São Paulo--(DINO - 25 mar, 2015) - No dia 9 de março, foi divulgado o resultado da pesquisa anual da Grant Thornton focada em "Compliance" e gestão de riscos. A pesquisa, administrada online, de novembro a dezembro de 2014, reúne a compilação de entrevistas de 545 profissionais de auditoria.
A pesquisa anual da Grant Thornton que anteriormente só entrevistava executivos de departamentos de auditoria interna foi ampliada este ano para incluir membros do comitê de auditoria. Ao lançar uma rede mais ampla de perspectivas, a pesquisa, agora em seu quinto ano, apontou para sinais sutis de uma desconexão entre esses dois grupos de respondentes.
As respostas sugerem que equipes de auditoria interna e membros de comitê de auditoria, veem as prioridades de auditoria interna de forma diferente.
Identificamos que limitações orçamentárias e de talentos, em particular, continuam sendo a preocupação para lideres de equipes de auditoria interna.
Um pouco menos de metade (47%) dos entrevistados disseram que eles estão usando análise de dados ou ferramentas de "business intelligence" para melhorar a função de auditoria interna.
Quanto à classificação de quatro tipos de riscos, os membros do comitê de auditoria citaram suas prioridades, como: 1. Financeiro; 2. "Compliance"; 3. Operacional e 4. Riscos estratégicos.
Não é surpreendente que os comitês de auditoria estão mais preocupados com os riscos relacionados aos controles financeiros, especialmente no que diz respeito à integridade das demonstrações financeiras, considerando que é onde eles têm a maior responsabilidade, prestação de contas e exposição.
Por outro lado, profissionais de auditoria interna, classificaram seu foco de risco da seguinte forma: 1. "Compliance", 2. Operacional, 3. Financeiro e 4. Riscos estratégicos. O fato de que os comitês de auditoria viram riscos financeiros como o topo de risco, enquanto departamentos de auditoria interna classificaram o mesmo risco em terceiro lugar, sugere prioridades conflitantes. Porém, vale destacar que, a Auditoria Interna leva em consideração a melhoria contínua dos controles e procedimentos da organização, ao qual, se estes estiverem adequados, consequentemente os riscos financeiros terão uma menor chance de se concretizar.
Com orçamentos finitos e restrições de recursos, os auditores internos devem otimizar todos os aspectos do trabalho que fazem, incluindo atividades financeiras e de "Compliance".
O caminho para otimizar as atividades de "Compliance" requer uma abordagem integrada que reúne um mix de estratégias, táticas e ferramentas que permitem que departamentos de auditoria interna foque em atividades de maior valor acrescentado, tais como auditorias operacionais.
Para empresas que não possuem processos formalmente documentados e controles projetados para lidar com o risco de fraude sistemática, a adoção do COSO 2013 pode dar início a um programa de prevenção ao risco de fraude.
Por: Cynthia Catlett, Sócia de Forensic Investigations & Dispute Services e Daiane Nabuco, Gerente de Forensic Investigations & Dispute Services.