Releases 07/03/2016 - 09:59

Rating- Aumenta o número de Ratings de Empresas Brasileiras com Perspectiva Negativa


Rio de Janeiro, Brasil--(DINO - 07 mar, 2016) - O impacto mais significativo da perda do selo de bom pagador do Brasil sobre o perfil de risco das empresas se materializou como a BRA Advisory antecipou ao longo de 2015. Em fevereiro de 2016, a consultoria confirmou a redução do número de empresas com grau de investimento e identificou que um conjunto de apenas 14 empresas brasileiras com rating internacional permanecem classificadas com grau de investimento por pelo menos duas das três principais agências internacionais- Fitch, Moody`s e S&P.
A BRA Advisory reafirma que um novo rebaixamento do Brasil poderá reduzir o seleto número de empresas com rating internacional com grau de investimento, para um total de até 9 a 10 empresas. Os setores de metais/siderurgia e energia foram os mais penalizados no reposicionamento das classificações pelas três agências além do setor bancário, cuja as classificações tendem a ficar limitadas pelo rebaixamento do soberano com perspectiva negativa. Os segmentos de concessões rodovias e projetos de infraestrutura também estão entre aqueles que foram mais afetados pela perspectiva de queda mais prolongada do nível de atividade e incertezas macroeconômicas a médio prazo.
Mesmo com o efeito dominó sobre as classificações de grau de investimento internacional das empresas brasileiras e a piora de um a dois graus em alguns dos principais segmentos nos últimos doze meses, a consultoria constata que o balanceamento das classificações dos portfólios das agências foi "cirúrgico" nos últimos meses e o risco médio dos portfólios permaneceu concentrado em torno das categorias de rating BB e brAA, nas escalas internacional e nacional, respectivamente.
A economista Maria Rita Gonçalves alerta que um contingente maior de emissores brasileiros passou a contar com classificações com perspectiva negativa desde o ano passado devido a rápida deterioração no ambiente de negócios e, que por isso, não está descartado a possibilidade de um maior achatamento na distribuição dos ratings, até mesmo para a escala nacional, caso novos rebaixamentos do país se materializem a médio prazo.
A consultoria observa que o agravamento das condições fiscais e a situação de letargia da economia e do ambiente político do país continuam sendo os principais entraves para a atração dos títulos brasileiros a despeito do maior prêmio de risco que está sendo demandado das empresas e do país pelos bancos e mercado de capitais seja para transações em reais ou em moeda estrangeira. A menor atratividade também tende a se acentuar a curto prazo já que a maioria das empresas emergentes está pagando prêmios maiores desde 2015 e pelo fato que o fluxo de recursos para estes mercados tem sofrido ajustes.
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