(DINO - 25 mar, 2015) - A sentença já foi dada por quem entende do assunto: Até o ano de 2025, dois terços da população mundial pode ser afetada pela escassez de água. Os hábitos têm de mudar rapidamente para conter o desperdício e para que a crise não chegue à mesa.
A água é o assunto da vez e todos os segmentos da economia se preparam para mudar o jeito de produzir, com menos gasto deste recurso natural. De toda a água retirada de rios e aquíferos para o uso humano, cerca de 16% é destinada à construção civil. O cenário de um canteiro de obra de alvenaria prevê água correndo por todos os lados, seja no concreto, argamassas, chapiscos, rebocos ou assentamento de tijolos (que são umedecidos) até a limpeza das ferramentas de trabalho. Fora o desperdício desta água, que chega a 30%, e dos demais materiais.
Por outro lado, é na hora da crise que surgem novas ideias e novas tecnologias. Na construção civil os olhos da indústria, das construtoras e do consumidor exigente estão voltados para sistemas construtivos a seco, sendo que o mais conhecido por aqui é o sistema Light Steel Framing, ainda novo no mercado brasileiro e bem utilizado em outros países, pela sua eficiência e sustentabilidade, uma vez que utiliza água somente na fundação e o restante da obra é feita a partir de produtos industrializados. "O sistema LSF possibilita uma execução rápida com mão de obra especializada, custo muitas vezes equivalente à alvenaria. São construções seguras, que fazem frente às intempéries da natureza, possuem manutenção fácil e durabilidade comprovada", afirma uma das pioneiras na construção em Ligth Steel Framing, a arquiteta Heloísa Pomaro. Outro entusiasta do sistema é Marcelo Micali, gerente nacional da empresa GYP Group, responsável pela construção do Pavilhão da Cidade Olímpica no Rio de Janeiro, Estádio do Maracanã, entre outras obras significativas, todas em Steel Framing. Micali lembra que no Brasil os primeiros montadores iniciaram em meados da década de 1990 e desde então o sistema vem abrindo espaço frente a forte cultura da construção "tradicional" baseada ainda em tijolos, argamassa com uma forte característica de desperdício de materiais e mão de obra pouco especializada. "Pouco a pouco esse conceito vem mudando a favor da construção racional e industrializada, que vem ganhando força pela rapidez de execução, qualidade e redução do desperdício, passando um conceito mais sustentável na utilização de materiais reciclados e recicláveis e com projetos pensados para a vida útil do empreendimento". Ele destaca ainda que outro ponto positivo do sistema Steel Framing é a migração da mão de obra do canteiro da obra para as indústrias, trabalhando com profissionais mais especializados e um melhor controle de qualidade envolvendo toda uma cadeia produtiva.
Congresso
Os entusiastas do setor estão se unindo e se preparam para um encontro que vai discutir o futuro do Steel Frame no Brasil. Nos dias 28 e 29 de Maio, no Hotel Renaissance, em São Paulo, as maiores autoridades neste sistema construtivo se reúnem para apresentar a evolução da indústria, novos paradigmas e trabalhos feitos em Steel Framing, que se destaca como uma eficiente opção para a construção civil na América Latina.
Entre os palestrantes estão Votorantim Metais, Eternit, Barbieri do Brasil, que vão mostrar o desempenho da indústria neste sistema construtivo. Outro tema importante será abordado por João Abukater, Diretor Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação, que falará sobre empreendimentos habitacionais. Já o financiamento de edificações em Light Steel Frame será tratado pela Caixa Econômica Federal. Arquitetos e engenheiros vão demonstrar suas experiências com o sistema construtivo no Brasil, Estados Unidos e América Latina.
Para Mauricio Cohab ? Diretor da Trisoft, fabricante de materiais de isolamento térmico e acústico para sistemas construtivos a seco, este congresso deve fortificar e unir o setor. "Creio que um encontro com todos os fabricantes de insumos para o sistema construtivo Steel Framing , mais os profissionais da arquitetura e engenharia e empresas da construção será um marco para a construção industrializada, que ainda carece de divulgação. Precisamos de mais ações conjuntas como esta para difundir o método construtivo a seco, porque o consumidor final sabe pouco sobre isso. Muita gente no Brasil desconhece a tecnologia de construção em Steel Framing e precisamos chegar a este público", afirma Cohab. Já o arquiteto, Gabriel Pontes, diretor de Marketing da Eternit, que apoia o Congresso, enfatiza que existe um extenso e promissor, mercado, carente de apoio no Brasil, e que o congresso vem acompanhado de um compromisso de conscientização de toda a cadeia produtiva para atuação de forma responsável para perpetuação do Steel Framing a logo prazo.
No 1º Congresso Latino Americano de Steel Framing serão abordadas ainda as normas e regulamentações do sistema no Brasil, a indústria e as perspectivas do mercado, a habitação de interesse social, os desafios para o desenvolvimento do sistema e a sustentabilidade. Para saber mais, basta entrar no site do evento,
www.congressosteelframe.com.br .
Website:
http://www.congressosteelframe.com.br