São Paulo, SP--(
DINO - 08 mai, 2018) - Assim como ocorre com outras tecnologias, nos acostumamos a realizar pagamentos com cartões, em diversas ocasiões. Os sistemas de pagamento eletrônico impulsionaram mudanças no cenário do consumo, alterando a forma como as empresas ganham dinheiro e como os consumidores gastam. Segundo uma pesquisa realizada conjuntamente pela NTT DATA, Ingenico ePayments, Oxford Economics e Charney Research, os consumidores estão mais propensos e voltados à adoção de mobile wallets, e isso pressiona as organizações que ainda não se moveram para oferecer novas opções de pagamento.
De acordo com um relatório de 2017 da Ipsos, 14% dos chineses vivem sem carteira física, e a tendência é que esse percentual aumente. Já na Europa, como anunciado por um estudo feito pela VISA, 86% das pessoas entre 18 e 34 anos são assíduas do dinheiro digital. Os países emergentes, em especial, estão adotando rapidamente as carteiras móveis, as quais tornam-se o método de pagamento mais usado pela maioria da população. Nesse contexto econômico, o Brasil pode ser citado com a justificativa das altas taxas de criminalidade, que geram insegurança e reduzem o uso do dinheiro vivo para as compras. Mesmo assim, os executivos brasileiros não estão livres de preocupações, receosos pela possibilidade de roubo de informações privadas de seus clientes por hackers.
Num quadro geral, pode-se entender que a possibilidade de um futuro sem papel moeda se liga ao boom de frequentes soluções tecnológicas e do setor fintech, de empresas que se utilizam da tecnologia para aprimorar suas atividades. Assim, as empresas que apresentam sucesso financeiro são pioneiras na oferta de pagamento eletrônico, já que estão cientes de que esse procedimento - a conclusão de uma transação - é a etapa menos satisfatória para os consumidores. Logo, com formas de pagamento mais práticas e invisíveis, as pessoas tendem a gastar mais e a se sentir mais satisfeitas quando consomem.
Espaços onde é possível comprar sem dinheiro, aplicativos disruptivos e as próprias criptomoedas são exemplos de criações que simplificam os procedimentos usuais e ultrapassam barreiras de consumo. Esse mercado tem como um dos principais alvos os millenials, público que utiliza seus dispositivos móveis como instrumento para controlar diversos aspectos de seu cotidiano. Assim, controlam suas finanças, compram online e fazem pagamentos cotidianos com ferramentas digitais.
Para o ex-CEO da HSM, Carlos Alberto Júlio, dado que o número de empresários no Brasil que não acordaram para a necessidade dessa transformação deve chegar a 90%, o País corre o risco de perder a chance de voltar ao grupo das principais economias globais. A transformação digital é presente e necessária, trazendo rapidez, segurança, comodidade e luta contra a fraude fiscal. Não enfrentar filas, caixas e pagamentos com dinheiro vivo são algumas das inúmeras vantagens das novas tecnologias que facilitam a vida dos usuários, mas são eles quem decidirão o fim do papel e do metal no consumo a partir de como sua relação com elas irá se consolidar.
Ivana Avellar
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