Releases 17/02/2016 - 17:44

Privatização pode reduzir impacto do ajuste fiscal, destaca Revista RI


São Paulo--(DINO - 17 fev, 2016) - A privatização é um dos caminhos para amenizar os efeitos do ajuste fiscal sobre o crescimento econômico, medida considerada inevitável para que o país comece a sair da crise. Segundo os especialistas ouvidos pela edição de fevereiro da Revista RI, o Brasil tem 303 estatais, autarquias e entidades descentralizadas, enquanto nos Estados Unidos, maior economia do mundo, existem apenas 62. Cerca de 140 empresas federais poderiam ser privatizadas, o que beneficiaria também o mercado de capitais.

"Não haverá nem mercado de capitais nem desenvolvimento sustentável se não houver privatização, inclusive da poupança sobretudo previdenciária que é a que viabiliza investimentos de longo prazo", afirma Thomás Tosta de Sá, presidente do Instituto IBMEC, privatizar deveria ser prioridade para gerar recursos para o ajuste.

Outro destaque da revista é a entrevista com Felipe Miranda, sócio fundador da Empiricus. Ele afirma que se o investidor entende e tem estômago para tolerar a volatilidade deve aproveitar o sell off e comprar bons ativos a preços atraentes. No setor de Papel e Celulose, as ações voltaram a ficar baratas, como a Suzano a R$ 16 reais. Além disso, encontram-se na lista as ações do Itaú e de empresas de consumo não dependente do crédito, pouco alavancadas e de margens razoáveis, como Guararapes e Grendene. "Os investidores devem pensar em longo prazo e manter alguns seguros na carteira. Dito isso, acho que podem começar gradativamente, dado o nível de preços das ações, a adicionar beta, isto é, migrar com parcimônia para um portfólio um pouco mais arriscado", diz o especialista.

A edição de fevereiro da Revista RI chega às bancas nesta quarta-feira, e pode ser conferida também em sua versão eletrônica no site www.revistari.com.br.