LONDRES, 24 de junho de 2014 /PRNewswire/ -- Um dos maiores desafios econômicos que os governos e construtores do mundo todo enfrentam é como atender à crescente demanda pelo desenvolvimento de infraestrutura.
Estima-se que serão necessários US$ 3,2 trilhões por ano pelos próximos quinze anos para financiar o desenvolvimento de infraestrutura.1 No entanto, a falta de fundos disponíveis é significativa; está estimada em US$ 500 bilhões anuais. Assim, os governos e as empresas compartilham o interesse em identificar as causas e encontrar soluções para preencher essa lacuna de financiamento. O grupo B202, que reúne líderes empresariais dos países do G20, solicitou às seis maiores redes de contabilidade internacionais3 que se reunissem para analisar a questão e desenvolver recomendações práticas para promover mais investimentos de longo prazo de fontes não governamentais em infraestrutura.
Uma comissão de especialistas das seis maiores redes de contabilidade internacionais publicou um relatório com foco em possíveis reformas de relatórios contábeis e corporativos, que podem ajudar a atrair um número maior de financiamento privado.
A comissão identificou as recomendações relativas às seguintes três áreas:
usar os relatórios corporativos para obter foco no longo prazo;
continuar a aprimorar os relatórios por meio do desenvolvimento dos padrões contábeis existentes; e
estimular o maior alinhamento da avaliação dos riscos regulamentares com os perfis reais de risco dos investimentos em infraestrutura.
A comissão concluiu que, em grande parte, as mudanças nos princípios de contabilidade não aumentariam a atratividade dos investimentos em infraestrutura de longo prazo, mas apoia o trabalho contínuo da IASB para aprimorar os relatórios financeiros. Em particular, a IASB deve continuar a priorizar a emissão de um padrão global de contratos de seguros no futuro próximo, pois o setor de seguros é um importante investidor potencial em infraestrutura. A IASB também deve continuar a considerar os relatórios de desempenho como parte dos seus projetos de estrutura conceitual e iniciativa de divulgação.
As informações financeiras históricas possuem um papel importante no apoio à avaliação de investidores sobre os potenciais resultados dos projetos, mas não conseguem mostrar o quadro completo por conta própria. Ao reconhecer isso, a comissão recomenda que o B20, junto com o G20, deve promover de maneira ativa as inovações e iniciativas de relatórios corporativos que proporcionem aos investidores perspectivas mais amplas de longo prazo sobre a geração de valor para acionistas, para complementar o desempenho financeiro histórico e a perspectiva atual da posição financeira fornecida nas demonstrações financeiras. A comissão observa relevância particular do relatório integrado como exemplo a esse respeito.
No relatório, a comissão reconhece que outros fatores, como a avaliação de requisitos regulamentares, a estabilidade geográfica e política ou o desenvolvimento de estruturas de aumento de crédito para obrigações associadas a projetos, têm um papel mais importante a ser desempenhado para tornar o investimento em infraestrutura mais atraente. No entanto, a comissão acredita que a maior transparência dos dados e riscos do projeto ajudaria a obter capital potencial, e que certas melhorias poderiam tornar o relatório corporativo mais propício aos investimentos em infraestrutura e outros investimentos de longo prazo.
Mais informações sobre a comissãoDevido à importância da infraestrutura e outros investimentos de longo prazo para a economia global, o B20 criou uma força-tarefa de infraestrutura e investimento, que desenvolveu recomendações viáveis para o G20. Como resultado de uma dessas recomendações, as seis maiores redes de contabilidade internacionais formaram uma comissão para analisar as práticas de relatórios contábeis e corporativos, e sugerem melhorias que ajudariam o modelo corporativo de relatórios a proporcionar uma perspectiva mais ampla de desempenho de negócios que seja mais propícia ao investimento de longo prazo.
Sobre a KPMG International
1 Estimativa de McKinsey e Standard & Poor's.2 O Business 20 (B20), um grupo com os principais representantes do meio empresarial de todos os países do G20.3 A "comissão" inclui representantes da BDO, Deloitte, EY, Grant Thornton, KPMG e PwC.
Para mais informações:
Brian BannisterChefe de comunicações globais da KPMG+44-207-694-2601
FONTE KPMG International Cooperative