Releases 28/04/2015 - 12:10

Voluntários de ONG brasileira de proteção animal compartilham experiência em cat cafes do Japão


(DINO - 28 abr, 2015) - Imagine só a possibilidade de você sair do trabalho, depois de um dia cansativo, e, antes de voltar para casa, parar em uma cafeteria cheia de gatos com quem poderá se divertir. Pode não parecer uma ideia popular no Brasil, mas os cat cafes estão ganhando espaço pelo mundo!

Tudo começou em Taiwan, em 1998, com uma proposta coerente: empresários decidiram abrir um espaço agradável em que os cidadãos poderiam relaxar brincando com gatos e se alimentando com itens de uma cafeteria habitual. A ideia faz mais sentido ainda quando se leva em conta o fato de ser comum as pessoas não poderem ter animais de estimação por falta de espaço, condições financeiras, tempo ou permissão.

Com essa premissa, os cat cafes se espalharam em parte do mundo no decorrer dessas quase três décadas ? e os números de comércios seguem crescendo. Mas foi nos últimos anos que esse modelo de negócio cresceu bastante, principalmente no Japão. Marianna Ianagui e Pôlo Gallian, voluntários da Confraria dos Miados e Latidos, estão lá nesse momento. Gateiros que são, foram conhecer dois cat cafes durante sua estadia em Tóquio: Calico Cat Cafe e Temari no Ouchi.

Uma das curiosidades é que há o costume de os estabelecimentos cobrarem por hora de permanência (eles pagaram cerca de R$ 26 por uma hora no Calico, por exemplo), para que os clientes possam escolher ir ao local apenas para ter contato com os gatos, e não para consumir os produtos vendidos. "Pelo que vi, o pessoal vai lá para relaxar mesmo. Muita gente aqui não pode ter animais em casa, então eles vão ao cat cafes para passar um tempinho feliz com os bichanos", explicaram.

Um ponto importante a ser levantado é: os gatos recebem os devidos cuidados? Nos dois estabelecimentos que nossos voluntários visitaram, sim. "Foi bem legal, dá para ver que os gatos são muito bem cuidados. E são fofos demais!", relataram. Os estabelecimentos têm regras para a estadia, a fim de garantir a saúde e conforto dos gatos, como, por exemplo, a exigência de que os clientes tirem os sapatos e higienizem bem as mãos antes de entrar. "Também há avisos para as pessoas não pegarem os gatos no colo; elas podem fazer carinho e ficar com eles por perto", disseram.

Nossos voluntários também relataram que o público atendido é abrangente. "Fomos no Calico durante a semana. Já era final de tarde e parecia haver gente que havia acabado de sair do trabalho. No domingo, fomos ao Temari no Ouchi, mas havia muito mais gente, tanto que precisamos reservar horário e voltar depois", disseram.

Pelo que sabemos, ainda não se tem notícia do funcionamento de um estabelecimento com essa proposta no Brasil ? talvez pelos critérios de vigilância sanitária no Brasil sobre colocar alimentos e animais de estimação no mesmo ambiente, talvez por não termos encontrado, por ora, uma pessoa decidida a abrir um espaço desses. Em Sorocaba (interior de São Paulo), há uma cafeteria com gatos, mas eles vivem em um espaço exclusivo, sem contato direto com os clientes. Será que é apenas uma questão de tempo para o Brasil ter o seu primeiro cat cafe?

Enquanto isso, a ONG Confraria dos Miados e Latidos promove, no último domingo de cada mês, um evento no qual os visitantes podem brincar com todos os gatos que ali estão recebendo cuidados: o Domingo do Amassa Gato. "Assim como os cat cafes, a proposta principal é que as pessoas se divirtam interagindo com nossos gatinhos", explica Tatiana Cunha, presidente da ONG. "A diferença é que, no nosso caso, esse envolvimento cumpre uma função ainda mais importante: ajuda a socializar nossos gatinhos em preparação para adoção", acrescenta.

Para participar do Domingo do Amassa Gato, curta a página da Confraria dos Miados e Latidos no Facebook e fique ligado para a abertura de inscrições!

Confraria dos Miados e Latidos
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