratamentos de fertilização em clínicas especializadas de todo o país mostra que os casais brasileiros podem até encontrar dificuldades, mas ainda acalentam o sonho de gerar filhos e consolidar a família. Se fatores como busca pela estabilidade pessoal e profissional, a procura do parceiro ideal ou até mesmo o tratamento de doenças graves como o câncer, adiam esse sonho e diminuem as chances de uma gravidez natural, a confiança na qualidade das técnicas de fertilização mantém a esperança de milhares de casais para tornar a gravidez uma realidade. Se você tem dúvidas sobre fertilidade e quer conhecer um pouco mais sobre as técnicas de fertilização preste atenção nas dicas dos especialistas em reprodução humana da Clínica Fertipraxis.

1 -O que é infertilidade?

O casal é definido como infértil quando não conseguem uma gravidez após um ano de relações sexuais não protegidas. Sabe-se que 10-15% dos casais enquadram-se nesse critério, devendo procurar um especialista para maiores investigações sobre o motivo de não estarem conseguindo engravidar. Atualmente a Organização Mundial da Saúde considera a dificuldade de engravidar como uma 'doença' do sistema reprodutivo.


2- Quais são as principais causas de infertilidade?

A maioria dos casais (cerca de 90%) consegue engravidar em até 12 meses. Entretanto, recomendamos essa espera apenas para aqueles que não apresentam qualquer fator já conhecido que possa estar relacionado a uma possível dificuldade para engravidar e para aqueles cuja mulher apresente menos de 35 anos. Após essa idade, existe um declínio acentuado da fertilidade da mulher, justificando a procura de um especialista após 6 meses de tentativas mal-sucedidas de gravidez. Após os 40 anos, o casal deve procurar um especialista imediatamente após a decisão de ter um filho pois nessa situação, qualquer atraso na investigação do casal pode diminuir muito as chances de sucesso dos tratamentos que podem vir a ser necessários.

3- O que é Fertilização in vitro?

É a Reprodução Assistida, ou 'bebê de proveta' como é mais conhecida. Ela corresponde ao processo no qual a paciente é submetida a uma hiperestimulação ovariana controlada que produz uma reposta ovariana de múltiplos folículos. Esses são puncionados por via transvaginal guiada por ultrassonografia, para a obtenção dos óvulos, que após sua captação e retirada dos folículos ovarianos, são preparados para a realização de dois possíveis procedimentos: a FIV clássica, quando colocamos os óvulos juntamente com os espermatozoides em cultura e deixamos que os espermatozoides fecundem os óvulos por conta própria, ou, mais recentemente, a FIV tipo ICSI, isto é, a injeção intracitoplasmática de um espermatozóide capacitado (escolhido) em cada um dos óvulos maduros aspirados. Independente da técnica utilizada, após a fecundação e desenvolvimento inicial dos embriões, transferimos um determinado número deles para a paciente através de um cateter, através do colo uterino, guiado pela ultrassonografia, para definir um melhor local de colocação dos embriões no útero. Então, esperamos entre 12-18 dias para saber se a paciente engravidou.

4- Vou fazer uma Fertilização in vitro, vou engravidar na minha 1ª tentativa?

Muito comum entre os casais que procuram tratamento. De um modo geral, as chances de sucesso do procedimento giram em torno de 30% por tentativa. Além disso, existem diversos fatores que influenciam essas taxas de gravidez, como por exemplo: a idade da paciente, a causa da infertilidade, o tipo de protocolo utilizado para a FIV, entre outros. Portanto, antes de podermos estimar as chances de uma fertilização in vitro bem-sucedida, precisamos considerar todos esses fatores. Também não é verdade, porém, que 'são precisa muitas até o sucesso'. Por isto, o planejamento de uma tentativa deve ser bem cuidadoso.

5- O que é indução de ovulação?

É uma das possibilidades naqueles sem uma causa aparente para a não-gravidez. A capacidade de induzir ovulações em pacientes anovulatórias foi um dos primeiros e mais importantes passos da endocrinologia reprodutiva. Atualmente existe uma série de agentes capazes de desencadear o desenvolvimento de óvulos. Seu uso é muito difundido devido ao menor custo do tratamento e as menores chances de complicações.

6- Como é feita a coleta dos óvulos?

Por ultrassonografia transvaginal com uma agulha especial que ao penetrar os folículos nos ovários, os esvazia através de pressão negativa através de uma bomba especial a vácuo. Todo o procedimento é realizado com a paciente sob sedação, monitorizada e acompanhada por um anestesista por toda a duração da coleta. O líquido aspirado de cada folículo é então avaliado por um embriologista que separa os óvulos que encontra para posterior fertilização dos mesmos. Habitualmente a coleta dos óvulos dura cerca de 20 minutos.


7- Todos os óvulos colhidos durante o procedimento são aproveitados?

O ideal é encontrarmos os óvulos 'maduros', biologicamente na segunda metáfase da divisão meiótica pela qual todo oócito deve passar para ser fertilizado por um espermatozóide. Entretanto, apenas os maiores folículos são os que habitualmente contêm os óvulos chamados M2. Quanto menor o folículo, maior a sua chance de apresentar um óvulo imaturo, que não poderá ser aproveitado para a fertilização. Outro fator que determina a maturidade folicular é o uso correto da medicação para desencadear a ovulação. Quando a coleta dos óvulos é feita antes do tempo mínimo após a aplicação dessa medicação, aumenta-se a chance de obter um oócito imaturo.

8- O congelamento de óvulos pode ser feito em pacientes que irão tratar o Câncer?

Na literatura já existem diversas gestações oriundas de fertilização de óvulos que haviam sido congelados. Essa técnica é a principal a ser considerada em pacientes que porventura tenham que se submeter a tratamentos que possam causar infertilidade como, por exemplo, quimioterapia ou radioterapia, principalmente, aquelas mulheres que não tenham parceiro ainda. Dessa forma, aconselhamos todas essas pacientes que procurem um especialista em reprodução antes de iniciar algum desses tratamentos mais agressivos ao futuro reprodutivo dela.



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