Advogado Ricardo Tosto comenta o plano de recuperação do Frigorífico Quatro Marcos
São Paulo--(DINO - 24 mai, 2016) - No histórico de grandes frigoríficos brasileiros, é inevitável citar a existência do Quatro Marcos. Com sede localizada no estado de Mato Grosso, ele iniciou, no ano de 2010, um projeto para reverter o quadro calamitoso em que se encontrava. Cogitou-se uma fusão de grandes proporções com a Margen, que acabou não se concretizando. Com a suposta manobra, esperava-se a obtenção de cerca de R$2,5 bilhões logo no primeiro ano de operação. Ricardo Tosto acredita que as empresas que encontram-se em situações semelhantes a essa, necessitam de apoio especializado e de projeções confiáveis acerca da economia e do mercado em que estão inseridas.
As negociações referentes aos trâmites da fusão, no entanto, naufragaram quando líderes das duas empresas entraram em desacordo, cancelando a transação de forma definitiva. As duas empresas encontravam-se em dificuldades, o que motivou respectivos pedidos de recuperação judicial. Outras medidas, como o aluguel de instalações para terceiros, foram adotadas como forma de amenizar os estragos mais graves. Com larga experiência ao lidar com empresas em situação de vulnerabilidade, Ricardo Tosto, analisa o referido caso como algo preocupante, porém bastante passível de acontecer com a grande maioria das empresas em território nacional, face ao cenário de crise que se instalou.
Visando uma sólida recuperação, os credores da Quatro Marcos, aprovaram, em sua maioria, uma ação que movimentou R$ 500 milhões. No ano de 2010, a empresa estudava várias maneiras legais de se reerguer, como disponibilizar algumas unidades para a venda. Com o processo, os gestores projetavam aquecer as relações de exportação, mesmo com a iminência de uma possível venda. Segundo Ricardo Tosto, primeiramente é necessário esgotar todas as possibilidades de melhoria, antes de se pensar em qualquer solução mais radical. Para ele, há sempre muitos pontos importantes a se pensar com cuidado, sobretudo quando há vultosas quantias envolvidas.
Quando estava faturando 10% da média que costumava obter, o Quatro Marcos passou por um pacote de medidas, o que gerou crescimento da receita. Dentre as ações elaboradas, houve o parcelamento em 12 vezes dos créditos oriundos de pecuaristas, além do fato de alguns bancos que atuavam com mecanismos de exportação, terem feito algumas concessões que aliviaram o então momento empresarial. O caráter corporativo dos credores que aceitaram determinadas condições de negociações, revela uma faceta solidária que tais empresas tiveram com a situação em que se encontrava o frigorífico, analisa Ricardo Tosto. O advogado defende ainda, a importância de se conceber a economia como algo que afeta todos os setores da sociedade, reforçando ainda mais a necessidade de se trabalhar em um ambiente de negócios pautado pela união.
A principal meta, como já se esperava, era quitar os débitos com os credores mais urgentes, sobretudo no que se referia aos assuntos trabalhistas. Os que poderiam tolerar um prazo maior de tempo, receberiam semestralmente, ao longo de doze períodos seguidos. A sinalização das unidades que seriam vendidas foi o próximo passo listado no plano. Houve um planejamento minucioso a fim de se determinar claramente o que deveria ser atendido prontamente, além de constantes avaliações sobre o então comportamento da empresa diante das mudanças, afirma Ricardo Tosto.
Website: http://www.tostoadv.com/
As negociações referentes aos trâmites da fusão, no entanto, naufragaram quando líderes das duas empresas entraram em desacordo, cancelando a transação de forma definitiva. As duas empresas encontravam-se em dificuldades, o que motivou respectivos pedidos de recuperação judicial. Outras medidas, como o aluguel de instalações para terceiros, foram adotadas como forma de amenizar os estragos mais graves. Com larga experiência ao lidar com empresas em situação de vulnerabilidade, Ricardo Tosto, analisa o referido caso como algo preocupante, porém bastante passível de acontecer com a grande maioria das empresas em território nacional, face ao cenário de crise que se instalou.
Visando uma sólida recuperação, os credores da Quatro Marcos, aprovaram, em sua maioria, uma ação que movimentou R$ 500 milhões. No ano de 2010, a empresa estudava várias maneiras legais de se reerguer, como disponibilizar algumas unidades para a venda. Com o processo, os gestores projetavam aquecer as relações de exportação, mesmo com a iminência de uma possível venda. Segundo Ricardo Tosto, primeiramente é necessário esgotar todas as possibilidades de melhoria, antes de se pensar em qualquer solução mais radical. Para ele, há sempre muitos pontos importantes a se pensar com cuidado, sobretudo quando há vultosas quantias envolvidas.
Quando estava faturando 10% da média que costumava obter, o Quatro Marcos passou por um pacote de medidas, o que gerou crescimento da receita. Dentre as ações elaboradas, houve o parcelamento em 12 vezes dos créditos oriundos de pecuaristas, além do fato de alguns bancos que atuavam com mecanismos de exportação, terem feito algumas concessões que aliviaram o então momento empresarial. O caráter corporativo dos credores que aceitaram determinadas condições de negociações, revela uma faceta solidária que tais empresas tiveram com a situação em que se encontrava o frigorífico, analisa Ricardo Tosto. O advogado defende ainda, a importância de se conceber a economia como algo que afeta todos os setores da sociedade, reforçando ainda mais a necessidade de se trabalhar em um ambiente de negócios pautado pela união.
A principal meta, como já se esperava, era quitar os débitos com os credores mais urgentes, sobretudo no que se referia aos assuntos trabalhistas. Os que poderiam tolerar um prazo maior de tempo, receberiam semestralmente, ao longo de doze períodos seguidos. A sinalização das unidades que seriam vendidas foi o próximo passo listado no plano. Houve um planejamento minucioso a fim de se determinar claramente o que deveria ser atendido prontamente, além de constantes avaliações sobre o então comportamento da empresa diante das mudanças, afirma Ricardo Tosto.
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