Releases 16/02/2018 - 10:55

Rodrigo Terpins destaca a relação das tecnologias com o varejo


(DINO - 16 fev, 2018) - "O principal impacto do uso de tecnologia no varejo está relacionado à melhoria da experiência do consumidor. Utilizando as redes sociais incorporadas ao processo de compra, o consumidor pode ter, em tempo real, a opinião de amigos e pares sobre o produto que eles estão adquirindo" - esta é uma afirmação do professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP) - mantida pela Fundação Getúlio Vargas - Henrique de Campos Junior, em seu artigo "O novo papel da tecnologia aplicada ao varejo", reporta o empresário do ramo varejista, Rodrigo Terpins.

Trata-se de um processo em que as tecnologias oferecem às empresas a capacidade de melhorar a experiência do seu consumidor, contudo, há um desafio - acompanhar as transformações de mercado e aperfeiçoar esses processos tecnológicos de forma contínua para que sejam eficazes. "Estas tecnologias, por vezes muito disruptivas, geram no empresário varejista dúvidas sobre a validade de sua aplicação, principalmente em um ambiente de negócios turbulento como o brasileiro", enfatiza Campos Junior.

Nesse sentido, salienta Rodrigo Terpins, o professor da FGV-EAESP destacou alguns pontos referentes aos impactos e benefícios da tecnologia no setor varejista. Confira.

Quanto à experiência do consumidor

Além de, através das redes sociais, o consumidor contar com a opinião de amigos e pares sobre o produto que está sendo adquirido por ele, esse consumidor também consulta os reviews ou likes dos produtos durante a sua jornada de compra - entretanto, isto, segundo Henrique de Campos Junior, pode ser incorporado à experiência varejista.

Rodrigo Terpins ressalta que o exemplo trazido pelo professor dessa interação entre a tecnologia e o processo de compra é campanha C&A Fashion Like de 2012 - onde a marca colocou o número de likes que a peça obteve no cabide no qual ela estava exposta na loja. "Esse mesmo princípio pode ser utilizado na compra de alimentos e cosméticos, por exemplo, para identificar pessoas com o mesmo perfil ou gostos que também apreciaram o mesmo produto", enfatiza Campos Junior.

Quanto à experiência do vendedor

Já quando à experiência do vendedor, o professor da FGV-EAESP afirma que esta ganha em termos de aumento de sua capacidade de acessar informações e ampliar seu conhecimento, reporta Rodrigo Terpins.

"O vendedor tem acesso a inúmeras bases de dados da empresa com: (a) histórico do cliente; (b) características técnicas do produto; (c) informações disponíveis da concorrência; (d) acesso a redes sociais e opiniões de amigos e pares do consumidor atendido sobre o produto. O vendedor, com poder ampliado pela tecnologia, não perde sua característica humana. Ao contrário torna-se 'Consumer Experience Manager'", explica Henrique de Campos Junior.

Quanto à prateleira infinita

De acordo com o professor Campos Junior - ainda que seja mais fácil no e-commerce - a oferta de uma gama enorme de produtos também pode ser feita no ambiente físico. Isso por meio de três tecnologias, reproduz Rodrigo Terpins - as telas táteis interativas; a realidade aumentada; e a realidade virtual.

"As telas táteis interativas estão presentes em diversos ambientes, mas são emblemáticas nos provadores digitais da Ralph Lauren, permitindo ao consumidor consultar diferentes modelos e cores associadas aos produtos que estão sendo provados", destaca Henrique de Campos Junior. Ele ainda acrescenta que essa mesma tecnologia também é representativa no setor de geladeiras da empresa Lowe's. "Ao optar por lojas mais compactas nos ambientes urbanos, [a Lowe's] não pode contar com todos os modelos de geladeira em exposição na loja e, portanto, optou por modelos digitalizados em tamanho real dos produtos", ilustra e finaliza o membro da FGV-EAESP.

Website: http://www.terpins.com.br