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DINO - 25 fev, 2016) - O Zika Vírus é um dos assuntos que mais causam preocupação aos brasileiros desde o início de 2016. Não é para menos, alerta Sergio Cortes, já que existem evidências da associação do Zika com a microcefalia em bebês. No dia 14 de fevereiro, aproximadamente 220 mil militares foram às ruas de 350 cidades brasileiras para alertar e conscientizar a população sobre o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus. Isso porque o surto de Zika no país representa atualmente a principal preocupação de saúde pública no Brasil.
Só no estado do Rio de Janeiro foram mobilizados 71 mil profissionais das forças armadas que tinham como objetivo levar informações para 32 municípios e 49 bairros da capital. Segundo Sergio Cortes, dez minutos de atenção que cada pessoa dedique na sua casa para buscar possíveis focos da criação do mosquito já podem contribuir para a sociedade. Proteger ralos em quintais com telas, cobrir vasos de plantas com areia e até recolher folhas secas do chão são medidas alertadas pelos soldados que estiveram nas ruas, no que foi considerado o
Dia Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti. O objetivo é identificar e orientar sobre qualquer lugar, por menor que seja, que possa acumular água parada.
Além dos militares, há ainda um contingente de agentes municipais da saúde que trabalham regularmente nas cidades. O trabalho dos soldados é voltado a conversas com a população e distribuição de informativos sobre o Zika Vírus e as formas de combate ao mosquito Aedes aegypti. Para as áreas em que os militares não possuem acesso, os agentes de saúde são chamados, a fim de levar a informação para toda a cidade. Até mesmo as crianças ganham cuidado especial na conscientização, com visitas de soldados às escolas públicas e privadas, atingindo, assim, pessoas de todas as idades. O uso de militares das forças armadas, que portavam papéis com informações ao invés de armas, é justificado pela confiança e reconhecimento atribuída a eles pela população.
Para especialistas, também a luta contra a dengue ainda não foi vencida, pois matou cerca de 900 pessoas no Brasil em 2015, cita Sergio Cortes. No Rio de Janeiro o trabalho seguirá de forma intensa, já que a cidade receberá, em agosto, os Jogos Olímpicos, o que significa um aumento expressivo de pessoas no município durante um período de mais de duas semanas. No entanto, o Zika Vírus não é uma preocupação que fica só no âmbito municipal ou estadual, e sim uma luta de toda a população do país, conclui Sergio Cortes. Isso porque, somente em 2015, o vírus já se espalhou não só pelo Brasil, mas também por outros países da América do Sul, América Central e Caribe. A própria Organização Mundial da Saúde (
OMS) decretou emergência internacional no início de fevereiro.
Sergio Cortes finaliza com um alerta sobre os
sintomas do Zika, que são dor de cabeça, conjuntivite, dor nas articulações, manchas na pele, coceira e aumento dos gânglios linfáticos. Os primeiros sintomas aparecem em menos de uma semana a partir da picada do mosquito transmissor.
Fonte:
Estadão Website:
http://sergiocortespr.wix.com/sergiocortes