São Paulo--(
DINO - 02 abr, 2015) - Com uma das maiores crises políticas desde o impeachment de Fernando Collor, o Brasil está com o sinal de alerta aceso para o investidor. Com a taxa de juros batendo 12,75% ao ano e inflação projetada de 8%, fez com que o dinheiro deixado na poupança começasse a se desvalorizar. "Para que o investidor leigo possa entender, basta fazer uma conta simples. Imagine que uma moto 0km custe R$ 10 mil. Se o comprador depositar hoje estes R$ 10 mil na poupança, daqui 12 meses ele terá R$ 10.638,22, se nos basearmos numa rentabilidade aproximada de 6,38%. Entretanto, se a inflação no período for de 8%, como estamos projetando, esta moto estará custando 10.800,00. Fazendo uma conta simples, o comprador precisará desembolsar mais R$ 161,78 para comprar o mesmo produto. Deste modo fica claro para entender que o dinheiro está se desvalorizando no investimento mais popular do Brasil", explica Raphael Juan, gestor com uma das melhores rentabilidades do país em fundo multimercado, com desempenho de quase 13% nos últimos 12 meses ou 115% do CDI.
Para Juan, a Selic sem dúvida deve ultrapassar os 13% e o dólar continuará acima dos R$ 3,00. Porém, em 2016 o cenário deve começar a convergir para a normalidade. O gestor indica num primeiro momento os títulos públicos pré-fixados, ou seja, o investidor já sabe antecipadamente a rentabilidade que terá no período. "Hoje, existem alguns títulos rendendo mais de 13% ao ano. Basicamente, um título pré-fixado é o mesmo que estar emprestando dinheiro para o governo e o mesmo lhe informar quando e quanto pagará pelo empréstimo. Entretanto, o investidor precisa saber que para alcançar esta rentabilidade, precisará esperar o vencimento do mesmo, que depende da data de vencimento do título comprado".
Muito comentado ultimamente, as LCIs e LCAs, letras de crédito imobiliário e agrícola exigem cautela. "Apesar de hoje estarem isentas, o governo já sinalizou que deve cobrar IR sobre estes investimentos. Se isso ocorrer, comprometerá significativamente a rentabilidade", ressalta. Outra opção para o investidor que quer fugir da poupança são os fundos multimercados, ou seja, aqueles que investem em diversos ativos e assim pulverizam a exposição ao risco. "A BBT, por exemplo, apresenta esta excelente rentabilidade de quase 13%, pois está comprada em dólar e vendida em euro. Somente no mês de março o desempenho foi de 1,66%, contra 0,55% da poupança. É uma tendência a moeda americana continuar o processo de valorização frente a quase todas as moedas mundiais. O investidor deve olhar 3 coisas antes de investir num fundo multimercado: taxa de administração, volatilidade do fundo e rentabilidade passada, apesar de não garantir rentabilidade futura e a confiabilidade do gestor", ressalta. Vale lembrar que o valor mínimo para investir no fundo da BBT é de R$ 20 mil.
Fonte:
www.bbtasset.com.br