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DINO - 20 dez, 2017) - Menos de duas a cada dez empresas mundiais estão em linha com as necessidades e desejos de seus consumidores, segundo avaliação do próprio público coletada em uma pesquisa da Capgemini. Com isto, o estudo indica perdas milionárias em vendas e retenção de clientes. Evitar tais prejuízos está diretamente ligado ao desenvolvimento de estratégias, produtos e serviços que atendam à Experiência do Usuário (UX - User Experience), um dos termos mais amplamente aplicáveis a todas as esferas do mercado. Na tecnologia, não é diferente: este segmento precisa entregar soluções que realmente atendam às demandas do usuário, e que tenham interfaces e comandos fáceis de utilizar, possibilitando uma experiência produtiva e satisfatória ao cliente. O CEO da BIMachine, empresa especializada em software de Self Service BI, e da SOL7, consultoria da área de Business Analytics, Douglas Scheibler, explica que, na esfera do software de inteligência de negócios, essa característica se destaca ainda mais. "Soluções que permitem às empresas acessarem de forma rápida e fácil seus dados, sem depender de um emaranhado de planilhas e anotações, além de contar com recursos para análise e distribuição das informações e painéis, são um avanço enorme para organizações de todos os portes e segmentos", comenta.Entretanto, o especialista avalia que mesmo os melhores BIs do mercado dependerão de uma peça fundamental para funcionar perfeitamente: um usuário apto a extrair do sistema suas capacidades de forma adequada e produtiva. Um desafio para os fabricantes da área, para o qual Scheibler enumera uma check list para auxiliar a superar."Para desenvolver soluções de Analytics e Inteligência de Negócios com foco em UX, é importante responder a algumas perguntas. Vamos a elas", define o CEO.A check list sugerida pelo especialista conta com quatro passos:Qual dado?Saber que informações triar para analisar, definindo as fontes certas com que o BI trabalhará, é o primeiro desafio de um projeto nesta linha. Uma vez acertado isso, as chances de o BI entregar análises que guiem de forma certeira a estratégia de negócios são muito maiores.Quais recursos?No formato self-service BI, o próprio usuário pode criar seus painéis de análises com gráficos e indicadores. É simples mas se o user não estiver bem treinado na ferramenta, e, principalmente, se não estiver muito bem alinhado à estratégia e gestão do negócio, orientado sobre informações a valorizar, demandas a descobrir e atender e ações a tomar, é possível que suas decisões quanto ao BI destoem dos desígnios da empresa, e isso pode criar um ambiente desfavorável. Mas é um quadro de fácil solução: treinamento na ferramenta e boa orientação, por parte dos gestores de área, sobre os objetivos do negócio tendem a sanar todos os gargalos neste sentido.Quem vai usar?Essa é uma dúvida desafiadora a qualquer empresa. Definir quem serão os usuários do BI é tão importante quanto a escolha do próprio software. Isto porque as áreas e profissionais designados como "chaves" na utilização do sistema deverão ser aqueles cujos dados e análises realmente sejam cruciais para atingir os objetivos do negócio. Assim, o sucesso no uso do BI está intrinsecamente ligado aos usuários-chave definidos pela empresa.Para quê?Parece óbvio, mas muitas empresas acabam esquecendo deste detalhe que faz toda a diferença em uma estratégia de BI: saber para que serão aplicadas as análises da ferramenta. É claro que a resposta nunca será uma só, a cada nova análise haverá um propósito, mas é sempre vital que todos os usuários saibam para que estão extraindo e avaliando determinado dashboard, analisando este ou aquele painel, gerando um ou outro relatório. Caso contrário, serão mais dados acumulados sem real usabilidade, e a missão do BI é exatamente o contrário disso.User Experience vai além de saber manejar o BI: passa por entender para que ele se aplica na estratégia de negócio e, principalmente, como ele ajuda a alcançar todos os objetivos da empresa."Se isto estiver claro, a experiência do usuário será satisfatória, e seus resultados extraídos com o BI, também", finaliza Scheibler.