Especialista em Orçamento Público, Antonio Tuccilio, explica que ajuste fiscal é jogo de cena
São Paulo, SP--(DINO - 08 jun, 2015) - Em análise das medidas sobre o reajuste fiscal, recentemente anunciadas, o presidente da CNSP, Antonio Tuccilio, explicou: " Na verdade, o Governo Federal quer dar a entender para a população que vai efetuar corte de 70 bilhões para mostrar que o ajuste fiscal é necessário.
Quero lembrar que esse corte é ilusório, pois a qualquer momento é possível dar flexibilidade durante a Execução Orçamentária e liberar esses recursos, como também pode deixar de pagar outros não necessários, já que o contingenciamento só depende do Executivo", disse.
Ainda completou, com outros questionamentos:
" A propósito, os chamados cortes atingiram também o Ministério da Saúde com 11,7 bilhões e o Ministério da Educação em 9,4 bilhões. Mas essas áreas não são prioritárias?".
Com relação ao PIB, criticou os recursos destinados para Saúde e Educação: " A Saúde no Brasil, em comparação à utilização do PIB, tem a metade do que é gasto com a média mundial e o problema se agrava cada vez mais. O País não é chamado de Pátria Educadora? Na Universidade Federal do Rio de Janeiro alguns campus fecharam por falta de segurança e higiene. Alunos e professores deixaram as salas de aula para ajudar na limpeza dos banheiros (vexame total).
E faltam recursos para o FIES, Pronatec e ainda os cortes. Como ficamos?", indaga o presidente da CNSP.
Sobre os cortes no Orçamento, ainda completou em sua análise: "Os investimentos são cortados e o grande problema nosso é infraestrutura. Como vamos melhorar a Economia?
E esses investimentos cortados significam R$ 25,7 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 21,4 bilhões nas emendas parlamentares. Afinal, como fica a PEC 86 que torna Impositiva a Execução das Emendas individuais dos parlamentares ao Orçamento da União? Se é obrigatório o pagamento das mesmas, como colocá-las nos cortes divulgados? Será que é só jogo de cena? Será que é para aprovar o Ajuste Fiscal e outros projetos de interesse do Planalto? Esses cortes vingarão? Não acredito. É preciso maior seriedade, honestidade e ética no trato dos recursos públicos", criticou Tuccilio.
Já a respeito dos aspectos dos gastos com despesas da Administração Pública, o presidente da CNSP, lembra que: "Não vislumbramos nos gastos diretos dos Ministérios e das despesas de custeio gerais (viagens, hospedagens, publicidade, patrocínios etc e etc) o denominado 'corte na carne'. O número exagerado de cargos comissionados, por que não são cortados? Aliás, não enxergamos nenhum corte.
Existe uma verdadeira mágica orçamentária, pois se compararmos as despesas de 2015 com 2014 verificamos aumento de 18,9% do PIB (já com o corte anunciado de 70 bilhões) enquanto as receitas comparando o mesmo período crescem 23,5% do PIB. Onde está o corte? O corte é simplesmente político".
Para concluir sua avaliação do ajuste fiscal, Antonio Tuccilio, finaliza: "Lamentável, mas faço minha a frase do economista Alexandre Schwartsman: 'Ao Observarmos por entre os jogos de Luz e Sombra do Ajuste Fiscal, descobrimos que os otários somos nós'. Esperamos muito mais mudança no futuro, mas não como encenação. E a encenação foi completada com a famigerada reforma política que regendo a vontade dos parlamentares praticamente nada mudou com a agravante verificada na manobra autorizando financiamento para os partidos por conta das empresas nas campanhas, que permitem ainda menor transparência e vão dar continuidade à corrupção. Como já foi dito 'não tem almoço grátis', conclui.
Confira alguns vídeos que explicam mais sobre o tema:
PEC 86 - https://youtu.be/R3qVwqw7jmg
Jogo de Cena 1 - https://youtu.be/dE9_COSCfpQ
Jogo de Cena 1- https://youtu.be/ohMghpv1xkg
Website: http://www.cnsp.org.br/website/Fala_Presidente.aspx?c=5465
Quero lembrar que esse corte é ilusório, pois a qualquer momento é possível dar flexibilidade durante a Execução Orçamentária e liberar esses recursos, como também pode deixar de pagar outros não necessários, já que o contingenciamento só depende do Executivo", disse.
Ainda completou, com outros questionamentos:
" A propósito, os chamados cortes atingiram também o Ministério da Saúde com 11,7 bilhões e o Ministério da Educação em 9,4 bilhões. Mas essas áreas não são prioritárias?".
Com relação ao PIB, criticou os recursos destinados para Saúde e Educação: " A Saúde no Brasil, em comparação à utilização do PIB, tem a metade do que é gasto com a média mundial e o problema se agrava cada vez mais. O País não é chamado de Pátria Educadora? Na Universidade Federal do Rio de Janeiro alguns campus fecharam por falta de segurança e higiene. Alunos e professores deixaram as salas de aula para ajudar na limpeza dos banheiros (vexame total).
E faltam recursos para o FIES, Pronatec e ainda os cortes. Como ficamos?", indaga o presidente da CNSP.
Sobre os cortes no Orçamento, ainda completou em sua análise: "Os investimentos são cortados e o grande problema nosso é infraestrutura. Como vamos melhorar a Economia?
E esses investimentos cortados significam R$ 25,7 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 21,4 bilhões nas emendas parlamentares. Afinal, como fica a PEC 86 que torna Impositiva a Execução das Emendas individuais dos parlamentares ao Orçamento da União? Se é obrigatório o pagamento das mesmas, como colocá-las nos cortes divulgados? Será que é só jogo de cena? Será que é para aprovar o Ajuste Fiscal e outros projetos de interesse do Planalto? Esses cortes vingarão? Não acredito. É preciso maior seriedade, honestidade e ética no trato dos recursos públicos", criticou Tuccilio.
Já a respeito dos aspectos dos gastos com despesas da Administração Pública, o presidente da CNSP, lembra que: "Não vislumbramos nos gastos diretos dos Ministérios e das despesas de custeio gerais (viagens, hospedagens, publicidade, patrocínios etc e etc) o denominado 'corte na carne'. O número exagerado de cargos comissionados, por que não são cortados? Aliás, não enxergamos nenhum corte.
Existe uma verdadeira mágica orçamentária, pois se compararmos as despesas de 2015 com 2014 verificamos aumento de 18,9% do PIB (já com o corte anunciado de 70 bilhões) enquanto as receitas comparando o mesmo período crescem 23,5% do PIB. Onde está o corte? O corte é simplesmente político".
Para concluir sua avaliação do ajuste fiscal, Antonio Tuccilio, finaliza: "Lamentável, mas faço minha a frase do economista Alexandre Schwartsman: 'Ao Observarmos por entre os jogos de Luz e Sombra do Ajuste Fiscal, descobrimos que os otários somos nós'. Esperamos muito mais mudança no futuro, mas não como encenação. E a encenação foi completada com a famigerada reforma política que regendo a vontade dos parlamentares praticamente nada mudou com a agravante verificada na manobra autorizando financiamento para os partidos por conta das empresas nas campanhas, que permitem ainda menor transparência e vão dar continuidade à corrupção. Como já foi dito 'não tem almoço grátis', conclui.
Confira alguns vídeos que explicam mais sobre o tema:
PEC 86 - https://youtu.be/R3qVwqw7jmg
Jogo de Cena 1 - https://youtu.be/dE9_COSCfpQ
Jogo de Cena 1- https://youtu.be/ohMghpv1xkg
Website: http://www.cnsp.org.br/website/Fala_Presidente.aspx?c=5465