Recife, Pernambuco--(
DINO - 20 jul, 2018) - Fim de Copa do Mundo, hora de avaliar o que aconteceu na principal competição de futebol. O que os 64 jogos mostraram até que a França ganhasse da surpreendente Croácia e ficasse com o bicampeonato? Para o preparador físico Flávio Trevisan, a Rússia sediou o Mundial da "intensidade". Quem chegou com o elenco inteiro, se destacou.
- Vi muitos jogos e observei seleções jogando com linha de 3, com linha de 4, mas, quando tinham a bola pra jogar, essas linhas se modificavam. Quando se defendiam, se tornavam linha de 5, com muitas variantes. Para se fazer isso, há a necessidade de estar bem treinado em todos os aspectos.
Para o profissional com mais de 30 anos de profissão e atualmente no Santa Cruz, a seleção croata foi o melhor exemplo. Ela chegou à decisão, no domingo, com três prorrogações nas costas, nada menos do que 90 minutos disputados a mais do que a França. Havia percorrido 723,95 quilômetros, contra 607,5 dos franceses, uma diferença de 116,45 quilômetros. Terminou tendo os três jogadores que mais correram na competição: Perisic e Rakitic, com 72,5 km cada e Modric, 72,3 km.
- Veja que os números foram expostos de quantos quilômetros os jogadores e as seleções correram em todas as partidas. Isso mostra a importância da preparação física junto com os outros ingredientes, claro. O futebol é um esporte coletivo e assim como outros, o físico é um item importante, bem como a técnica, o tático, o psicológico e também a união da equipe. Todos esses ingredientes são preponderantes para um alto nível de performance, tem que andar juntos, nunca podem se divorciar em momento algum mesmo quando se sofre um revés.
A França ainda teve a seu lado a baixa média de idade. Foi o segundo elenco mais jovem da Copa, com 26 anos de média, contra 27,9 da Croácia. Sem falar que apenas três titulares bicampeões estavam acima dos 30 anos. Outros quatro nem chegaram aos 25 e sua estrelaprincipal, Mbappé, tem apenas 19.
- Com certeza, as duas seleções que mais correram ou tiveram mais ações em alta velocidade, foram as que chegaram mais longe. O Mundial desse ano mostrou que a posse de bola ficou em segundo plano. Veja, Croácia , Inglaterra, a própria Bélgica, França e Rússia jogaram numa intensidade absurda. A final foi muito intensa, os jogadores tinham muito volume para atacar e, ainda, voltar para defender.
Diante de tantas novidades, que ano após ano, o preparo físico apresenta, Flávio Trevisan não deixa de se atualizar. Não à toa, se formou em mentorship do Sistema Exos, no ano passado. Um conjunto de métodos criado nos Estados Unidos em 1999 e usado por várias franquias esportivas por lá, se espalhando por seleções como a Alemã. No Brasil, Atlético Paranaense e Flamengo já o adotaram, além do próprio Santa Cruz.
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