Releases 18/02/2014 - 11:05

WWF-Brasil promove oficina para fortalecimento da produção do açaí no Acre


O açaí é considerado um item de alimentação fundamental na região amazônica, além de ser essencial para a movimentação da economia local. No estado do Acre, destacamos a produção da região de Feijó e Tarauacá, cujo açaí é considerado um dos melhores do Brasil devido à sua espessura mais grossa e sabor naturalmente mais doce. Apesar de sua importância na região, a falta de controle nas vendas e a inexistência de uma produção racionalizada fazem com que seja quase impossível obter dados exatos sobre sua cadeia produtiva, uma vez que a matéria-prima consumida se apoia pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta. Em busca de mudanças neste cenário, extrativistas e instituições que atuam na cadeia produtiva do açaí nos municípios de Feijó e Tarauacá se reuniram em Rio Branco no início de fevereiro, na I Oficina de Planejamento para o Apoio Integrado à Safra de Açaí de 2014. O evento, promovido pelo WWF-Brasil, teve por objetivo promover a articulação entre todos os envolvidos, assim como realizar um planejamento participativo para fortalecimento da produção na safra de 2014. Kaline Rossi, analista de conservação do WWF-Brasil, destaca que um dos pontos positivos na cadeia produtiva acreana é que enquanto no Pará - estado líder na produção brasileira - só há uma safra por ano, a espécie de açaí que existe no Acre (Euterpe precatoria) tem diferentes comportamentos de acordo com o ambiente em que nasce, o que faz com que haja dois períodos de produção do fruto: uma no início e outra no meio do ano. Para ela, eventos como este são "uma ótima oportunidade de reunir os principais atores da cadeia produtiva do açaí na região e diagnosticar pontos fortes, deficiências, oportunidades e, principalmente, estabelecer responsabilidades e parcerias institucionais para fortalecimento da cadeia, o que deve gerar um impacto positivo na safra de 2014". Os principais pontos críticos dentro da cadeia produtiva do açaí são a organização da produção e a logística que envolve desde as boas práticas de extração ao transporte. Kaline diz que "ainda há muito que não pode ser modificado por nós de modo isolado, mas em conjunto com todos os atores da cadeia pudemos elaborar um planejamento com olhar dos produtores, o que torna as possibilidades mais palpáveis, reais". A oficina contou com o apoio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar do Estado do Acre (Seaprof); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens); Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), Embrapa, Sebrae, ICMBio, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Parque Zoobotânico da UFAC, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Tarauacá e Feijó, Prefeituras de Tarauacá e Feijó, Pesacre, Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Ekoar.