(
DINO - 05 mai, 2017) - O Simples Nacional é um programa do Governo Federal, criado em 2006 pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. A boa notícia é que ele vem dando bons resultados. Segundo pesquisa divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no último dia 24 de abril, de cada dez empresas optantes do Simples, oito superam os primeiros dois anos de vida. Em contrapartida, de cada dez empreendimentos que não são optantes desse sistema, apenas quatro sobrevivem no mesmo período. Quem destaca a notícia e apresenta os dados é o
presidente das empresas Eucatex, o empresário e executivo Flavio Maluf.
Conforme o que aponta o levantamento, 83% dos pequenos negócios criados em 2012 e enquadrados no Simples Nacional sobreviveram aos primeiro biênio de vida ? isso significa mais que do que o dobro das empresas não optantes ? das empresas que estão no Lucro Presumido ou no Lucro Real, apenas 38% não fecham as portas nos primeiros dois anos, destaca
Flavio Maluf.
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, "essa é mais uma prova de que o Simples não pode ser visto como renúncia. Se ele não existisse, milhões de negócios não estariam abertos". Ainda segundo Afif Domingos, como esse sistema de tributação diferenciado reduz a carga de impostos e a burocracia, ele também permite que o empresário se preocupe mais com o seu negócio do que com as obrigações tributárias. "Isso melhora a
qualidade da gestão e aumenta a vida da empresa", avalia o presidente do Sebrae.
O executivo Flavio Maluf reporta que, de acordo com a pesquisa, o número de optantes do Simples, entre 2012 e 2016, cresceu 64% - ou seja, foi de 7,1 milhões para 11,6 milhões. Sendo que, foi o Microempreendedor Individual (MEI) o principal influenciador desse resultado ? o MEI cresceu 150% no mesmo período. Também foi constatado com o estudo do Sebrae que 67% das empresas não optantes pelo Simples Nacional, gostariam de aderí-lo.
"Além da redução na carga tributária, essa elevada adesão a esse sistema pode ser atribuída a benefícios como a possibilidade do empresário saber se está em dia e o quanto paga em impostos", explica Afif Domingos
Flavio Maluf ressalta que, a pesquisa também mostra que cerca de um terço das empresas optantes pelo Simples Nacional confirmaram que estão sendo prejudicadas pela
Substituição Tributária (ST). Dos empreendimentos participantes deste grupo, 72% afirmam ser alto ou muito alto o tamanho do prejuízo. A Substituição Tributária impactou negativamente 48% das empresas na produção, 56% das empresas no investimento, 68% das empresas no lucro e 39% das empresas no quadro de empregados, reproduz o presidente das empresas Eucatex, Flavio Maluf.
Novos limites do Simples
Atualmente, para ser incluída no programa uma microempresa tem que ter faturamento anual de até R$ 360 mil. No caso da empresa de pequeno porte, o limite é de R$ 3,6 milhões por ano. Contudo, em outubro de 2016, foi sancionado um projeto de Lei Complementar que eleva o limite para microempresa para R$ 900 mil e, para empresas de pequeno porte, R$ 4,8 milhões.
No caso de
Microempreendedor Individual (MEI), o projeto eleva o teto de faturamento anual dos atuais R$ 60 mil para R$ 81 mil. Os novos valores permitem que mais empresas se enquadrem no Simples ? eles entram em vigor a partir de janeiro de 2018.
Website:
https://flaviomalufoficial.com/