Releases 10/09/2015 - 10:55

Planejamento e metas podem ser a solução para fugir da crise


(DINO - 10 set, 2015) - Com a inflação fora da meta, a desvalorização do poder de compra do real e o aumento constante dos preços, os brasileiros já sentem na pele os reflexos da crise. Pagar as contas em dia tem virado um desafio e a inadimplência registrou um crescimento de 16,4% no primeiro semestre, segundo dados da Serasa Experian, na comparação com o mesmo período do ano anterior. "Muita gente se deixou levar pela boa maré da economia que o País vinha vivendo. Não houve preparo. A avalanche da crise chegou sem aviso e pegou todo mundo desprevenido", afirma Sulivan França, especialista em comportamento humano.

Ainda que a situação não tenha previsão de uma melhora em curto prazo, segundo os economistas, Sulivan garante que há uma maneira fácil de minimizar os efeitos da crise na renda da casa. "É preciso traçar metas. Quais são os gastos que você precisa arcar e o que você gostaria de fazer com seu dinheiro? Ponha isso no papel e comece a buscar formas para atingir aquele objetivo", explica. "Pode ser que seja necessário cortar gastos ou simplesmente investir em um novo tipo de aplicação no banco. Cada pessoa vai descobrir por si como fazer o dinheiro render mais e melhor se fizer esses questionamentos todos os dias", garante.

Para o especialista o que precisa ficar claro, no entanto, é que as metas devem ser realistas. "Você tem que traçar seu planejamento de acordo com a sua realidade. Vale lembrar também que antes de pensar em qualquer coisa que vá gerar uma nova dívida é necessário delinear os caminhos que vão fazer você quitar a anterior", ressalta França.

Um exemplo de metas inatingíveis foi vivenciado pelo próprio País. No fim de julho, o governo reduziu a meta de superávit primário de 1,13% (R$ 66,3 bilhões) para apenas 0,15% (R$ 8,74 bilhões) e fez mais um corte de R$ 8,6 bilhões nas despesas deste ano. Apesar da reavaliação da meta inicial, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, reforçou que o ajuste foi o modo encontrado para tentar tirar o Brasil da crise. "Se os estudos das contas tivessem sido feitos com cuidado durante o planejamento para 2015 era possível ter evitado essa diferença, ou pelo menos parte dela. Tenha sempre em mente que você pode sim mudar as metas num futuro próximo, mas cada vez que o faz ganha novos desafios a cumprir", finaliza o especialista.
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