Joinville--(
DINO - 11 jun, 2015) - Nascido no Paraná e criado em Joinville, o empresário Caio Yamaguchi é conhecido na maior cidade catarinense por três motivos: Gastronomia, rock e tatuagens. Aos 30 anos, Caio é sócio de duas franquias em Joinville, o Didge Steakhouse Pub - casa com temática australiana e apresentações ao vivo - e o Guacamole Cocina Mexicana.
Com descendência japonesa e alemã, Caio é um exemplo da mistura de etnias em Joinville. Seus avós paternos chegaram de navio ao Brasil durante a II Guerra Mundial, mesmo período em que os avós maternos alemães saíam do país europeu em direção à América do Sul.
A vinda e o fortalecimento de uma marca
No mês de maio sua casa mais antiga, o Didge, completou cinco anos em Joinville. E a vinda da franquia para a cidade foi uma oportunidade. Localizada na Via Gastronômica joinvilense, a casa do Didge era um local para aluguel quando surgiu a vontade do Caio em trazer o pub australiano para sua cidade. "A vontade de trazer o Didge era tão grande que acabei comprando o ponto antes de fechar com eles, e acabou que eles não toparam por estarem abrindo o Guacamole em Floripa na mesma época. Mesmo assim o contato com o pessoal do Didge se manteve", conta Caio.
Então foi tocada uma nova ideia, chamada Confraria do Rock, uma casa voltada unicamente para o rock. Com o projeto quase finalizado, o Didge entrou em novo contato com o Caio e reacenderam a ideia de montar o Didge em Joinville. E assim foi feito, abandonando o projeto da Confraria.
Seu trabalho é feito em conjunto com a sua esposa, Fernanda Rabaiolli, e para ele o trabalho com a esposa segue tranquilo. "Eu conversava com o Chico Barão (idealizador do Didge) e ele dizia que era complicado trabalhar com a esposa, mas nós criamos um quadro funcional, para cada um exercer determinadas funções, então nunca tivemos problemas", comenta Caio. Para ele, mesmo dividindo as funções, é muito importante consultar um ao outro em cada tomada de decisão.
Com dois empreendimentos no setor de serviços, o maior desafio que um empresário como o Caio pode enfrentar não é esporádico, mas constante. Além da gastronomia, o entretenimento é a marca do Didge e do Guacamole, e a busca ininterrupta por se reinventar e inovar torna-os atrativos aos públicos. "Fazer o ambiente ser sempre convidativo é o nosso desafio constante, agradando com o cardápio, com as atrações e com o atendimento", diz Caio.
Mas o Didge conseguiu aliar dois itens importantes na vida de Caio, o bom rock e uma culinária de qualidade. Para ele, o rock e a gastronomia andam lado a lado. Em sua opinião, o público do rock é mais seletivo, sempre querendo o melhor em comida, bebida e entretenimento. E se a casa deu certo, é porque atendeu aos padrões deste público exigente. "Eu vejo por mim, se eu vou pra outra cidade e tenho a oportunidade de ir para um restaurante que tenha uma música boa e uma boa comida, com certeza eu irei preferir este aos demais", ressalva.
Essa temática do Didge e do Guacamole, em oferecer entretenimento são os segredos do sucesso. "Temos muitos bons restaurantes em Joinville, casas com renome e bons cardápios. Mas a maioria delas tem cardápios parecidos, que servem o Mignon, o Salmão e a Batata Frita, por exemplo. Como o Didge, no caso, tem temática australiana, nós montamos um menu nestes moldes", explica Caio, ao ser questionado sobre seu diferencial. A comida australiana do Didge é referência na cidade, sendo comparada à rede Outback. "Chegamos a brincar em dizer que somos um Outback melhorado, pelo fator do entretenimento", brinca. O Guacamole segue a mesma linha, por ter pratos muito bem elaborados e um ambiente mexicano animado e descontraído.
Uma personalidade marcante
Deixando o ramo da gastronomia de lado, Caio tem seus momentos de lazer quando a agenda permite. Apesar de dificilmente conseguir se desligar completamente da empresa, dedicar momentos diários à sua filha é o principal hobbie que exerce. Além disso, constantemente mantém a paixão pelo motociclismo acessa.
Por conta da agenda, Caio nunca pôde sair do país com a moto, apesar de não faltarem planos para viagens. Até o momento, porém, o mais longe que conseguiu pilotar foi de Joinville à São Paulo e o percurso da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. "É bom ir pra outras cidades, dormir lá e conhecer um pouco da cultura da região, além do prazer em rodar", confessa.
Essa paixão surgiu desde pequeno. Quando criança, o sonho de Caio era comprar uma das famosas Harley Davidson, seja pela sua beleza, o ronco de seu motor ou simplesmente pela imponência da marca. Mesmo com habilitação para moto desde os 18 anos, foi apenas com 27 que adquiriu sua primeira moto, uma linda Harley Sportster Iron 883. A compra da moto, para ele, reacendeu uma paixão antiga por itens relacionados à caveiras, muito presente nos acessórios da marca Harley.
A paixão por tatuagem surgiu depois, mas se tornou uma das marcas do empresário. "Muita gente me pergunta se eu sou tatuador, pelo meu estilo e tudo mais. Tenho muito do corpo tatuado, mas nos últimos dois anos que comecei a tatuar os braços e então meus desenhos se tornaram mais aparentes", fala Caio, que é fiel de um tatuador joinvilense, Franque Braum.
Para o Caio, a tatuagem é uma dor que vicia, e o faz planejar os próximos desenhos assim que a sessão acaba. Chegou a morar no Japão por dois anos e fez um projeto de tatuagem, mas não chegou a iniciá-lo, mantendo a fidelidade com Franque.
Com relação ao futuro, Caio é enfático: não podemos parar nunca. Para ele, o ser humano é movido à mudanças e desafios, então não se pode descartar a hipótese de mudanças. Porém, não há nada planejado em curto prazo. "Se ficamos muito tempo naquela rotina, o nosso cérebro fica preguiçoso e paramos de desenvolver ideias novas", finaliza Caio, que está em constante processo de criação e desenvolvimento de ideias.
Website:
http://www.didge.com.br