Atibaia - SP--(
DINO - 28 abr, 2017) - Com o início da gestão do prefeito João Doria, a Lei Municipal 14.023, que determina o enterramento de 250 quilômetros lineares de fios elétricos por ano na capital Paulista, volta a discussão. O governante falou por diversas vezes que garantirá que a Eletropaulo, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade, cumpra esta determinação. No entanto, esta será uma tarefa difícil já que a concessionária e a Prefeitura não entram em acordo sobre os custos das obras. Os poucos quilômetros finalizados de rede subterrânea, são em sua maioria, uma parceria público-privada.
Aprovada em 2005 na Câmara Municipal de São Paulo, a lei 14.023 obriga concessionárias, empresas estatais e operadoras de serviço a enterrarem todo o cabeamento (de rede elétrica, telefonia, televisão e afins) instalado no município. Porém, a Grande São Paulo tem enterrados hoje apenas 7% da sua rede de fios e cabos e a diferença no resultado pode ser vista em pontos bem específicos como a Avenida Paulista, a Rua Oscar Freire a Avenida Faria Lima.
As redes subterrâneas de distribuição de energia em comparação com as redes aéreas oferecem inúmeras vantagens. E não apenas do ponto de vista estético. São muito mais seguras até em relação à proteção dos próprios fios e cabos, já que não ficam expostos a raios, árvores, galhos e outras intempéries que podem provocar a interrupção repentina do fornecimento de energia. Além destes benefícios, é possível notar a valorização dos imóveis em regiões com redes subterrâneas, a preservação de mais árvores nas áreas urbanas, a redução de acidentes envolvendo pedestres, carros e outros veículos. Além disso, a tecnologia utilizada nesta solução não permite que o sistema elétrico se torne um condutor de sobretensões que causam queda de raios nas residências e a destruição de equipamentos sensíveis como lâmpadas fluorescentes, fontes de alimentação e computadores.
Entretanto, o maior obstáculo para a concretização das obras é o custo elevado, já que o valor total de uma obra de enterramento da rede varia entre 10 a 20 vezes em relação ao custo de construção de um sistema aéreo convencional. Apesar da legislação favorável, a prefeitura esbarra na determinação da concessionária em não assumir despesas sozinha. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), embora as redes elétricas subterrâneas sejam muito melhores sob vários aspectos, o grande problema desse impasse é que o custo de mudança do sistema, necessariamente, seria transferido para o valor da tarifa de energia elétrica do usuário final,. Assim, a viabilização do sistema de redes elétricas subterrâneas continua indefinida, mas iniciativas público-privadas tem dados resultados e se mostrado uma opção viável.
De acordo com a
DRC Perfuração Direcional Ltda. , empresa especializada em
cabeamento subterrâneo e responsável por diversas obras de rede subterrânea em São Paulo, é preciso pensar no benefício a médio e longo prazo já que o sistema se paga pelo baixo custo de manutenção, além dos outros benefícios já mencionados. "Para alcançar os benefícios em sua totalidade, é essencial contratar empresas já especializadas que irão realizar o projeto com profissionalismo e excelência", explica Rogério Pagni, diretor técnico da empresa.
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