Releases 23/08/2016 - 08:30

Após morte do filho, piloto cria Associação Abravagex para exigir mais segurança do novo Código



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Após morte do filho, piloto cria Associação Abravagex para exigir mais segurança do novo Código Aeronáutico

Após morte do filho, piloto cria Associação Abravagex para exigir mais segurança do novo Código Aeronáutico

Abravagex defendeu normas mais rígidas de segurança para a aviação experimental na audiência pública que discutiu o novo Código Brasileiro de Aeronáutica em Brasília

PR Newswire



SÃO PAULO, 23 de agosto de 2016 /PRNewswire/ -- O dia 4 de janeiro de 2015 ficará marcado para sempre na vida do médico e aviador Augusto Fonseca da Costa. Foi nesse dia que seu filho Vitor Augusto Gunha da Costa, de 19 anos, perdeu a vida em um acidente aéreo na cidade de Toledo, no Paraná. A investigação apontou que Vitor foi vítima de um erro de ordem mecânica causado pela negligência do fabricante da aeronave e da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), órgão federal que não fiscaliza a aviação experimental. Augusto fundou então a Abravagex (Associação Brasileira das Vítimas de Aviação Geral e Experimental) e começou sua luta para tornar mais rígidas as normas de segurança aérea no Brasil.


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Legenda da Foto: Vitor Augusto Gunha da Costa morreu vítima de erro mecânico após queda do avião modelo Super Petrel LS


Crédito da Foto: Abravagex


No último dia 2 de agosto, Augusto apresentou proposta no Senado na primeira audiência pública que discute o PLS 258/2016, projeto que institui o novo Código Brasileiro de Aeronáutica. "Sou piloto há 43 anos e não podemos permitir que as agências reguladoras se eximam de suas responsabilidades perante o consumidor apenas em prol da lucratividade da indústria da aviação experimental", afirma o presidente da Abravagex, que também é membro do Conselho Consultivo da ANAC.


Segundo o relatório A-003/2015 do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) que apurou o acidente que matou Vitor, a causa do problema com a aeronave modelo Super Petrel LS, fabricada pela empresa Edra/Scoda Aeronáutica, foi uma falha na mangueira que bloqueou a passagem do combustível para o motor. A Edra/Scoda havia descumprido um recall do fabricante do motor que ordenava a troca imediata da mangueira antes do próximo voo 'sob o risco de morte'. No manual, porém, a empresa declarou que havia realizado a troca ? informação que o CENIPA comprovou ser falsa.


Em março de 2016, outro acidente com avião experimental matou o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, e mais seis pessoas, após a queda da aeronave logo após a decolagem do Campo de Marte, em São Paulo. Desde 2006, a frota de aviões experimentais aumentou 71%, contra 49% de aviões certificados. Das 24.582 aeronaves registradas no país, 6.244 são experimentais (cerca de 25% da frota) e há 20 empresas fabricantes.


Mais informações:
Felipe Machado ? felipe.machado@portavoz.com.br - (11) 3871-3666


 


FONTE Abravagex