São Paulo, SP--(
DINO - 18 jun, 2015) - Nesta quinta feira, dezenas de lideranças de Taxistas de todo o Brasil reuniram-se para uma Audiência Pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, para protestarem contra o transporte clandestino ou pirata promovido por meio de aplicativos, principalmente como o da empresa internacional Uber.
Edmilson (Americano) presidente da Abracomtaxi, uma das lideranças do setor, defendeu perante os Deputados e plateia composta, principalmente de taxistas, que se for aceita a argumentação da Uber de que é um transporte regularizado, seria o mesmo que dizer que qualquer um pode pegar um carro particular e sair pegando passageiro.
Esta é a principal reclamação dos taxistas em todo o Brasil. Transporte individual de passageiros no Brasil tem que, obrigatoriamente, ser realizado por carros com placa vermelha e ter uma licença apropriada (alvará). Além disto, em cidades com mais de 50 mil habitantes, o carro deve ser provido de taxímetro e o motorista é obrigado a ter um curso de condução, exigido pelas normas de cada município.
Ricardo Auriemma, presidente da Sinetax e da Adetax - respectivamente Sindicato e Associação das Empresas de Taxis do Estado de São Paulo, argumenta que o aplicativo Uber embora tenha uma tecnologia inovadora, não trabalha com táxis e sim com carros de pessoas físicas ou locados. Diferente dos demais aplicativos existentes, tão modernos quanto o aplicativo Uber, mas que promovem o transporte por taxis e de acordo com legislação brasileira.
Mundialmente o aplicativo Uber está tendo muita dificuldade de se estabelecer e se firmar de acordo com a pretensão de seus executivos. Em diversos países da Europa o Uber já está proibido de operar, a não ser que seja com os táxis legalizados. "Taxi é sinônimo de transporte individual de passageiros há mais de 100 anos". Tem que ter licença, seguir normas da legislação local e ter taxímetro. Tudo com o objetivo de dar segurança às populações locais e turistas. E, principalmente, é importante para que haja organização do setor. "Caso contrário, se carros particulares fossem liberados, teremos um verdadeiro caos no transporte", completa Ricardo Auriemma, presidente do Sinetaxi/Adetax - Sindicato das Empresas de Taxis do Estado de São Paulo.
Motoristas presentes na plateia manifestaram seu desagrado contra a Uber quando o representante da empresa comentou que apesar da empresa representar o empreendedorismo, quem definem as regras de atuação é as lideranças da empresa sediada nos Estados Unidos, para onde é remetido o lucro da operação.
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