São Paulo, SP--(
DINO - 20 abr, 2016) - 72 horas antes que mais de 130 líderes mundiais estejam reunidos em Nova York para assinar o Acordo de Paris, organizações que representam coletivamente mais de 400 investidores institucionais responsáveis por US$ 24 trilhões em ativos pediram aos líderes mundiais para que não só assinar mas também aderir ao Acordo de Paris e aplicá-lo à legislação nacional com urgência. O Acordo de Paris entra em vigor quando 55 países que representam 55% das emissões globais depositarem seus instrumentos de adesão junto à ONU. Os investidores apoiam que o acordo comece a vigorar cedo, possivelmente já no próximo ano.
Falando em Londres, Stephanie Pfeifer, CEO do Institutional Investors Group on Climate Change (representando mais de 120 gestores e detentores de ativos europeus) disse: "o acordo alcançado em Paris foi um avanço histórico, que emitiu um sinal inequívoco para os investidores transferirem os ativos rapidamente em direção a uma economia de baixo carbono. Agora é vital que os 195 países que adotaram o Acordo de Paris, especialmente os 20 maiores emissores, amplifiquem o sinal que, ao assinar e aderir ao Acordo de Paris, o colocarão rapidamente em vigor".
Emma Herd, CEO do Investor Group on Climate Change (IGCC, Australásia), acrescentou: "os investidores estão falando claramente. O objetivo desta carta incentiva todos os governos a assinar o Acordo de Paris na sexta-feira, 22 de abril, na sede das Nações Unidas, em Nova York, e agir rapidamente para implementar uma resposta política nacional eficaz, capaz de favorecer uma transição eficiente para uma economia sustentável de baixo carbono. Manter essa dinâmica forte é particularmente importante como preparação para a reunião do G20 na China."
Mindy Lubber, presidente da Ceres e diretora da Investor Network on Climate Risk (INCR, América do Norte) disse: "o Acordo de Paris fornece a estrutura para acelerar o ritmo e a escala de investimento - pelo menos US$ 1 trilhão por ano, quatro vezes mais do que os níveis atuais ? que é necessário para descarbonizar a economia global e limitar o aquecimento global a dois graus Celsius ou menos. É vital, portanto, que os líderes mundiais sustentem o impulso político contido no Acordo de Paris".
Fiona Reynolds, Diretora Geral da PRI falou, "o financiamento climático global atingiu níveis recordes em 2015, mas uma enorme lacuna nos investimentos ainda precisa ser superada. Os países em desenvolvimento também precisam saber que eles terão acesso ao investimento necessário para uma transição suave para uma economia de baixo carbono. A rapidez da ação dos grandes emissores sobre o Acordo de Paris é necessária para satisfazer ambos estes desafios de alocação urgente de capital".
Eric Usher, diretor (em exercício) da UNEP FI acrescentou: "os países que aderirem cedo ao Acordo de Paris vão se beneficiar de uma maior segurança regulamentar, que por sua vez irá ajudar a atrair os trilhões de investimentos necessários para garantir a transição de baixo carbono. Nós encorajamos todos os líderes mundiais a assinar e aderir ao Acordo de Paris o mais rápido possível ".
Paul Simpson, CEO da CDP também comentou: "estas palavras de ordem mostram um imperativo de negócios e financeiro inequívoco para que os governos tomem medidas concretas a partir da significativa vontade política representada pelo Acordo de Paris. Aqueles países que são grandes emissores são também alguns dos que têm mais a ganhar com uma ação imediata para conter a ameaça das mudanças climáticas por causa dos impactos enormes que poderiam afetar não apenas sistemas agrícolas, infraestruturas de transportes ou energia, mas os resultados financeiros. Uma pesquisa com investidores da CDP mostra claramente que os investidores e empresas melhor preparados vão ser os que vão ganhar vantagem competitiva".
Notas aos jornalistas
A carta dos investidores pode ser encontrada em
http://investorsonclimatechange.org/paris-agreementPara mais informações e entrevistas, entre em contato com:
? IIGCC: Hannah Pearce, +44 7867 360273 ou
hpearce@iigcc.org? CeresINCR: Sara Sciammacco, +1 617-247-0700 x170 ou
sciammacco@ceres.org? IGCC & AIGCC: Emma Manada, +61 2 9255 0291 e +61 404 861 026 ou
emma.herd@igcc.org.auCenário
Desde 2009, os investidores têm apelado para um acordo climático global eficaz no qual os Governos:
? Forneçam um preço estável, confiável e economicamente relevante para o carbono que ajude a reorientar o investimento ritmo e escala suficientes para atender o desafio das alterações climáticas.
? Reforçar o apoio regulatório para a eficiência energética e as energias renováveis para garantir que essas tecnologias sejam difundidas rapidamente.
? Apoiar a inovação e implantação de tecnologias de baixo carbono, incluindo o financiamento de mais pesquisas sobre energia limpa e desenvolvimento.
? Desenvolver planos para eliminar gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis.
? Assegurar que as estratégias nacionais de adaptação sejam estruturados para permitir investimentos.
? Considerar o efeito de restrições não intencionais dos regulamentos financeiros sobre os investimentos em tecnologias de baixo carbono e de resiliência climática.
Em 2015, antes da cúpula do G7 em Elmau, na Alemanha, os CEOs de mais de 120 investidores institucionais manifestaram o seu apoio para a adoção de uma meta de descarbonização no longo prazo por ocasião do encontro do G7 e, finalmente, pela conferência do clima Paris.
SOBRE IIGCC
O Institutional Investors Group on Climate Change (IIGCC) é um fórum de colaboração sobre alterações climáticas para investidores. A rede do IIGCC inclui mais de 110 membros, com alguns dos maiores fundos de pensão e gestores de ativos na Europa, representando ? 12 trilhões em ativos. A missão da IIGCC é oferecer aos investidores uma voz comum para incentivar políticas públicas, práticas de investimentos e comportamento empresarial que abordem os riscos e oportunidades associados às alterações climáticas a longo prazo. Veja
www.iigcc.org e @IIGCCnews
SOBRE INCR
A Investor Network on Climate Risk (INCR) é um grupo de investidores institucionais da América do Norte dedicados a tratar os riscos financeiros e oportunidades de investimento colocados pelas alterações climáticas e outros desafios da sustentabilidade. A INCR tem atualmente mais de 100 membros que representam mais de US$ 13 trilhões em ativos. A INCR é um projeto da Ceres, uma organização sem fins lucrativos que mobiliza investidores, empresas e grupos de interesse público para acelerar e expandir a adoção de práticas de negócios sustentáveis e soluções para construir uma economia global saudável. Veja
www.ceres.org e @INCR_news
SOBRE AIGCC
O Asia Investor Group on Climate Change (AIGCC) é uma iniciativa para criar consciência entre os proprietários de ativos da Ásia e instituições financeiras sobre os riscos e oportunidades associados às alterações climáticas e ao investimento em baixo investimento. O AIGCC permite aos investidores compartilhar as melhores práticas e colaborar na atividade de investimento, análise de crédito, gestão de risco, envolvimento e política. O AIGCC representa a voz asiática na evolução das discussões globais sobre as mudanças climáticas e a transição para uma economia mais verde. Veja
http://www.aigcc.net e @AIGCC_update
SOBRE CDP
O CDP, anteriormente Carbon Disclosure Project, é uma organização internacional sem fins lucrativos que fornece a empresas, cidades, estados e regiões um sistema global para medir, divulgar, gerenciar e compartilhar informações ambientais vitais. O CDP, eleito o provedor número um de pesquisas de clima para investidores, trabalha com 827 investidores institucionais com ativos de US$ 100 trilhões para motivar as empresas a divulgar os seus impactos sobre o meio ambiente e os recursos naturais e tomar medidas para reduzi-los. Mais de 5.600 empresas divulgaram suas informações ambientais através do CDP em 2015. O CDP agora detém a mais completa coleção global de dados ambientais corporativos primários e coloca essas informações no coração de decisões de negócios, investimento e políticas estratégicas. Veja
www.cdp.net e @CDP
SOBRE IGCC
IGCC é uma colaboração entre investidores e conselheiros institucionais da Austrália e Nova Zelândia, administrando mais de US$ 1 trilhão e centrados sobre o impacto que a mudança climática tem sobre o valor financeiro dos investimentos. O IGCC visa incentivar políticas governamentais e práticas de investimento que abordam os riscos e oportunidades das mudanças climáticas. Veja
www.igcc.org.au e @IGCC_Update
SOBRE PRI
Os Princípios sobre Investimentos Responsáveis (PRI), iniciativa apoiada pelas Nações Unidas, é uma rede internacional de investidores que trabalham juntos para colocar os seis princípios de investimento responsável em prática. Seu objetivo é compreender as implicações das questões de Governança, Meio Ambiente e Sociedade (ESG) para os investidores e apoiar os signatários a incorporar essas questões em suas práticas e tomadas de decisão de investimento. Ao implementar os princípios, os signatários contribuem para o desenvolvimento de um sistema financeiro global mais sustentável. Veja
www.unpri.org e @PRI_News
SOBRE FI UNEP
UNEP FI é uma parceria global entre o PNUMA e o setor financeiro. Mais de 200 instituições, incluindo bancos, seguradoras e gestores de fundos trabalham com o PNUMA para entender os impactos de aspectos ambientais e sociais no desempenho financeiro. Através do seu Grupo Consultivo de Mudanças Climáticas (CCAG), a UNEP FI tem como objetivo compreender os papéis, as potencialidades e necessidades do setor financeiro na abordagem das mudanças climáticas e para fazer avançar a integração de fatores das mudanças climáticas - tanto riscos como oportunidades - na tomada de decisão financeira . Veja
www.unepfi.org e @UNEP_FI
PLATAFORMA DE INVESTIDORES PARA AÇÃO CLIMÁTICA
Todas estas organizações co-patrocinam a Plataforma de Investidores para a Ação Climática:
http://investorsonclimatechange.org/. Lançada originalmente no Encontro de Paris de Finanças Climáticas, em maio de 2015, ela fornece um único local para apresentar uma ampla gama de ações de investidores e iniciativas sobre as mudanças climáticas.