São Paulo--(
DINO - 27 ago, 2018) - Você sabia que, em média, não usamos cerca de 40% das roupas que temos? E que o número de peças de vestuário compradas anualmente pelo consumidor médio aumentou em 60% ao ano entre 2000 e 2014, segundo a consultoria McKinsey?
A razão para isso é o alto consumo do chamado fast fashion, que nos seduz com vitrines renovadas semanalmente e preços baixos.
O que muitos não sabem é que a indústria da moda é nada menos que a segunda maior poluidora do planeta. Para fazer nossa parte e reduzir nossa pegada ecológica, devemos investir em peças atemporais, que são mais duráveis porque não saem de moda e, em geral, têm melhor qualidade.
As coleções atemporais reduzem os desperdícios de estoque típicos das lojas de fast fashion, uma vez que estas precisam abrir constantemente espaço para as novidades. O que é feito dos estoques excedentes é um segredo mantido a sete chaves, mas sabe-se que boa parte do que não é vendido acaba incinerado. A polêmica veio à tona em 2017, quando uma emissora de TV dinamarquesa investigou a rede sueca H&M e descobriu que a marca de fast fashion queima cerca de 12 toneladas de roupas por ano.
No caso de marcas de luxo, estima-se que praticamente todo o excedente seja queimado para evitar a venda dos produtos a preços baixos, o que possibilitaria o acesso a consumidores sem o "perfil" da grife. Em julho deste ano, por exemplo, a britânica Burberry incinerou o equivalente a R$ 142 milhões em roupas, acessórios e perfumes.
"Uma das razões pelas quais as roupas são queimadas é por medo de que a marca se enfraqueça. Não acreditamos que um tipo específico de pessoa reduza o valor da nossa marca; para nós, todos os clientes são bem-vindos a usar nossas roupas. De qualquer gênero, classe social, raça ou tipo de corpo", diz Pierre Larose, um dos fundadores da
Calça Thai , marca de calças tailandesas há três anos no Brasil.
Usar a tecnologia para prever a quantidade adequada de cada modelo não é suficiente para evitar perdas. A saída é mesmo criar linhas de produtos atemporais, como faz a Calça Thai. "A primeira coleção que nós lançamos, chamada 'Calça Thai', ainda está disponível no site depois de mais de três anos. Não sai de moda, por isso as coleções atemporais são mais sustentáveis", explica Larose.
A Calça Thai tem na sustentabilidade e no comércio justo sua filosofia. As peças são feitas no norte da Tailândia por artesãos locais utilizando matérias-primas naturais, como o algodão. Para garantir que as premissas de sustentabilidade sejam cumpridas, a empresa paga uma remuneração adiantada e justa a cada um dos artesãos. Outro diferencial da Calça Thai é a ausência de intermediários ou estoques no Brasil: a marca possui apenas um e-commerce, e cada peça é enviada diretamente da Tailândia para o consumidor.
Website:
https://calcathai.com