Veja uma avaliação da primeira semana do Mercado Financeiro após o afastamento de Dilma
Belo Horizonte, MG--(DINO - 31 mai, 2016) - Diversos acontecimentos marcaram o cenário político e econômico brasileiro em maio, movimentando o mercado e consolidando diversas expectativas dos investidores. Pensando em facilitar sua vida, preparamos uma análise dos principais acontecimentos que refletiram na Bolsa de Valores de São Paulo .
O fato crucial desse mês foi a consolidação do afastamento da presidente Dilma Rousseff, no dia 12. Apesar das primeiras respostas positivas acerca da nova gestão, principalmente após o anúncio dos nomes que compõe a equipe econômica, o dólar voltou a subir e o mercado recuou.
O segundo aspecto mais relevante para os investidores foi justamente o time econômico anunciado por Michel Temer no seu primeiro dia como presidente interino. A equipe, considerada como "dos sonhos" por jornalistas e investidores de mercado, é formada por nomes como o de Henrique Meirelles para Ministro da Fazenda e o economista Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central.
Essa movimentação do mercado já era esperada pelos investidores, uma vez que o afastamento da presidente Dilma vinha sendo precificado pelo mercado desde o final do ano passado. Além disso, as medidas que oferecem possibilidades reais de aquecer a economia levam mais tempo para ser implementadas e para gerar os resultados esperados.
Lava Jato e Petrobras
A maior estatal brasileira está no foco das atenções desde o ano passado, após a série de denúncias ligadas ao alto escalão da estatal e ao governo federal na operação Lava Jato. De acordo com o relatório trimestral da empresa Economática, a Petrobras apresentou o maior recuo no Lucro Líquido dentre as empresas de capital aberto. Se compararmos aos resultados do mesmo período no ano passado os resultados chegam a R$ -6,57 bilhões.
Na Bolsa de Valores, as ações da Petrobras (PETR4 ) apresentaram grande volatilidade, saindo de R$9,55 por ação na segunda-feira (16), alcançando R$8,68 na quinta-feira (19) e fechando a semana com os papéis cotados a R$9,00. Apenas na sexta-feira mais de 52 mil ações da petroleira foram negociadas, demonstrando um bom volume financeiro.
Esse é um momento de expectativa para os investidores, tanto com relação à Petrobras quanto a outros ativos da Bolsa de Valores, uma vez que o governo interino está tomando decisões que influenciam tanto nas empresas estatais como nos principais segmentos da economia.
Vale e mineração
O valor de mercado da Vale (VALE5 ) passou de R$ 107 bilhões no final de 2014 para R$ 61,6 bilhões no final do último pregão de 2015, uma queda de mais de 40%. O setor amarga as consequências do desastre de Mariana, que refletiu - entre outras coisas - no atraso da aprovação do Código de Mineração.
Apesar dos percalços, de acordo com a empresa Economatica, a mineradora teve um lucro de R$ 6,31 bilhões no primeiro trimestre de 2016. No mesmo período de 2015 a Vale registrou um prejuízo R$ -9,53 bilhões. Seu valor de mercado está contabilizado atualmente em mais de R$58.9 milhões.
Outra gigante da área de mineração, a Gerdau (GGBR4 ), também viu suas ações sofrerem baixas graças ao indiciamento de seu CEO, André Gerdau, por suspeita de sonegações de impostos e envolvimento em esquemas de corrupção.
Eletrobrás e Energia
A Eletrobras (ELET6 ) sofreu um grande baque no mesmo período. O problema veio de fora do Brasil, quando a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) anunciou que não listaria mais as ações da estatal de energia graças ao atraso na entrega do relatório 2014. O problema, segundo a empresa de auditoria KPMG, foi a falta de mensuração da perda do ano no documento.
Já com relação ao setor, a Economatica apresentou um compilado que demonstra, entre outras informações, que as vendas totais na área de energia cresceram de R$ 166,5 bilhões em 2014 contra R$ 186,3 bilhões contabilizados em 2015.
Olho vivo!
Para definir como investir dinheiro e minimizar os riscos das aplicações é fundamental estar atento às movimentações das principais ações Bolsa de Valores. Mais importante que acompanhar as notícia é entender como os investidores estão interpretando a grande quantidade de novidades para sair na frente!
Website: http://www.tororadar.com.br
O fato crucial desse mês foi a consolidação do afastamento da presidente Dilma Rousseff, no dia 12. Apesar das primeiras respostas positivas acerca da nova gestão, principalmente após o anúncio dos nomes que compõe a equipe econômica, o dólar voltou a subir e o mercado recuou.
O segundo aspecto mais relevante para os investidores foi justamente o time econômico anunciado por Michel Temer no seu primeiro dia como presidente interino. A equipe, considerada como "dos sonhos" por jornalistas e investidores de mercado, é formada por nomes como o de Henrique Meirelles para Ministro da Fazenda e o economista Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central.
Essa movimentação do mercado já era esperada pelos investidores, uma vez que o afastamento da presidente Dilma vinha sendo precificado pelo mercado desde o final do ano passado. Além disso, as medidas que oferecem possibilidades reais de aquecer a economia levam mais tempo para ser implementadas e para gerar os resultados esperados.
Lava Jato e Petrobras
A maior estatal brasileira está no foco das atenções desde o ano passado, após a série de denúncias ligadas ao alto escalão da estatal e ao governo federal na operação Lava Jato. De acordo com o relatório trimestral da empresa Economática, a Petrobras apresentou o maior recuo no Lucro Líquido dentre as empresas de capital aberto. Se compararmos aos resultados do mesmo período no ano passado os resultados chegam a R$ -6,57 bilhões.
Na Bolsa de Valores, as ações da Petrobras (PETR4 ) apresentaram grande volatilidade, saindo de R$9,55 por ação na segunda-feira (16), alcançando R$8,68 na quinta-feira (19) e fechando a semana com os papéis cotados a R$9,00. Apenas na sexta-feira mais de 52 mil ações da petroleira foram negociadas, demonstrando um bom volume financeiro.
Esse é um momento de expectativa para os investidores, tanto com relação à Petrobras quanto a outros ativos da Bolsa de Valores, uma vez que o governo interino está tomando decisões que influenciam tanto nas empresas estatais como nos principais segmentos da economia.
Vale e mineração
O valor de mercado da Vale (VALE5 ) passou de R$ 107 bilhões no final de 2014 para R$ 61,6 bilhões no final do último pregão de 2015, uma queda de mais de 40%. O setor amarga as consequências do desastre de Mariana, que refletiu - entre outras coisas - no atraso da aprovação do Código de Mineração.
Apesar dos percalços, de acordo com a empresa Economatica, a mineradora teve um lucro de R$ 6,31 bilhões no primeiro trimestre de 2016. No mesmo período de 2015 a Vale registrou um prejuízo R$ -9,53 bilhões. Seu valor de mercado está contabilizado atualmente em mais de R$58.9 milhões.
Outra gigante da área de mineração, a Gerdau (GGBR4 ), também viu suas ações sofrerem baixas graças ao indiciamento de seu CEO, André Gerdau, por suspeita de sonegações de impostos e envolvimento em esquemas de corrupção.
Eletrobrás e Energia
A Eletrobras (ELET6 ) sofreu um grande baque no mesmo período. O problema veio de fora do Brasil, quando a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) anunciou que não listaria mais as ações da estatal de energia graças ao atraso na entrega do relatório 2014. O problema, segundo a empresa de auditoria KPMG, foi a falta de mensuração da perda do ano no documento.
Já com relação ao setor, a Economatica apresentou um compilado que demonstra, entre outras informações, que as vendas totais na área de energia cresceram de R$ 166,5 bilhões em 2014 contra R$ 186,3 bilhões contabilizados em 2015.
Olho vivo!
Para definir como investir dinheiro e minimizar os riscos das aplicações é fundamental estar atento às movimentações das principais ações Bolsa de Valores. Mais importante que acompanhar as notícia é entender como os investidores estão interpretando a grande quantidade de novidades para sair na frente!
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