Releases 27/04/2018 - 18:15

Desestatização dos aeroportos é tema de painel sobre Ground Handling durante Airport Infra Expo, ontem em Brasília


São Paulo/SP--(DINO - 27 abr, 2018) - Na quinta-feira passada (26.04), aconteceu em Brasília, o Airport Infra Expo, evento que teve como objetivo fazer um retrato do desenvolvimento sustentável do setor aeroportuário brasileiro. Com ênfase no cenário atual e futuro. Um dos destaques do evento foi o painel "Ground Service Provider made in Brazil", que contou com a participação de Rafael Scherre, da Superintendente de Regulação Econômica de Aeroportos da ANAC, e Ricardo Miguel, presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo).Antes disso, a solenidade de abertura do seminário teve a participação do Secretário de Aviação Civil, Dario Lopes, do Diretor do DECEA, Maj-Brig-do-Ar Leônidas de Araújo Medeiros Jr, do presidente da Abear, Eduardo Sanovics, de Tiago Pereira, Superintendente da ANAC, do presidente da Abesata, entre outros.O Secretário Dario Lopes deu ênfase às novas rodadas de concessão de aeroportos e à responsabilidade com a transição do processo para a equipe do Governo a ser empossada em 2019. O Major Brigadeiro Leônidas recordou a atual presença do Comando da Aeronáutica na rotina da aviação civil. O presidente da Abear trouxe a preocupação com o retrocesso caso o país volte a aplicar a regulação tarifária no transporte aéreo. Ricardo Miguel, presidente da Abesata, por sua vez apresentou em primeira mão o vídeo institucional do segmento e destacou a presença do Ground Handling como uma das forças da indústria da aviação e motor de uma economia saudável. Ele destacou ainda o ground handling como uma atividade intensiva de mão de obra, 38 mil trabalhadores em todo Brasil e a importância de um sistema colaborativo entre os atores do transporte aéreo - companhias aéreas, aeroportos, empresas auxiliares e Poder Público."A desestatização dos aeroportos brasileiros é um caminho sem volta. É o caminho para a solução dos problemas. Mas é apenas o caminho. E não a solução", disse Ricardo Miguel na abertura do evento. Para ele, é preciso entender a aviação brasileira e criar um modelo próprio para o país, não apenas importar modelos de outros países e deixar diversos redutos país afora. Isso não funcionaria, na visão do executivo, assim como não vai dar certo se não houver um Estado capaz de mediar os conflitos e estabelecer um papel de fiscalizador de todo o processo.Em todo Brasil, existem hoje 122 ESATAs (empresas especializadas em serviços auxiliares do transporte aéreo) e juntas empregam 38.000 pessoas diretas. Em todo mundo, 50% dos serviços auxiliares do transporte aéreo são realizados por empresas especializadas. No Brasil, ainda estamos em 30%. ?Mais informações em www.abesata.org