São Paulo - SP--(
DINO - 11 nov, 2016) - O portal e aplicativo imobiliário Properati e a Hiperdados, plataforma de gestão de informações integradas do mercado, acabam de fechar o relatório que traz a medição da variação dos preços médios do setor imobiliário no mês de outubro. O levantamento é feito em cima da base de mais de um milhão de imóveis anunciados no Properati (
www.properati.com.br) e os dados são tratados na plataforma Hiperdados (
www.hiperdados.com.br).
De acordo com o indicador de medição de preços do mercado imobiliário Índice Properati-Hiperdados (
www.hiperdados.com.br), os preços dos imóveis de 29 das 50 grandes cidades brasileiras analisadas apresentaram queda. No comparativo entre as capitais analisadas, há um equilíbrio de cidades com variações para cima e para baixo, o que confirma o clima de instabilidade no mercado imobiliário brasileiro. A medição do índice desconsidera a inflação do período.
Confira como o preço dos imóveis estão se comportando nessas cidades, basta
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Após os preços médios dos imóveis à venda em São Paulo ensaiarem estabilidade em setembro, quando o IPH verificou um aumento de 0,20%, neste mês voltaram a cair: foi registrado queda de 1,18%. O m² do imóvel na capital custa hoje, em média, R$ 8.200,00
No Rio de Janeiro, os preços seguem tendência de sobe e desce ? é bom lembrar que a passagem das Olimpíadas e das Paralimpíadas influenciaram um movimento de valorização no início do ano. O custo dos imóveis na capital carioca subiu 0,48% em outubro, após queda de 0,97% em setembro. Em agosto, o indicador havia apontado uma alta de 0,15%; em julho, queda de 2,1%.
Já os preços dos imóveis de Porto Alegre continuam em queda livre, mas o ritmo da queda em outubro foi mais contido que o observado nos meses passados. A desvalorização média dos imóveis chegou a 1,04% em outubro, após tombo de 2,15% em setembro. Em agosto, a queda foi de 2,29%, e em julho, de 1,9%.
Em BH, os preços também mantêm tendência de queda. No mês passado, o IPH registrou um recuo de 0,75%, abaixo, no entanto, do observado em setembro, quando houve queda de 1,89% nos valores médios dos imóveis da cidade. Em agosto, a queda foi de 0,62%.
Os imóveis da capital do Espírito Santo se desvalorizaram em 0,87% em outubro, ante uma leve valorização de 0,20% em setembro, segundo o IPH.
Após apresentarem um aumento de 2,25% no mês de agosto, os preços dos imóveis colocados à venda em Goiânia mudaram de rumo: em setembro, caíram em 2,50%. Em outubro, nova queda: desta vez, de 2,13%.
Os imóveis de Brasília, por sua vez, apresentam tendência de valorização. Em outubro, houve um aumento de 2,55% na média de preços, após uma alta de 0,74% observada em setembro. Curitiba também segue movimento de alta nos preços dos imóveis negociados na cidade. O IPH registrou alta de 1,16% em outubro ? no mês anterior, os preços subiram em 2,81%.
Os preços médios em Florianópolis subiram menos em outubro, quando o IPH identificou um aumento de 1,16%. Em setembro, a média de valorização foi de 2,13%.
Na região do ABC paulista, apenas São Bernardo do Campo teve queda nos preços (-0,86%), enquanto Santo André e São Caetano do Sul tiveram valorização ? altas de 0,68% e 1,39%, respectivamente. A mesma tendência foi observada em setembro, quando os preços em SBC caíram em 1,90% enquanto subiam em Santo André (0,10%) e em São Caetano (0,05%).
No nordeste do País, os preços seguem em alta em Belém (em outubro, houve aumento de 1,87%; em setembro, foi de 2,67%), Fortaleza (alta de 1,91% em outubro, ante 1,08% em setembro) e Salvador (aumento de 2,24% em outubro e 0,81% em setembro). Já Natal, sofreu uma reviravolta nos valores (após alta de 1,64% em setembro, registrou queda de 0,65% no mês passado), enquanto João Pessoa teve uma piora na tendência de desvalorização (em outubro, houve queda de 3,27%, após recuo de 2,16% em setembro).
Recuperação lenta
Para o diretor de Operações do Hiperdados, Wagner Dias, há um horizonte de melhora para o mercado imobiliário. "Há cada vez mais sinais que evidenciam certa melhora na confiança da economia. No caso específico do mercado imobiliário, os números não enganam: mais empreendimentos estão sendo lançados. Nesse sentido, vemos um claro sinal de melhora nas perspectivas", afirma.
Dias observa que, como essas medidas surtem efeitos a médio e longo prazo, o custo de financiamento de um imóvel permanece bastante alto, algo que torna a compra quase que inviável quando essa operação ocorre através de financiamento bancário. "Isso explica a flutuação dos preços para cima e para baixo nas principais cidades do País, conforme medido pelo IPH mensal", diz. Lembra ainda que: "os fundamentos da economia que estimulam o comercio de imóveis como emprego e renda ainda estão aquém do que víamos a seis anos atrás. O volume de investimento estrangeiro entrando no país e a valorização do real são sinais de bastante otimismo, o investimento vai trazer produção e a taxa de desemprego tende a cair, a confiança volta e aí teremos famílias consumindo bens imobiliários".
O Country Manager do Properati no Brasil, Renato Orfaly, observa que a teoria da bolha imobiliária alardeada algum tempo atrás já se provou falsa. "Passamos por um período de crise política e econômica que seriam suficientes para deflagrar qualquer bolha imobiliária se ela realmente existisse. De fato, muitos ajustes de preços e descontos foram necessários para equilibrar a oferta e demanda, mas estivemos longe desse colapso alardeado por aí", afirma.
Segundo ele, já há sinais claros de retomada no mercado. "Alguns dos nossos clientes estão desengavetando projetos e já temos consultas prévias de mídia para empreendimentos que serão lançados em breve", diz.
O executivo reforça que o momento ainda é bom para a compra de um imóvel. "Esse ano foi um ano de desova dos estoques das construtoras, o que contribuiu para a retomada e movimento positivo. Logo os preços voltarão a subir. Hoje ainda é possível negociar e obter um desconto real. Por isso, a hora de fazer um bom negócio é agora", conclui.
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