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DINO - 15 dez, 2015) - O instituto Endeavor apontou quais as melhores cidades brasileiras para se empreender na atualidade. Em sua segunda edição, o estudo intitulado Índice das Cidades Brasileiras (ICE), identificou as cidades que apresentam maior índice de empresas com elevado desenvolvimento. Com o intuito de favorecer as práticas corporativas conscientes e fornecer uma espécie de guia aos empreendedores brasileiros, a Endeavor levou em conta o desempenho dessas cidades nos quesitos: capital humano, infraestrutura, cultura empreendedora, ambiente regulatório, inovação, acesso a capital e mercado. O objetivo do estudo é mostrar ao empreendedor a importância de se conhecer onde se deseja investir, sobretudo em tempos de crise, quando uma atitude impensada pode trazer consequências desastrosas, analisa Flavio Maluf.
De acordo com Juliano Seabra, diretor geral da
Endeavor, o ICE possui extrema relevância sob vários aspectos, uma vez que serve, dentre outras coisas, como norteador aos prefeitos dessas cidades. Segundo Seabra, nota-se um grande esforço por parte das autoridades no fortalecimento do panorama empreendedor dessas cidades, porém, de maneira bastante empírica. Com embasamento científico, as localidades poderão agir de forma efetiva, abandonando comportamentos ineficazes, aponta Flavio Maluf.
Dentre os 32 municípios avaliados, 22 são capitais e, como era de se esperar,
São Paulo liderou novamente o ranking. A megalópole que não dorme, mostrou-se mais uma vez a mais indicada para se empreender. Com pontuação de 8,45, numa escala de análise que vai de 0 à 10, a capital paulista obteve a maior nota no conjunto das características avaliadas, com destaque para o quesito ambiente regulatório. Por possui vultosa entrada de capital e grande confiabilidade por parte dos investidores nacionais e internacionais, São Paulo mostrou que ainda é a locomotiva empresarial da nação, com seu crescimento acelerado e em consonância com o ritmo de vida da maioria de sua população ávida por desenvolvimento. Para Flavio Maluf, o resultado era previsto, já que se trata de uma das cidades que mais influenciam o cenário empresarial nacional.
Em segundo lugar, aparece
Florianópolis (SC), que surpreende por sua beleza natural e forte potencial turístico alinhados aos negócios. A cidade que recebeu ICE de 8,36, apresentou sua melhor avaliação em capital humano, assim como Vitória (ES) que ocupou a terceira posição com 7,7. Flavio Maluf observa que, além de belas paisagens, estas cidades destacaram-se num dos principais elementos de qualquer empreendimento. Para ele, sem capital humano devidamente qualificado e engajado, não é possível que haja pleno desenvolvimento de qualquer natureza no ramo empresarial.
Além das cidades com características favoráveis ao desenvolvimento empresarial, o
ICE permitiu avaliar o que deve ser mudado em algumas localidades. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o ambiente regulatório costuma ser bastante moroso, o que pode ser constatado por quem deseja iniciar um negócio. O tempo de espera dos trâmites empresariais varia bastante e pode comprometer a forma como os empreendimentos serão conduzidos. Em relação às empresas de produtos sazonais, o resultado pode mostrar-se ainda mais desastroso, mas estuda-se adequar o ambiente regulatório local às necessidades das demandas atuais e ao cenário empresarial brasileiro, conclui Flavio Maluf.
Website:
http://flaviomaluf.com/