Releases 25/02/2016 - 15:56

Jogos Olímpicos e crise econômica aquecem o mercado editorial Brasileiro


Rio de Janeiro,RJ--(DINO - 25 fev, 2016) - Um livro é sempre um livro. E, por isso, não se pode comparar o ato de ler um livro ao de assistir a um programa de TV, sites, blogs e aplicativos, afinal, são prazeres bem distintos. O livro pode ser lido em qualquer lugar e a qualquer hora, o que não vale para as demais plataformas.
Poucos diriam que a crise financeira, que ainda preocupa vários setores da economia brasileira neste ano, contribuiria para o desenvolvimento do mercado editorial no país. Os dados divulgados pelo Sindicato Nacional dos Escritores apontou aumento no faturamento em 3,9%. A crise econômica fez com que algumas categorias de livros se destacassem mais que outras.
O desgaste que causou desempregos e instabilidade impulsionou a procura por publicações de seguimentos distintos, especialmente títulos voltados para o entretenimento rápido e mais interativos ? Guias de viagens, livros para colorir, recortar, anotar ? estão em alta e garantem as cifras na cadeia produtiva editorial.

De acordo com Ismael Borges, coordenador do setor editorial da Nielsen ? empresa responsável por pesquisas de consumo ?, o mercado de livros responde de uma maneira diferente às crises, quando comparado a outras indústrias tradicionais, como a automobilística. "Na crise, o livro se torna uma alternativa de entretenimento e lazer economicamente alcançável e altamente viável. Ao mesmo tempo, ele é instrumento de desenvolvimento pessoal", acredita.

Olimpíadas aquecem o mercado

Para a empresária Joana de Souza, uma viajante experiente que tem em seu currículo visitas aos cinco continentes, aplicativos, consulta a sites especializados e blogs são passos obrigatórios na hora de montar seu roteiro, mas não abre mão de seu guia de bolso impresso, "Adoro ter um guia impresso sempre à mão, pois gosto de rabiscar, marcar pontos, dobrar as páginas, folhear e quando necessário, solicitar orientações para as pessoas nas ruas, apontando itens do guia", conclui Joana.
Foi pensando neste tipo de leitor, que a jornalista Gleyse de Franca, editou o seu projeto Hi-Lo Travel, um guia de viagem que tem como diferencial abordar cada destino com duas faixas de preço diferentes, seja para o mochileiro, seja para os viajantes mais abonados, provando que independente de disponibilidade financeira, o viajante pode usufruir do destino sem restrições. O primeiro da coleção será justamente sobre o Rio de Janeiro, comercializado por grandes livrarias virtuais, o guia vem no tamanho de bolso, ilustrado e fácil de portar, sem no entanto, ignorar as plataformas digitais em sua comercialização.

Mercado internacional

Os autores brasileiros continuam participando em peso das principais feiras internacionais, que impulsionam a economia do livro. Ismael Borges destaca que o mercado brasileiro é berço de oportunidades. "Sabe-se muito bem que a infiltração do livro no Brasil ainda é muito pequena, quando comparado aos países desenvolvidos. E por isso mesmo é um berço de oportunidades porque tem muito espaço para crescer. Para mim, esse é principal elemento relevante quando a gente para fazer essa comparação. Existe muito potencial de crescimento, mais que outros locais do mundo."

Website: http://www.barnesandnoble.com/w/hi-lo-travel-rio-de-janeiro-gleyse-de-fran-a-silva/1123391206?ean=9780993800214