São Paulo, SP--(
DINO - 07 jun, 2017) - A depressão é conhecida hoje como o mal do século, um dos maiores problemas que assolam a humanidade. Não respeita idade ou classe social e atinge crianças, adolescentes, adultos na plenitude das capacidades e também os idosos. Muitas vezes é tratada como algo casual, como uma tristeza sem importância. Porém, pode causar estragos muitas vezes irreversíveis.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental americano, estima-se que 125 mil pessoas são hospitalizadas anualmente com depressão. A estatística também mostra que entre 50 e 70 mil pessoas cometem suicídio todos os anos por causa disso.
Não é fácil chegar ao diagnóstico e é importante diferenciar a tristeza patológica da transitória. A tristeza tem relação com um fato específico, é provocada por diversidades, que são propensas a qualquer pessoa e a cura é o tempo. A depressão é a perda do prazer em viver, muitas vezes sem relação com um fato triste, mas que pode se prolongar por muito tempo.
O teólogo, escritor e estudioso do comportamento humano Lamartine Posella explica que existem alguns sintomas que podem levar a esta enfermidade e revelam que o indivíduo está vivendo mais do que uma fase ruim.
- Se a pessoa está suspeitando de depressão, ela precisa fazer algumas perguntas que podem ajudar a perceber: você sente perda de motivação? Você tem se tornado amargo? Está com baixa autoestima? Está sofrendo de distúrbios do sono e do apetite? Você vê espinhos ao invés de rosas? Se você se encaixa nesses sintomas, então precisa lidar de maneira consciente com essa enfermidade tão perigosa e, principalmente, buscar ajuda de um profissional - enfatiza o escritor.
Ainda de acordo com Lamartine Posella, a ciência aponta que um dos principais fatores da depressão é o resultado da deficiência de alguns neurotransmissores, que são substâncias químicas produzidas pelos neurônios capazes de transmitir informações a outras células, como a serotonina e noradrenalina. Porém, mais do que o desbalanceamento dos neurotransmissores que promovem a comunicação dos neurônios, é um estado mental de sofrimento.
De forma simples, o cérebro funciona da seguinte maneira: nossos cinco sentidos permitem que aprendamos informações do mundo exterior. Tais informações provocam pensamentos que nos remetem a lembranças, e muitas delas causam emoções. Essas emoções provocam uma resposta fisiológica do cérebro. O hipotálamo, considerado o cérebro do sistema endócrino, comanda a produção de hormônios. Por exemplo, se temos medo, nosso sistema endócrino secreta adrenalina. Se nos apaixonamos, nosso cérebro produz dopamina e oxitocina. Tais hormônios são importantes na construção das memórias de longo prazo, e estes pensamentos são tramitados para o córtex neo-frontal, onde são compreendidos pela razão.
- A depressão, em função da diminuição dos neurotransmissores, faz com que o pensamento seja muito lento, o que explica o cansaço, a fadiga, a aparente preguiça, entre outros sintomas. Pensamentos tóxicos produzem hormônios que constroem verdadeiras fortalezas da alma. Tais fortalezas aprisionam o indivíduo em raciocínios dolorosos e inescapáveis - declara o teólogo.
Certamente você já ouviu falar de pessoas que tiveram seus lares destruídos, ou talvez tenham perdido empregos importantes por causa da incapacidade de lidar com a doença. Há aqueles para os quais a dor é tão grande que acabam tirando a própria vida. É muito triste saber que milhões de pessoas ficam imobilizadas por causa das frustrações e das consequências da depressão.
Apesar de exigir muitos cuidados, é um caminho com solução. Acima de tudo, o indivíduo precisa desejar sair do estado de depressão. É necessário compreender também que pode acometer qualquer pessoa, e um dos primeiros passos é procurar ajuda. Profissionais capacitados poderão ajudar a encontrar a verdadeira causa, e principalmente a cura.
Website:
http://www.lamartineposella.com.br