Na busca de tratamento para combater a epidemia das drogas, familiares recorrem a internação compulsória em clínicas de recuperação em todo Brasil

Tratar a dependência química não é apenas curar os efeitos que as drogas causam no indivíduo, é reorganizar o indivíduo por completo.

Cada vez mais, governos e sociedades em todo o mundo concluem que a prioridade é desintoxicar, tratar e auxiliar os dependentes químicos a voltarem ao convívio social.

Entretanto, além das dificuldades de recuperação dos dependentes químicos, especialmente aqueles viciados em crack, o Brasil convive hoje com uma rede de tratamento para dependentes químicos pequena e precária e com profissionais pouco qualificados.

A complexidade do tratamento da dependência, doença crônica e grave, foi resumida no depoimento de Célio Luiz Barbosa, coordenador-geral dos Centros de Atendimento às Famílias da Fazenda da Paz na subcomissão do Senado.

O problema é agravado pela efetividade limitada das abordagens de tratamento para dependentes químicos, especialmente de cocaína e crack, discutidas pela comunidade científica e pela sociedade. “No caso das drogas, o primeiro mal que devemos evitar é proclamar que temos alguma arma melhor do que as outras, vender ilusões. Há décadas, se estudam e se buscam tratamentos eficazes. E, hoje, a eficácia de inúmeras abordagens é muito questionável”, afirma Roberto Kinoshita, coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde.

Como o vício atinge todos os aspectos da saúde e da vida do dependente, a psiquiatra Alessandra Diehl e seus colegas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) enfatizam que “o paciente apresentará necessidades múltiplas e o tratamento deve ser preparado para oferecer um amplo conjunto de intervenções personalizadas”.

Tratamento para dependentes químicos indisponível

Às dificuldades do tratamento para dependentes químicos em si, intensificadas muitas vezes pela falta de apoio de famílias desarticuladas, soma-se um sistema público de saúde particularmente desaparelhado para tratar a dependência química e as doenças mentais.

Parte da explicação se deve ao país estar atravessando uma fase de transição para um novo modelo de tratamento, inaugurado com a reforma psiquiátrica de 2001).

Os médicos, no entanto, acusam a desarticulação do modelo anterior, sem que nada seja oferecido em seu lugar. De acordo com parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil oferece 0,34% dos leitos que seriam necessários para sua população.

Outro problema detectado é a falta de preparo dos médicos para lidar com o dependente químico.

Para suprir essa carência, as comunidades terapêuticas, instituições privadas disseminadas por todo o mundo que oferecem especialmente tratamento para dependentes químicos, estão abrigando a maior parte dos pacientes em tratamento.

As clínicas de reabilitação são muito importante para o paciente que está tentando se recuperar, pois conseguem mostrar para o paciente que mesmo que seja um momento muito difícil, depois de passar pela abstinência, os resultados serão muito mais positivos e que durarão no futuro a frente.

Desintoxicação de drogas e alcoolismo

As clínicas de desintoxicação são responsáveis por tratar os dependentes químicos para melhorar a sua saúde e o seu meio social. O tratamento visa controlar as crises de abstinência que a falta de drogas no organismo vai causar. Esse é um momento que costuma ser bem difícil, pois a confiança e a autoestima do paciente já estão abaladas.

Os primeiros meses de tratamento são dedicados a limpar o organismo de maneira bem intensiva. Para que esse desconforto da abstinência não seja tão ruim, muitas vezes é oferecido alguma atividade física durante esse acompanhamento médico. Isso ajuda o paciente a se ocupar realizando algo produtivo.

Fora de uma clínica de reabilitação e sem a ajuda de um profissional especializado dificilmente o dependente consegue manter essa rotina de desintoxicação.

A abstinência faz com que o corpo tenha muitas reações, pois a ausência da droga faz com que o cérebro entre em rebote e produza sensações de adrenalina. Os sintomas podem variar de cada pessoa e também do tipo de substância utilizada. Os sintomas podem ser sentir no físico, mas também no emocional.

Para minimizar os sintomas da abstinência alguns cuidados no processo de desintoxicação são tomados, sendo necessário ter muita paciência e persistência. Por isso, durante esse processo é bem importante que o paciente tenha uma alimentação saudável, pois alimentos ricos em nutrientes fazem com que o corpo possa reagir mais rápido e se recuperar melhor.

Os exercícios físicos também são importantes para minimizar os sintomas, pois o corpo libera hormônios que trazem a sensação de prazer.

Alguns cuidados podem ser seguidos, onde alguns tratamentos fazem com que o paciente tenha que mudar o seu estilo de vida, não podendo mais manter os relacionamentos com aqueles que o acompanhavam no consumo de substâncias lícitas ou ilícitas.

É importante evitar os ambientes que possam causar recaídas ou fissuras, por isso as clínicas são as melhores opções de tratamento.

Quando se começa algum tratamento, o paciente vai passar por diversos exames, análises e consultas com profissionais especialistas para saber qual é o nível de intoxicação em que ele está. Assim é possível indicar o melhor tratamento para cada tipo de caso. Alguns tratamentos são mais comuns.

Psicoterapia para dependentes químicos

A Psicoterapia geralmente funciona através de uma atenção mais voltada para o psicológico durante o tratamento. Essa é uma prática que busca ajudar o dependente a reconhecer e a lidar com os seus próprios sofrimentos emocionais.

Evoluindo gradualmente, o paciente consegue trazer os seus próprios mecanismos de defesa para combater os conflitos psíquicos e assim compreende que o uso de drogas é um grande atraso para a sua vida, prejudicando o seu corpo e a sua saúde.

Terapias grupais

Além disso, pode ser ofertado terapias em grupo, sendo uma estratégia bastante eficiente para o tratamento de dependentes químicos. Esta é uma prática que faz com que os pacientes possam desenvolver os seus relacionamentos interpessoais.

Boa parte dos dependentes químicos acaba tendo um relacionamento prejudicado com os seus familiares e amigos por conta das drogas, assim é possível resolver esses problemas e evitar a depressão.

Internação em Clínica de Recuperação

Depois de internado, é preciso estar constantemente trabalhando com o paciente para que não haja recaídas. O Grupo de Recuperação tem explorado diversas opções de tratamento para reabilitação, adaptando os tratamentos para cada caso.

É preciso também entender que é muito importante para o tratamento o apoio da família, de amigos e de bons profissionais que possam conduzir o tratamento.

Optar por uma boa clínica é importante para garantir que o tratamento seja realizado e conduza a bons resultados. A família precisa estar ciente de que existem opções boas e que conseguem conduzir um tratamento, seja ele por internação voluntária, internação involuntária ou internação compulsória.

Medicamentos

Existem diversos medicamentos que são utilizados para o tratamento de desintoxicação, seja para drogas ou para álcool. É bem importante que esses medicamentos só sejam usados quando prescritos por um profissional da clínica responsável, jamais podendo ser realizada a automedicação.

Alguns medicamentos podem ser indicados para aliviar os sintomas da abstinência, alguns podem trazer maiores sensações de prazer e recompensa. Os medicamentos indicados podem varia de acordo com a substância que causa dependência no paciente, por isso, sempre devem ser receitadas por um profissional com o devido acompanhamento.

O uso de medicamentos para o tratamento de dependência química e alcoolismo é apenas indicado por médicos. A melhor forma de realizar um tratamento adequado é procurando a ajuda de um profissional especializado e sem utilizar qualquer tipo de medicação sem acompanhamento de um profissional da área da saúde e com uma receita médica.

Esses medicamentos costumam ter efeitos colaterais que precisam ser acompanhados por um profissional adequado ao caso.

Brasil- Fixo:(11) 4249-2545

WhatsApp Nacional: (11) 94797-6909

O que os médicos recomendam é que o famliar ou o próprio paciente busque ajuda de um profissional que hoje atende em tempo interino hoje em dia por várias ferramentas que são de acesso comum as pessoas como o  WhatsApp e via formulário de contato e tenha uma melhor qualidade de vida.

O tratamento da dependência química precisa ser uma decisão tomada com cuidado e planejamento para que as chances de sucesso e eficácia do tratamento sejam consideráveis. Para isso, conhecer os principais métodos é fundamental para garantir a plena recuperação do dependente químico. 

O problema, nesse caso, é a falta de regulamentação dessa atividade e, também, de apoio público às entidades que realizam um trabalho em acordo com as mínimas diretrizes e padrões legais.

O governo do Estado está ampliando a oferta de leitos públicos para internação, seja voluntária ou compulsória?

Sim. Atualmente a Secretaria de Estadual de Saúde mantém 691 leitos públicos para dependentes químicos, dos quais 209 foram implantados na atual gestão (aumento de 43%). Outros 488 novos leitos estão em processo de implantação e devem estar disponíveis até o final de 2014, quando o Estado contará com 1.179 leitos. O Governo de São Paulo foi o primeiro do Brasil a criar clínicas com leitos públicos para internação de dependentes, processo que começou em 2010. Todos estes leitos são financiados com recursos exclusivos do governo do Estado, sem a participação do governo federal.

Fonte:Do Portal do Governo do Estado e da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania